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Produção artística que vive à margem da indústria cultural

O show do Tarumã, o som do Zé de Riba, o texto do Ademir Assunção, o cd do Betto Ponciano e a 'defesa' de Paulo Freire

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Por Arnaldo Afonso
Atualização:

Encerro o ano em grande estilo: é com muita honra que participo de dois shows com artistas a quem muito admiro. Na quinta, sou um dos músicos convidados da dupla Cordeirovich & Vladinsky, no Eclipse. No domingo, faço participação poética na apresentação do grupo Tarumã, no Teatro da Rotina (dois convites que aceitei lisonjeado). Neste post, dou detalhes desses shows, comento as minhas andanças por aí, 'defendo' (como se ele precisasse!) o grande Paulo Freire (que foi xingado pelo sujeito sem-noção que nos governa), desço o cacete em nosso (des)governo, dou pitacos na política cultural, abro espaço para o talento do músico Zé de Riba, do poeta e performer Ademir Assunção, do violeiro Betto Ponciano e da ativista cultural Cida Sarraf, além de divulgar peças, saraus e espetáculos diversos na vasta programação do agendão (que é atualizado a cada dia, com divulgação paralela no Facebook e com postagens de vídeos direto dos eventos). Eu sei que é fim de ano e tá todo mundo já meio recolhido. E que eu poderia até ter feito um postzinho meia-boca e chiquitito. Mas o blogueiro tem muito assunto e este longo post merece ser lido. Confira tudão que esse trem tá bem pra lá de bão:

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 Foto: Estadão

QUINTA - 19 de dezembro - 21h ... Cordeirovich & Vladinsky ... Dupla apresenta repertório autoral criado a partir de poemas de J. Cordeirovich, que já lançou os livros 'Pulsares' (1993), 'Baú de Qualquer Coisa' (2014), 'O Arranjador de Palavras' (2016) e 'Pulsares, Cênicos e Poéticos' (2018). No show, participação da banda Chêro da Poesia, dos cantores Zulu de Arrebatá e Arnaldo Afonso (obrigado!) e do músico Dan Grasso, que produziu e participou do cd 'Instante', da dupla. No Eclipse: Espaço Cultural, Bar e Café, à rua Astorga, 621

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A RESPEITO DE CORDEIROVICH >>> Eu e o Cordeiro hoje somos da mesma idade. Mas, na adolescência, 3 ou 4 anos fazem uma bela (ou espinhosa) diferença. Eu, com meus 16 ou 17 ainda não o conhecia. Só de vista, do pátio do colégio, porque ele era da turma do meu irmão Luiz. Um dia a professora de português o elogiou e leu uma redação dele na minha sala. Eu lembro que ele subvertia a linguagem e já usava vários recursos de estilo: versos no meio da prosa, onomatopeias, reiteração de palavras, citações de Oswald, apropriações de Mario Macunaíma... O cara era incrível mesmo, cheio das ideias. Certa noite, eu tomei coragem e conversei com ele numa festa na casa do Poty. Lembro que estava lá com o meu amigo Valmir Perea. E que tomei umas cachaças a mais e falei um monte de besteiras sobre política e arte (não é Val?). Dei minhas opiniões "sobre isso e aquilo, coisas que nóis não entende nada", como cravou o grande Adoniran. Mas, fiquei feliz por trocar umas ideias com 'o cara'. Ele, gentil, ouviu as abobrinhas do bebunzinho com respeito e paciência. Me senti importante. Depois o acompanhei no teatro, dirigindo o Grupo Gesto, na linda montagem do espetáculo 'Um Pé na Dança Outro na Fala". A seguir, o cara gravou um disco independente, "Brincadeira Manhã", com Lé Dantas. Eu admirava as canções e suas performances nos palcos (teatros, feiras, festivais). Tinha (e mantém) a desinibição dos que sabem que têm algo a dizer. É um showman. Mais tarde, vieram os 'Bar Noir' no Leão XIII, espécie de sarau, abrindo espaço a vários artistas. Vieram os vídeos de suas peças (com Deise e Vladi, na Bentevideo). Vieram os livros de poesia. Vieram novas canções e cds, agora em parceria com Vladinski (e com meu irmão). O cara atravessou as décadas produzindo. O velho menino, agora Cordeirovich, que deu a maior força ao 'nosso futebol' (mesmo sem jogar) e a este blog (que ele me dá a honra de ler), e que impulsiona, desde o começo, o Sarau da Maria. Que faz a crítica do movimento e comparece pra ajudar. Que fala da turma da Vila como se a gente fosse o Clube da Esquina. Por ele, creio que seria. Ele queria. Ele cria. Ele fez por onde. E continua fazendo a sua parte. Recentemente criou o projeto #issoéoquemove, juntando arte, amizade e muito love. Sempre criando, sempre cantando e escrevendo. Meu amigo Cordeiro, daquela incrível redação que eu continuo lendo.

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 Foto: Estadão

DOMINGO - 22 de dezembro - 18h ... Show da banda Tarumã no novo Teatro da Rotina, à rua Simão Álvares, 697, em Pinheiros. Com história permeada pela diversidade rítmica e conhecida pelos vocais harmoniosos e pelas canções estradeiras (representativas das várias regiões brasileiras) a banda mistura em seu caldeirão sonoro influências que vão do Clube da Esquina a Chico Science e de Jackson do Pandeiro a Beatles. No show, participações de Daniela Lasalvia, Élio Camalle e Arnaldo Afonso (obrigado!)

