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Produção artística que vive à margem da indústria cultural

A festa do Sarau e do Bloco da Maria, o show emocionante do Breno Ruiz e o agendão pro seu findi feliz

Por Arnaldo Afonso
Atualização:

Sábado o Sarau da Maria fez 4 anos. Parece pouco, mas é uma data muito significativa para um coletivo cuja história (várias vezes interrompida) vem de longe, escrita em meio à luta contra a ditadura, por muitos heróis e amigos que já se foram. E que fizeram tanto: montaram grupos de estudo, de teatro, de música, de futebol, de passeios e viagens. Discutiram arte, política e filosofia, abrindo suas cabeças e arejando as ideias de quem estava junto ou por perto, e deixando essa herança cultural efervescente para quem chegou depois. E para quem continua chegando. Hoje, alguns deles estão por aí (pensando coletivamente, como sempre), resistindo à coisificação do sucesso material e pessoal, ao consumismo vazio e ao pequeno mundinho individualista reinante. Cada qual a seu modo, seguem empunhando a bandeira amarfanhada da liberdade, envergando os trapos surrados da esperança. A eles, essa modesta homenagem. Cito alguns saudosos amigos, simbolizando a lembrança de todos: João Felicio, Gilvan Matias, Edno Filizola, Justão, Marotto, Helder... Acho que tudo que a gente faz ainda hoje, é tentar criar um ambiente propício aos encontros, pra que as ideias se desenvolvam e a inspiração floresça. É construir com a argamassa dos sonhos uma casa ampla, democrática e sem preconceitos, uma sede receptiva e amorosa, como temos aprendido na convivência de décadas. Por isso, no Sarau da Maria, sempre lembramos desses caras citados. Nossas pequenas vitórias também são deles. Desses amigos antigos e eternos. Todos estão vivos, aqui dentro, cá comigo. Em meu peito e pensamento. Meus amigos tão queridos.

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 Foto: Estadão

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É essa turma aí da foto que organiza o Sarau da Maria, com a ajuda de mais alguns colaboradores (uns mais elaboradores, outros, laboradores). Não pensamos nem agimos igual, mas estamos superando diferenças e seguindo em frente. É muito bonito pensar que, mesmo com todas as dificuldades, as turmas da Vila Maria e do Jardim Brasil estão finalmente construindo aquela velha casa acolhedora com que sempre sonharam. Por enquanto, ela só pulsa em nossos corações e mentes. Quem sabe, em breve, como no verso de João Cabral, ela salte para dentro da vida e ganhe paredes e teto. Mas com janelas bem amplas e com muitas portas, todas sem trancas. Poderia se chamar, talvez, Casa de Cultura da Vila Maria. Ou, simplesmente, Casa dos Amigos da Vila. I have a dream... Sonhe junto também:

 

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COMO FOI O SARAU

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Pra gente, que organiza, havia no ar uma emoção a mais. Mas o sarau de aniversário não foi lá muito diferente dos outros: teve música e poesia, encontros, abraços e beijos de amigos, muito falatório e risadaria... afinal, isto é que é o Sarau da Maria.

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A noite teve como destaque os poemas incríveis dos slammers Lucas Afonso, Mel Duarte (veja o vídeo acima) e Mariana Felix, garotada politizada que marejou os olhos de todo mundo. Teve a presença surpresa do grande compositor e amigo Kleber Albuquerque (com a querida Vivi). Teve o jovem e talentoso Ruan Trajano lançando seu ep. Teve o som maneiro da dupla Gi Meirelles & Gusmão, tocando com a Rosana e também com o Aécio. Teve Deise e João Emílio sambalançando a 'Estrada do Sol', de Tom & Dolores. Teve Tania no Momento Maria. Teve Tatha Luz com a Joice, na rabeca. Teve o Val Piccinato lançando livro. Teve o Daniel Galvão com sua banda. Teve Cida, Rosinha, Vasqs, Gerson, Paulinho e Lu. Teve Marcio Butarello na homenagem aos 100 anos da Vila, cantando com os meninos percussionistas da Escola de Samba do bairro. Teve roda de samba rolando depois do sarau. Teve Távora, Vlado, Éder, Ligia e Tião. Teve Zé Paulo Guerreiro cantando emocionado, lembrando da tchurma. Teve bolo delicioso. Teve niver da nossa amiga Sueli (com outro bolo!). Teve a arrumação de palco do Francisco Fanca, seguindo um moderníssimo conceito de 'desarrumação'. Teve Helen, Giadas e Radumé cantando uma linda canção do genial Luiz Carlos Afonso, meu ídolo e irmão. Teve um monte de coisas que eu tô esquecendo. Teve a gente lá, felizes da vida, pulando e se jogando no chão que nem crianças bobas. É o que somos, por breves momentos, quando conseguimos ludibriar as asperezas da vida. Clique nos nomes dos fotógrafos e veja como foi a festa, através das imagens coloridas do Roberto Candido, e das pb do Moacir Barbosa. A eles, e a todos os amigos e artistas presentes, um abraço agradecido e apertado. Foi very beautiful de tão lindo...

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O BLOCO DA MARIA

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 Foto: Estadão

Assim que terminou o sarau de aniversário, nós, da comissão, já começamos a preparar o encontro do sábado de carnaval, na praça Carauari. Pelo segundo ano, nossa tchurma de amigos vai sair loucamente pela praça empunhando o 'histórico' pavilhão do Bloco da Maria. Desde já (leitores e pessoal dos outros saraus), estão todos convidados. Ainda vou falar mais sobre isso no próximo post. Mas deixo AQUI a programação dos blocos de rua de São Paulo, que saem entre os dias 15 e 28 de fevereiro.

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 Foto: Estadão

Um sábado antes do carnaval, alguns de nós (da comissão do sarau) iremos participar do bloco Se Mistura na Foto (com saída da Barão de Limeira), que nos retribuirá a 'visita' na semana seguinte, participando do nosso Bloco da Maria. Por ora, posto o vídeo da nossa marchinha do ano passado (esse ano vai ter uma nova) e, logo abaixo, os meus comentários sobre as tentativas que o atual prefeito faz para restringir uma festa que a cada ano cresce e fica melhor (Leia AQUI um outro ótimo texto sobre o tema).

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... Leio que o novo prefeito proibiu (proibiu? pode isso, Arnaldo?) blocos com mais de 20 mil pessoas e criou uma série de restrições ao uso de grandes praças e avenidas (espaços públicos, diga-se de passagem). E que pretende, de certo modo, criar uma espécie de 'sambódromo' para todos os blocos 'desfilarem'. Com patrocínio da iniciativa privada, imagino. Ou seja, o cara quer tirar a graça da brincadeira, quer pôr corda no bloco (e no pescoço dos foliões), quer orientar a massa, controlar e apontar o caminho/o destino pra onde devemos/podemos seguir. Quer acabar com a farra desorganizada e feliz de sair por aí numa cidade livre e viva com possibilidades de acesso pra todo lado. Leio que há 495 blocos cadastrados na prefeitura (sem contar os blocos loucos, como o Bloco da Maria, que saem sem cadastro mesmo...). Então, senhor prefeito, saiba desde já: blocos carnavalescos são agrupamentos humanos, são feitos de dezenas, centenas ou milhares de pessoas. São feitos de gente. De pensamentos. De ideias. De emoções. De desejos. De sentimentos que não se apagam como pichações, de incontíveis alegrias e de multidões de cores vivas que não se escondem sob a tinta cinza das proibições. Por falar nisso, ouçam essa ótima marchinha:

 

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QUE SHOW, BRENO RUIZ!