O grupo Tarumã é formado por Carlos Moreno, Alê Moreno, Marcelo Barum e Daniel Pessoa. Em seus 26 anos de existência já dividiu o palco com grandes nomes da mpb: Zé Geraldo, Belchior, Tavito, Jorge Benjor, Dercio Marques, Boca Livre, Skank, Renato Teixeira, MPB4 e Luis Melodia, entre outros. Depois dos discos 'Histórias de Cada Canto' e 'Palavriá', o quarteto prepara o lançamento do álbum '3/4'

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 Foto: Estadão

O CD DE BETTO PONCIANO >>> Já está disponível nas plataformas digitais o cd com canções autorais de Betto Ponciano, violeiro que criou sonoridade muito particular, ao mesmo tempo tradicional e inovadora, ao misturar suas raízes caipiras com referências do folk americano e do rock inglês. O músico, que já levou sua musicalidade sem fronteiras à países como Itália, Uruguai, Inglaterra e Rússia, disponibilizou seu cd no Youtube, Deezer e Spotify (clique e confira) e faz show em São Paulo neste sábado:

SÁBADO - 21 de dezembro - 12h ... Betto Ponciano ... Dentro do projeto Cardápio Musical (sempre na hora do almoço), Betto se apresenta com violão de 12 cordas de nylon, viola caipira e harmônica, acompanhado pelo percussionista Valmir Quinto. No repertório, músicas autorais (que tratam da relação homem-natureza) e sucessos de artistas que o influenciaram (Zé Ramalho, Milton, Sérgio Sampaio, Taiguara, Raul, Adauto Santos, Vandré, Almir Sater e Renato Teixeira). Participação do poeta, músico e ator Kako Marques, declamando textos do cordelista Chico Pedrosa. Na Feira de Artes, Antiguidades e Artesanato da Praça Benedito Calixto

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QUARTA-FEIRA - 25 de dezembro - 20h30 ... Élio Camalle no Paróquia Bar ... Cantor brasileiro, radicado na França, faz show autoral. No repertório, a saga de Zé da Bronca (no vídeo). Na rua Wisard, 426, Vila Madalena

 

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O REPROCESSO DE ZÉ DE RIBA

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 Foto: Estadão

A primeira vez em que ouvi falar dele foi quando perguntei à cantora Daniella Alcarpe de quem era a canção 'Vestidim' que ela cantarolava com tanta graça num videoclipe: "É do Zé de Riba, um ótimo compositor maranhense". Depois, vi que ela já tinha gravado mais umas três dele em seus cds. Pesquisando na net, descobri que a renomada cantora Simone também cantava músicas do Zé: 'www.sem' e 'Fuga nº1'. E soube, por fim, que ele já tinha lançado os álbuns 'Não tenho culpa se você não sabe sambar', com deliciosos sambas, xotes e cocos, acompanhado pelos músicos João Marcondes e Memeu Cabral, e 'Reprocesso':

Certa noite, assistindo a um show da Dani, finalmente conheci o cara. Zé foi chamado ao palco e, após sua participação, tivemos uma conversa rápida. Falei que admirava seu som e a poesia repleta de ideias políticas consistentes que ele expressava nas letras. Me referia aos clipes de 'Reprocesso' e 'Cabra Trabalhador', duas críticas contundentes à violência provocada pelo desemprego e pelas desigualdades sociais.

Uns dois anos depois, me deparei na net com o ótimo clipe 'Tempos Difíceis', produzido pelo pessoal do Ateliê de Imagens (Carlos Magno e Amaury Rodrigues), de Suzano. Soube então que a música era uma parceria de Zé de Riba com o ator e diretor Walmir Pinto, inspirada num poema de Brecht. E que deu origem ao show 'Que tempos difíceis são esses em que falar de amor é quase um crime', que fui assistir (com arranjos de Ricardo de Deus e participação da cantora Carla Shinabe). Soube essa semana que a dupla já prepara novo musical, 'Sambas para os bambas', reverenciando os mestres do estilo e valorizando a cultura dos morros, com composições inéditas inspiradas em obras de Noel, Candeia, Cartola e Nelson Cavaquinho, e em mulheres sambistas como Clementina, Lecy, Dona Ivone e Tia Ciata

Nas canções do show 'Tempos Difíceis', questões sociais são abordadas de forma direta e emocionante: a desumanização e a crescente violência das grandes cidades, a opressão e a repressão policial que desaba sobre os mais pobres, o desemprego, o drama da prostituição infantil, os preconceitos de gênero e a falta de solidariedade e amor. Um show com esses temas tem que circular pelas principais capitais do País e levar sua mensagem de paz. Num bate-papo após o espetáculo, Zé de Riba me contou que, após assistirem aos vídeos, algumas ongs e entidades internacionais se interessaram pelo projeto. Este blog se coloca à disposição para divulgar essas ideias e trazer o show e outros inventivos eventos de poesia e cinema para SP. Estou acompanhando os próximos passos. Escuta, Zé: os tempos são difíceis, mas nós vamos caminhando juntos.

 

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A BATALHA DO ADEMIR ASSUNÇÃO

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Após seu show de domingo retrasado no Sesc Belenzinho, o poeta Ademir Assunção postou nas redes sociais um texto muito interessante sobre o fazer artístico e a batalha que trava um verdadeiro artista (não-vendido ao sistema) pra conseguir chegar perto de viabilizar os projetos que idealiza (aqui o texto completo). Acho importante publicá-lo, no momento em que esse (des)governo fascista que nos rege tenta desmontar os parcos sistemas de produção e acesso à cultura existentes, e lança acusações absurdas e infundadas contra nossos maiores artistas. Confira a batalha do Ademir:

ADEMIR ASSUNÇÃO >>> "Quando comecei a desejar uma linguagem de poesia no palco, com uma banda, não imaginava as proporções que isso acabaria tomando. Não queria um sarau, com músicos improvisando e um poeta (eu) lendo os poemas. Queria muito mais: um show de poesia e música. Com uma banda de feras e uma linguagem orgânica, potente, vigorosa. Muitas vezes pensei: isso é maluquice. Mas segui em frente. A primeira vez que senti que poderia dar certo foi com o show Psicolérico, em 1996, com o violonista Madan e o percussionista Ricardo Garcia. Trabalhamos durante 6 meses, procurando os encaixes da poesia falada com os arranjos musicais. Apresentamos o show na Biblioteca Mário de Andrade. Desse embrião conseguimos gravar o cd 'Rebelião na Zona Fantasma', nove anos depois. Mais tarde, montamos outra banda, fizemos várias apresentações, às vezes com formações diferentes. Mas ainda havia algumas partes cantadas e eu continuava buscando um show só de poesia e música, explorando os ritmos e cadências dos poemas. Nunca quis ser cantor. E formamos a banda Fracasso da Raça. Mais shows, mais ensaios, mais composições, mais arranjos e gravamos o cd 'Viralatas de Córdoba'. Agora, alternando trabalhos, surgiu a parceria com a Buena Onda Reggae Club. Quem se aventura a fazer um trabalho como esse sabe bem as delícias, desafios e também as pedreiras que precisa enfrentar. É necessário criar uma estrutura para manter um grupo de profissionais unidos, é preciso ter shows. Mas isso são outros quinhentos. O mais difícil é criar uma linguagem, criar um show de impacto, inovador, desafiador. E isso foi criado. Quase não acredito que consegui realizar aquele velho sonho, com o auxílio luxuosíssimo de vários músicos e muitos outros profissionais que precisam se envolver para que a mágica aconteça: técnicos de som, técnicos de gravação, iluminadores, videastas, fotógrafos, produtores e programadores de espaços culturais que abram as portas para a inovação. Como cantou Raul Seixas: 'basta ser sincero e desejar profundo'. Sabemos que precisa mais. Precisa muito trabalho, muita criatividade, muitas buscas, muita insistência. Mas as palavras de Raul são a base de tudo".

 Foto: Estadão

Ademir Assunção, poeta e jornalista, autor de LSD Nô e Cinemitologias, já publicou livros de poesia, ficção e jornalismo, como A Máquina Peluda (1997), Zona Branca (2001), Adorável Criatura Frankenstein (2003), Faróis no Caos (2012), A Voz do Ventríloquo (2012 - Prêmio Jabuti de poesia), os livros de poesia  (complementares) Pig Brother e Até nenhum lugar (2015) e o romance Ninguém na praia brava (2016). Integrou diversas antologias e tem poemas musicados e gravados por Itamar Assumpção, Edvaldo Santana e Madan. Gravou os cds de poesia e música Rebelião na Zona Fantasma (2005) e Viralatas de Córdoba (2013)

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UM ABRAÇAÇO PRA CIDA SARRAF

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A Cida Sarraf se recupera de um acidente e em breve estará de volta aos bares, saraus e aos encontros com os amigos. Já falei dela aqui, num aniversário do Sarau da Maria (que ela ajudou a fundar). Mas ela é figura superimportante na história dos movimentos culturais e políticos da Vila Maria e merece que se fale dela sempre. É dessas pessoas raras a quem todos admiram, por sua sensibilidade e inteligência, iniciativa e carisma, capacidade de organização e mobilização. A ela, este abraçaço virtual e meu desejo de pronta recuperação:

 Foto: Estadão

AS MUITAS CIDAS >>> Quando conheci a Cida, ela tinha 16 ou 17 anos. E já sabia o que queria. Ou, ao menos, o que não. Pouco mudou desde então. Já estavam nela a alegria de fazer e manter amigos, sua indignação com as injustiças, sua disposição de lutar por um mundo melhor. Sua amizade leal é meu privilégio de décadas. As verdades de Cida são límpidas, transparentes. Nem seus defeitos ela nos esconde. Passional até a ira, excessiva até o ciúme, almeja ter de volta ao menos um pouco do imenso amor que devota. O mundo estaria salvo se tudo fosse uma simples troca. Mas não é. Ninguém se toca, né, Cida? Poucos devolvem a atenção dispensada, quase ninguém retribui a dedicação recebida (eu mesmo, tantas vezes, me incluo nessa lista). Quanto tempo a gente gasta pra compreender que o melhor da vida é de graça, que só o amor é o que fica do turbilhão que nos ultrapassa (e esquece). Até mesmo quando nos desentendemos, brilham nela faíscas solidárias de beleza e encantamento. O que eu sinto, nesses momentos, é que, mesmo em meio à conturbada convivência, a Cida sonha e deseja apenas que os melhores sentimentos não se percam. Que fiquem, nos edifiquem e fortifiquem. Que frutifiquem, para além de nós.

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 Foto: Estadão

Ao longo de tantos anos de amizade, lembro dela sempre organizando festas e eventos, zelando pelos encontros, convocando os que estão distantes, reunindo os recém-chegados. Através de seu encanto natural e agregador, muita gente se conheceu, até casou, criou canções e espetáculos, dançou e sorriu, discutiu questões complexas, fez a cabeça ou, simplesmente, teve tardes e noites felizes ao lado de amigos. Essa é a Cida, das festas com cantoria na casa da dona Tereza e do seu João. A Cida da confraternização de fim de ano com o 'povo da Vila Maria'. A Cida das campanhas políticas, desde antes do Facebook. A Cida da torcida organizada pelos amigos nos festivais, da organização dos almoços, das viagens e até do futebol dos 'meninos' da Vila. A Cida professora, querida pelos seus alunos. A Cida divertida, adorada pelos seus amigos. A Cida do Centro Cívico, da turma bagunceira do Paulo Egydio, do pessoal da praça, do Sarabanda, do Bar Noir, do bar do Seu Carlitos, do Projeto As Marés, do Sarau da Maria, do Sarau da Unisal, do carnaval no Bloco da Maria, a Cida mãe da Marília e do Matheus, a incansável Cida que fica superfeliz quando acontece uma roda de violão 'improvisada'. Eu sei que ela é emotiva e chora com frequência, o que é característica comum aos solidários, aos que se põem no lugar do outro (e sofrem). Mas poucas vezes conheci alguém com tamanha vocação para a felicidade. Sempre que me dispo dos meus defeitos e preconceitos, procuro colaborar pra que o 'Mundo-Cida' se realize (sim, sempre há um 'Mundo-Cida' em andamento). É um mundo muito melhor que o meu e o seu, e, principalmente, que esse nosso tacanho mundinho-bolso-trump de cada dia.

 Foto: Estadão

Claro que em todos esses grupos e eventos citados, ela nunca fez nada sozinha. Mas sempre teve o dom (e a força) de tomar a iniciativa. Que mais eu ainda poderia dizer sobre a Cida? Que ela é adoravelmente carne-de-pescoço? Ou que é superamorosa e generosa? Ou que é figurinha difícil, que incomoda, provoca, exige respostas, não suporta indiferença? Ou que, não bastasse tudo isso, ainda se casou com o meu melhor amigo? Que mais posso fazer, além de enxugar minhas tontas e tantas lágrimas e dizer mais uma vez o quanto a admiro. E o quanto todas essas palavras são merecidas. Parece até que a Cida são muitas Cidas queridas saídas de outras Cidas de eras idas, renascidas e aparecidas na nossa Vila, nas nossas vidas...

 

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BRASILZÃO DO B

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 Foto: Estadão

VERGONHA 1 >>> O idiota que (des)governa o Brasilzão é também mal-educado. Primeiro, ele ofendeu a adolescente ativista ambiental que foi eleita 'Personalidade do Ano' pela revista Time - honraria que ela recusou, dizendo que o movimento climático não precisa de prêmio e sim 'que as autoridades comecem a ouvir a Ciência'. Bolsonaro não é desses cérebros que crêem na ciência. Também não acredita na importância da cultura, como bem sabemos pelo desmonte em andamento. Sequer valoriza a educação: nesta semana ele chamou de 'energúmeno' o educador Paulo Freire, um brasileiro reconhecido mundialmente por sua relevante contribuição pedagógica. Quem aí está surpreso? Os eleitores de Bolsonaro não disfarçam possuírem a mesma idiotice de seu líder (e o mesmo rancor nas opiniões fascistas). Há alguns anos, lembro que lia artigos condenando a 'polarização' das posições políticas no Brasil. Mas, olhe... cá entre nós: eu não quero ter amizade com gente que pensa essas coisas que eles pensam, não... Eu tenho medo de gente assim: são fascistas, violentos e excludentes (além de comprovadamente idiotas). O que esperar de uma gente inculta que despreza a cultura, a ciência, a educação e que só tem ódio e violência no coração? Eu não espero nada e quero distância deles. A parte pensante e consequente desta nação (instituições e sociedade organizada), além de contar os dias que faltam para o término do mandato de Bolsonaro, precisa achar um jeito de tirar essa turma de idiotas antidemocráticos do poder. Antes que seja tarde demais para a própria democracia.

 Foto: Estadão

VERGONHA 2 >>> Nesta semana o Brasilzão do B recebeu o simbólico prêmio de 'Fóssil Colossal', outorgado ao 'pior entre os piores' para o Meio Ambiente e a preservação da Natureza. O troféu foi concedido pela Rede Internacional de Ação Climática na COP 25, cúpula do clima da ONU, em Madri. A rede reúne mais de 1300 organizações da sociedade civil em todo o mundo. Três motivos determinaram a escolha do Brasil: culpar ambientalistas pelas queimadas na Amazônia, vetar a menção aos Direitos Humanos no artigo 6.4 (sobre créditos de carbono) e se opor ao uso da expressão 'Emergência Climática' na redação do texto final. Quem aí está surpreso? Brasil il il il...

 

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UM POUCO DE PAULO FREIRE

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"Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre"

"Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo"

"Lavar as mãos do conflito entre os poderosos e os impotentes significa ficar do lado dos poderosos, não ser neutro. O educador tem o dever de não ser neutro"

"É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática"

"A leitura do mundo precede a leitura da palavra"

"Não basta saber ler que 'Eva viu a uva'. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho"

"Desrespeitando os fracos, enganando os incautos, ofendendo a vida, explorando os outros, discriminando o índio, o negro, a mulher, não estarei ajudando meus filhos a ser sérios, justos e amorosos com a vida e com os outros"

"A linguagem nunca é neutra"

As frases acima são do filósofo e educador Paulo Freire,constantemente caluniado pelo (des)governo Bolsonaro. Paulo Freire é o intelectual brasileiro mais homenageado da história, com pelo menos 35 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades da Europa e América. Sua obra principal é 'Pedagogia do Oprimido', livro em que propõe um método de alfabetização dialético (terceira obra mais citada em trabalhos acadêmicos da área de humanas em todo o mundo). Finalizo com o texto de apresentação da Balada Literária 2019, evento anual organizado pelo escritor Marcelino Freire, que neste ano homenageou Paulo Freire. Precisamos, sim, homenagear Paulo Freire. Não podemos deixar que fascistas idiotas, saídos das sombras medievais do quinto escalão da ignorância nacional, manchem seu nome:

"Não somos oprimidos. Não baixamos nossa cabeça. Não estamos alheios aos fatos. Estamos atentos. Firmes e fortes. Sabemos quando a mentira vira verdade. Pregamos a dignidade. E o pensamento crítico. Aprendemos dentro do nosso quintal. Apreendemos com os ensinamentos do tempo. Da infância somos eternos estudantes. Letrados pelos nossos antepassados. Não temos governo. Não sentimos medo. Defendemos a liberdade de expressão e a democracia. Nós transformamos o nosso presente. Sabemos que dele depende o nosso futuro. Somos utópicos e práticos em nossa utopia. Respeitamos as diferenças. Estamos próximos dos próximos. Cada vez mais plurais. Acordamos toda uma multidão com o nosso grito. Temos asas. Consciência plena de nosso legado. Amamos nossos mestres. Estamos unidos aos professores. Reverenciamos quem nos aponta um caminho. Seguimos no caminho da verdadeira justiça. Enxergamos quando a justiça é cega. Quando a justiça não enxerga o olho da rua. Somos nossa própria rua. Fazemos a nossa estrada. De mãos dadas, uns com os outros. Todos de unhas de fora e de cabeça erguida. Celebrando os artistas. Todas as artes. A leitura do mundo e o mundo da literatura. Gratidão, mestre e parceiro e companheiro Paulo Freire. Por tudo o que você nos alertou. A educação movida pela curiosidade e pelo profundo amor"

 

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ARNALDO AFONSO FAZ SHOW COM MÚSICAS DE CARTOLA

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 Foto: Estadão

Nas minhas andanças por aí já tenho me apresentado com um visual que remete ao dos sambistas cariocas dos anos 50: calça larga, sapato de bico fino, camiseta de listras horizontais e chapéu claro. O figurino é para melhor ambientar as minhas interpretações das canções de Angenor de Oliveira, o popular Cartola, um dos maiores compositores brasileiros de todos os tempos (apesar da caracterização, não interpreto o músico: faço o papel de um cantor que o admira e narra sua história). Há alguns anos escrevi a peça "Mestre Cartola: Vida e Obra em Verde e Rosa", que agora adaptei para um espetáculo musical de uma hora (com cenário simples e prático), onde canto dez canções e conto algumas curiosidades sobre ele. Em 2020, ano em que completamos quatro décadas sem o Mestre, pretendo levar suas melodias a todas as Casas de Cultura da cidade, bem como aos Ceus, Bibliotecas, Sescs, escolas e centros culturais

 

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MINHAS ANDANÇAS POR AÍ

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Que fique bem claro, seu Januário: não sou cri-crítico musical nem literário. Sou artista que sente pressente pelo insight o valor do objeto emocional criado. Sou fã abduzido seduzido cooptado. Apaixonado pelo belo poético tocado e cantarolado. E ainda estou transtornado (e transformado) lendo e relendo livros, indo e vindo de shows, vendo e ouvindo canções e sentindo reverberar as emoções que vivi. Um pouco do que vi é o que conto aqui:

 Foto: Estadão
 Foto: Estadão

SÁBADO - Sarau do Zulu nos Parlapatões ... Da maior importância o evento capitaneado pelo cantor e compositor Zulu de Arrebatá, juntando artistas e criando um grupo que tem se apresentado coletivamente em vários eventos da cidade. Dessa edição participaram Ademir Assunção, Akira Yamasaki, Giliane & Gusmão (foto de cima), Paulo Miranda & Beatriz Carvalho, Karolzinha, José Carlos Guerreiro e outros cantores e poetas (Arnaldo Afonso também cantou). Lá finalmente pude conhecer e ouvir a bela voz da cantora Jordana (foto de baixo). O sarau acontece a cada dois meses

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 Foto: Estadão
 Foto: Estadão

DOMINGO - 38ª A Idade da Terra em Transe - É sempre uma festa encontrar Petruche, Osmedio, Bourbon, Katia, Cirilo, Ítalo e todos os amigos legais que conheci no Videoclube Charada, na ZL. Além disso, ainda cantei algumas canções e pude acompanhar o show de várias bandas (Agapantos, Oskarface, Nihilo e a dupla Ericsson Castro & Andrea). Mas o ponto alto do evento foram as apresentações da banda Chêro da Poesia (que arrebentou com repertório autoral e alguns clássicos de Sá, Rodrix & Guarabyra) e do Porno Massacre (a performance do vocalista Roger é emocionante. O cara é um showman!). As fotos são do Marco Antonio Gonçalves, um dos organizadores do festival. Além da sonzera boa, ainda rolou um churrasquinho comunitário. Foi bão demais, sô...

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 Foto: Estadão
 Foto: Estadão

TERÇA - Toca do Autor na Casa Pluri ... Além de participar do sarau organizado e apresentado pelo músico Alexandre Tarica (estavam lá Tato Fischer, O Zi, Tarumã, Cabedal, Zanatta, Rafa Alface, Ayrton Mugnaini e vários outros artistas), pude conhecer a recém-inaugurada Casa Pluri (administrada pela cantora Susie Mathias e pelo poeta Oswhaldo Rosa), que é uma mistura de estúdio e espaço cultural para saraus, shows e lançamentos de discos e livros. O sarau aconteceu no estúdio, mas poderia ter rolado na ampla área da varanda, ao ar livre, não fosse a forte chuva. A Casa tem bar, fica num ótimo ponto (av. Pompeia, 1344) e acho que muitos eventos legais vão acontecer por lá em 2020. Você vai saber tudo por aqui.

 

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MARIELLE PRESENTE!

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No dia 14 de março de 2018 a vereadora, de 37 anos, foi assassinada no bairro da Lapa, no Rio. Ela era relatora da Comissão dos Direitos Humanos que acompanhava a intervenção militar no RJ. Havia feito denúncia contra abusos policiais e após voltar de um evento com jovens negras, foi baleada. Anderson Gomes, motorista do carro em que ela estava, também foi executado. Desde então, protestos contra o bárbaro crime se repetem em várias cidades brasileiras. Marielle lutava por justiça, inclusão e igualdade de direitos. Defendia as causas que todos nós, artistas e coletivos dos saraus, também defendemos. Este blog continua aguardando o esclarecimento do caso e a punição dos assassinos e mandantes. As balas que a mataram atingem a todos nós. Não podemos nos calar. Até quando vou ficar semanalmente repetindo esse texto aqui? Será que vai ficar assim? Por que a resposta não vem? Quem matou (e quem mandou matar) Marielle?

 Foto: Estadão

Já faz mais de um ano e meio que eu repito esse texto. E vou continuar repetindo enquanto este blog existir. É meu compromisso em defesa da democracia e da liberdade, ambas ameaçadas pela impunidade de assassinos ou pela omissão das autoridades. Durante todo esse tempo, repito esse texto que eu já sabia que ia repetir. Se temos dois suspeitos presos (a quem ninguém entrevistou, confrontou, nem perguntou os motivos) ainda falta saber quem mandou matar Marielle. Um ano e meio depois, Marielle continua sendo baleada, morrendo todas as noites e renascendo a cada manhã. Porque pessoas íntegras como ela não morrem jamais. Se eternizam e viram exemplo de luta. Nós, brasileiros democratas, estamos aqui, de braços dados com Marielle, esperando que a justiça seja feita. Os assassinos talvez tenham a proteção momentânea de organizações ou de eventuais autoridades fascistas. E podem ameaçar Freixo, Marcia Tiburi e Jean Wyllis, ou mirar e atirar em nossas altivas cabeças. E até nos matar, um a um ('matar uns 30 mil', como disse o atual presidente durante sua campanha, sem ser punido nem ter sua candidatura impugnada). Só não poderão evitar que Marielle renasça mais forte, todos os dias, no corpo e na mente de cada menina guerreira da cidade do Rio de Janeiro. Marielle presente.

 

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AGENDÃO

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Aqui as sugestões de programação para esta semana. Acompanhe também as opções contidas na página da Agenda da Periferia. Informe-se, inconforme-se, atue e divirta-se!

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 Foto: Estadão

CONFESSO QUE SOBREVIVI >>> Editora Essencial, preocupada com o aumento dos crimes de feminicídios, abre canal para receber os relatos de mulheres que passaram por uma relação abusiva, opressora e violenta. Será organizada e publicada uma antologia. Saiba mais no site www.editoraessencial.com.br ou participe preenchendo o formulário

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 Foto: Estadão

RÁDIO BRASIL ATUAL >>> A rádio que dá a notícia que as outras não dão e toca as músicas que as outras não tocam está em campanha de financiamento (assim como a TVT)Para saber mais e colaborar, acesse o link. Neste momento de retrocessos políticos, sindicais e culturais, sabemos bem o quanto é imprescindível ter uma emissora que faça frente ao discurso fascista do governo e das poderosas redes que o apoiam

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QUINTA - 19 de dezembro - 18h ... Banda Mundo Cana ... A banda de forró toca músicas próprias e faz releituras de Gonzagão e Jackson do Pandeiro. No Instituto Sarath, à rua Humberto I, 146 (perto do Sesc Vila Mariana)

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ÀS QUINTAS - 18h30 ... Mira essa Encrenca ... Todas as quintas-feiras, com apresentações musicais gratuitas. No Mirante 9 de Julho (atrás do Masp)

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QUINTA - 19 de dezembro - 19h ... TV Confaca e Roda de Conversa com André Fernandes e Vinícius Paes. Na programação de encerramento da III Mostra de Arte Casa Rosa Manjericão, em São Roque. No sábado, dia 21, às 20h, a dupla faz show de lançamento do cd 'Par', disco que contou com participações de Matheus Pezzotta, Fabio Gouvea e Selma Fernands, e já está disponível nas plataformas digitais

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QUINTA - 19 de dezembro - 19h ... Sarau do Vinil - Com samba na vitrola, pocket-show de Élio Camalle, exposição de ilustrações digitais de Augusto Jordão e palco aberto. No Area51bar, à av. Yervant Kissajikian, 1439

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 Foto: Estadão

QUINTA E SEXTA - 19 e 20 de dezembro - 19h30 ... Dezembro na Funarte. Na quinta, dia 19, apresentação do Coral Vozes Paulistanas. Na sexta, dia 20, show da banda Blues BR, com Lu Vitti e Fábio Brum. Na alameda Nothmann, 1058

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QUINTA - 19 de dezembro - 20h ... Saidera Eht ... Electric Hendrix Tribute faz releituras com base na obra do lendário guitarrista. Com Eder Hendrix (guitar e voz), Lua Bernardo (baixo elétrico) e Caio Mendes (bateria). No Buteko da Elis, à rua Pereira do Lago, 38

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QUINTA - 19 de dezembro - 20h ... Encontro de Expressões. Sarau organizado e apresentado pelo músico Cale Narman abre espaço para compositores, cantores, bailarinos e performers. No Manjericanto, à rua Voluntários da Pátria, 3558

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QUINTA - 19 de dezembro - 20h ... Jesse Harris (EUA) e Ricardo Dias Gomes tocam na mesma noite acompanhados pelo baterista Jeremy Gustin. No Escritório Transfusão Noise Records, à rua da Constituição, 64, no Rio de Janeiro

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QUINTA - 19 de dezembro - 22h ... Baile dos Fios ... Música dançante e carnavalesca com o quarteto Fios de Choro, acrescido do trombone de Conrado Bruno, da percussão de Gustavo Surian e da voz de Paula Sanches. No Ó do Borogodó, à rua Horácio Lane, 21

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QUINTA - 19 de dezembro - 22h ... Kabuloso Fim de Ano ... Festa com a performática banda Bolero Freak tocando autoral e clássicos da mpb. Antes do show, a equipe de 'O Paraíso deve ser aqui', apresenta a trilha sonora do filme. No Al Janiah, à rua Rui Barbosa, 269

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QUINTA - 19 de dezembro - 22h ... Cantar pra Subir. Cantor e compositor Umanto dos Santos apresenta clássicos da mpb, bossa até desembocar em reggaes, sambas-enrtedo e marchinhas de carnaval. Participação do guitarrista, compositor e arranjador João Nepomuceno. No Sem Saída, à rua Fidalga, 27

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QUINTA - 19 de dezembro - 22h ... Tendência 8 Anos - Viva os Seus Sonhos ... Marca de roupas que sempre apoiou o Sarau da Maria comemora niver com showzaço do rapper Mano Brown. Ainda tem Maneva, Samba da Cadência e o som dos djs Sleet e Seriones. Ao pessoal da Tendência, este blog dos saraus agradece e parabeniza. Na rua Chico Pontes, 1500, na Vila Guilherme

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SEXTA - 20 de dezembro - 20h ... Banda Rock Bites (Alanna e Nando) faz som acústico no Carauaribar, à praça Carauari, 8, na Vila Maria

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SEXTA - 20 de dezembro - 20h ... Experimento - Roteiro Multisensorial. Obras de arte são harmonizadas com degustação de vinhos. Pocket-show do cantor e artista plástico Ca Cau. No Atelier Travessia, à rua Minas Gerais, 201

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SEXTA - 20 de dezembro - 20h ... Trio Camaradas ... Noite de forró com músicas do Trio Nordestino, Trio Nortista, Gonzagão, Genival Lacerda e outros. Com PC Canuto (sanfona e voz), Danilo Pêra (triângulo e voz), Fabio Gagliano (zabumba e voz). No Joaquina Bar e Cozinha, à rua Doutor Alvaro Alvim, 22

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SEXTA - 20 de dezembro - 20h ... Forró com as bandas Pé de Manacá (21h30) e Baião Lascado (23h30). Depois, dj Henrique Matuto (1h). No Nomad bar, à rua Eugênio de Medeiros, 466

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SEXTA - 20 de dezembro - 21h ... Banda Aláfia apresenta seu quarto álbum 'Liturgia Sambasoul'. No Z - Largo da Batata, à av. Brigadeiro Faria Lima, 724

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SEXTA - 20 de dezembro - 21h ... Tributo Rock Nacional 70. Banda Cigarras Psicodélicas toca Mutantes, Tutti Frutti, Joelho de Porco e Golpe de Estado. Com Marcelo Moreira (guitarra, voz e piano), Carlos Salles (baixo) e Cláudio Milani (bateria, voz e flauta). No Santa Sede, à av. Luiz Dumont Villares, 2104

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SEXTA A DOMINGO - 20 a 22 de dezembro ... Barrela ... Montagem da peça de Plínio Marcos com direção de Mário Bortolotto. No Teatro Cemitério de Automóveis, à rua Frei Caneca, 384. Sexta e sábado, às 21h. No domingo, às 20h

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 Foto: Estadão

SEXTA E SÁBADO - 20 e 21 de dezembro - 21h ... Os Filhos da Noite. Com texto de Ernesto Hypólito e Jeson Dotti, a peça é baseada em conto sobre vampiro, de Lord Byron. No elenco, Anette Naiman, Jeson Dotti e Leandro Rossini. No Teatro da Garagem, à rua Silveira Rodrigues, 331a

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SEXTA - 20 de dezembro - 22h ... 'Especial Caetano' ... Com a banda Golonka tocando músicas do disco Transa, entre outros clássicos. Na NossaCasa Confraria das Ideias, à rua Mourato Coelho, 1032

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SEXTA - 20 de dezembro - 22h ... Clandestones. Só versões dos Rolling Stones na festa de fim de ano do Clandestino Estúdio, à rua Augusta, 2366. Com Diego Basa (voz e violão), Claudio Moko (guitarra), Icaro Scagliusi (guitarra), Marcos Lucke (baixo), Ricardo Topfer (bateria), Gui Afif (sax) e convidados

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SEXTA - 20 de dezembro - 23h ... Festa da Baianidade Nagô no Al Janiah, à rua Rui Barbosa, 269. No show AfroRaiz, repertório de música baiana de todas as épocas

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SÁBADO E DOMINGO - 21 e 22 de dezembro - das 10h às 20h ... Quarta edição da Feira de Livros no Gansaral, à rua Demóstenes, 885. Presença das editoras Bandeirola, Sattva e Cia das Letras. No domingo, às 14h, apresentação musical com o grupo Choro na Quitanda

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 Foto: Estadão

SÁBADO - 21 de dezembro - das 13h às 22h ... 5ª Edição do Festival "Somos Todos Bolívia Rock". Com Lu Vitti, Saco de Ratos, Miro de Melo & Os Bregapunks, Vento Motivo, Os Subviventes e várias outras bandas. No Centro Cultural Penha, Largo do Rosário, 20

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SÁBADO - 21 de dezembro - 18h ... Show do 'Pê Éfe' no Bar Seu Zen, à rua Delfina, 101, na Vila Madalena. Dupla formada por Pedro Milanesi (violão) e Filó Silva (voz) apresenta o repertório do cd "Aragem", além de releituras de clássicos da mpb

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SÁBADO E DOMINGO - 21 e 22 de dezembro - 20h ... "Na Pedra do Reino do Sol Sem Restrição Alguma em Busca de Ariano Suassuna" ... Alunos do Curso Livre de Teatro da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL) realizam exercício cênico celebrando o grande dramaturgo. No Teatro de Bolso Procópio Ferreira. Em Campos, no RJ

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SÁBADO - 21 de dezembro - a partir das 20h ... Festa Clariô 2019 recebe artistas para confraternização de fim de ano. No Espaço Clariô, à rua Santa Luzia, 96, em Taboão da Serra

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SÁBADO E DOMINGO - 21 e 22 de dezembro - a partir das 20h ... Lançamento do Floripa Jazz Festival 2020 no Selina Vila Madalena, à rua Aspicuelta, 237. No sábado, show com o trompetista Guizado e o percussionista Ricardo Pereira. No domingo, a cantora Rhaissa Bittar se apresenta com o multi-instrumentista Thiago Hoover. A programação inclui workshops gratuitos e outras intervenções artísticas, além da Feira das Ideias, evento que reúne marcas que incentivam o consumo consciente

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SÁBADO - 21 de dezembro - 20h ... Os Robertos fazem releituras dançantes de clássicos de Tim Maia, Roberto Carlos e Jorge Ben, entre outros. No Apostrophe', à rua Coronel Ortiz, 290, em Santo André

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 Foto: Estadão

SÁBADO E DOMINGO - 21 e 22 de dezembro - a partir das 21h ... Garage XMAS 2019 ... Segunda edição do festival tem bandas e djs (clique no cartaz). Na Associação Cultural Cecília, à rua Vitorino Carmilo, 449

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SÁBADO - 21 de dezembro - 21h ... Banda Cigarras Psicodélicas no Lê Rock Bar, à rua Chico Pontes, 1791. No repertório, Mutantes, Tutti Frutti, Joelho de Porco e Golpe de Estado

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 Foto: Estadão

SÁBADO - 21 de dezembro - 21h ... Os Cabeças'ss ... Ótima banda formada por Daniela Neris, Ivan Cabeça e Luis Dias toca Animals, Stones, Creedence, Beatles, Kansas, Janis, Dylan, Raul, Zé Ramalho, Belchior e outros clássicos. No Santa Sede, à avenida Luís Dumont Villares, 2104

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DOMINGO - 22 de dezembro - 16h ... E a Terra Nunca Me Pareceu tão Distante. No Lagunitas Pop Up Taproom, Rua Fernão Dias, 624 (no Largo da Batata)

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DOMINGO - 22 de dezembro - 19h30 ... Show de Eduardo Gudin e Léla Simões no Bar do Alemão, à av. Antártica, 554

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DOMINGO - 22 de dezembro - 20h ... Roda de Choro e Samba com o Grupo Espalha Rama. Na Casa Matahari Mariposa, à rua Silva Bueno, 729

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DOMINGO - 22 de dezembro - 21h ... Tributo ao The Doors. No Santa Sede, à avenida Luís Dumont Villares, 2104 (ao lado do metrô Parada Inglesa)

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DOMINGO - 22 de dezembro - 23h ... Fim de Ano da Festa Vitamina (com djs e comedy show). No Presidenta - Bar e Espaço Cultural, à rua Augusta, 335

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ÀS TERÇAS - 20h ... Acompanhe o programa CasArte Marginal, apresentado e produzido pela dupla de artistas Alexandre Paulino e Aline Lopes. São entrevistas com artistas e ativistas da cena cultural alternativa. O programa tem reprise às sextas, às 13h, e aos domingos, às 17h. Na casileoca.com

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ÀS QUARTAS - 11h ... Marcelo Nocelli no Rádio ... Editor da Reformatório apresenta programa sobre literatura na Rádio Brasil Atual (FM 98,9). Na pauta, livros brasileiros contemporâneos (resenhas e dicas), além de eventos e lançamentos

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ATÉ 26 DE JANEIRO ... Ocupação Alceu Valença no Itaú Cultural ... Mostra reúne depoimentos, objetos e produções literárias do artista pernambucano. De terça a sexta, das 9h às 20h, e sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h. Na av. Paulista, 149

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 Foto: Estadão

ATÉ 21 DE DEZEMBRO ... III Mostra de Arte da Casa Rosa Manjericão. Com exposições de fotografia, artes plásticas, performances, saraus, shows e debates. Na rua Antonio Cavaglieri, 15, em São Roque

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 Foto: Estadão

ATÉ 23 DE DEZEMBRO >>>  O escritor e letrista Léo Nogueira, que acaba de lançar o romance A Confraria dos Mascarados, será homenageado por seus muitos parceiros no cd "Um Mundo em Nós", disco que será produzido com recursos de campanha de financiamento (clique aqui para saber mais e colaborar). Serão gravadas 13 letras de Léo musicadas por craques como Zeca Baleiro, Adolar Marin, Kleber Albuquerque, Sonekka, Marcio Policastro, Gabriel de Almeida Prado, Leo Costa e Élio Camalle, entre outros, e interpretadas por Augusto Teixeira e artistas convidados

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ATÉ 31 DE DEZEMBRO ... Coletivo de artistas expõe na Passagem Literária (na Consolação, esquina com Paulista). Entre eles, Euflavio Goiso Madeirart, mostra trabalhos inéditos e convida poetas e músicos para sarau.

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ATÉ 11 DE JANEIRO - de terça a domingo - das 10h às 18h ... Exposição 'Tempero da Carne', do artista visual Julio Leão, no Museu da Diversidade Sexual, na Estação República do Metrô. Entrada franca

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 Foto: Estadão

ATÉ 13 DE JANEIRO ... Exposição 'A palavra e a Imagem - Homenagem a Darcy Ribeiro'. 35 artistas interpretam, em seus trabalhos, as facetas de ambientalista e educador do intelectual brasileiro. Entrada franca. Na biblioteca do Memorial da América Latina (ao lado da estação Barra Funda do metrô), de segunda a sexta, das 9h às 18h (aos sábados, das 9h às 15h)

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 Foto: Estadão

ATÉ 19 DE JANEIRO ... Exposição William Blake: Portas da Imaginação - Com material raro (e inédito no Brasil) sobre o poeta, ilustrador, tipógrafo e gravador inglês que influenciou os surrealistas e os beats, entre outros artistas. Na Casa das Rosas, à av. Paulista, 37. De terça a sábado, das 10 às 22h, domingos e feriados, das 10h às 18h

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AGENDÃO >>> Fique ligado, pois o agendão é diariamente atualizado. E toda quinta-feira tem post novo. Até lá!

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