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... Foto: Estadão

Domingo fui ao Auditório Ibirapuera e assisti ao maravilhoso show do cantor, compositor e pianista Breno Ruiz, acompanhado por Igor Pimenta (baixo) e Gabriel Alterio (bateria), tendo os cantores Mônica Salmaso e Renato Braz como convidados especiais. Já conhecia algumas canções de seu belo cd 'Cantilenas Brasileiras', todo em parceria com o genial letrista Paulo César Pinheiro. Eu não faço a polêmica (e preconceituosa) distinção entre a 'boa música', aprendida em conservatórios, e a 'música ruim', feita por mim e outros violeiros de botequim. Penso que, de todos os territórios, terrenos e terreiros, podem surgir chatices e genialidades, entretenimento efêmero ou obras imortais. O Breno compõe cantigas, chorinhos e lundus com entonação pop e visão contemporânea. Suas canções dão um nó nas pontas de dois séculos, juntando conceitos modernos e sofisticados às matrizes da música mais tradicional e reconhecidamente familiar, agradavelmente íntima. Breno coloca sua apurada técnica de instrumentista (e compositor) a serviço da canção popular. Quando os poemas de P. C. Pinheiro deslizam leves sobre suas esguias melodias, uma sensação de brasilidade perdida nos percorre. Águas, matas, onças, pássaros e cânticos de uma gente esquecida parecem invadir a sala, como que materializando tempos paralelos. São pescadores, cozinheiras, lavradores e lavadeiras cantando seu cotidiano sem memória, a escravidão, a desimportância a que foram relegados, o descaso e maus tratos que sofrem desde sempre. Seus amores e esperanças nos encantam, vigorosos. O canto de Breno é denso e dá conta das tocantes histórias. Mas quando esse pacote de emoções nos chega pelas vozes de Mônica Salmaso e Renato Braz, o arrepio é total, imediato e arrebatador. Quando cantam juntos, então, todas as fortalezas desabam. A alma se despe de sua pesada armadura. Foi tanta beleza flutuando nos sons que eu simplesmente desabei, me desarmei e chorei. Chorei sem um porquê, chorei como um rio largo, torrentemente, chorei. Como chuva de orgasmo. Chorei pela beleza. Pelo encontro. Pela música. Pela cultura. Chorei de agradecimento por estar vivo. Chorei de felicidade por fazer parte disso. Desse coro mestiço de anônimos, desse choro que ninguém ouve. Chorei Brasil, chorei povo. Chorei com eles todos, no tom. Nossa voz embargada estava ali, ecoando na sala livre de Niemeyer, sob a língua vermelha de Tomie, num Ibirapuera tupi. Chorei até sorrir, até sentir de onde vim. Nós somos uma nação, sim.

 

 

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AGENDÃO

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Eis aqui a 'superagenda dos saraus' para o seu findi, com fotos, cartazes, links e vídeos. Devido à grande quantidade de eventos, às vezes eu posto apenas o cartaz, sempre acompanhado de um link para mais informações. Acompanhe também as muitas opções contidas na página da Agenda da Periferia. Informe-se, inconforme-se, atue e divirta-se!

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 Foto: Estadão

Quinta-feira - 9 de fevereiro - 18h30 ... Lançamento do livro - Amores Carnavais ... Inspirados pela tradição anárquica do carnaval carioca e pelo renascimento dos blocos em SP, jovens autores e fotógrafos dessas duas cidades convidam para uma folia literária. O livro custa R$30. Na Livraria da Vila, à rua Fradique Coutinho, 915.

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Quinta-feira - 9 de fevereiro - 20h ... Leo Cavalcanti - Show "O Mundo Que Se Deseja" ... Cantor e compositor lança single e clipe de "O Mundo Que Se Deseja". No show, canções de seus dois cds, "Despertador" (2014) e "Religar" (2010), além de inéditas. Leo (violão, percussão e efeitos eletrônicos) será acompanhado por Bruno Serroni (violoncelo, baixo e sintetizadores). Projeção de imagens da artista visual Cecília Lucchesi. Entrada franca. No Itaú Cultural, à av. Paulista, 149.

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Quinta-feira - 9 de fevereiro - 21h ... Show "Samba d'accord", com Élio Camalle ... Cantor brasileiro radicado na França, Élio Camalle mistura canções autorais com clássicos do samba nacional. Ingressos a R$15. No Barnaldo Lucrécia, à rua Abílio Soares, 207, no Paraíso.

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Sexta-feira - 10 de fevereiro - 18h ... Sarau Ermelino Ocupa + Slam Fluxo ... Nesta edição, o Ermelino Ocupa faz o evento junto com o Slam Fluxo. A batalha de poesia começa às 20h (inscreva-se antes, durante o sarau). Presença da cantora Bia Doxum e do escritor Makenzo Kobayashi, que lança "Paraíso Volúpio". Com entrada franca e microfone aberto, na Ocupação Cultural Mateus Santos, à avenida Paranaguá, 1633.

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Sexta-feira - 10 de fevereiro - 19h ... Kamau & Banda + Convidados no CCSP ... Reunião de artistas e parceiros que fazem parte da história do selo/produtora nesses quase 8 anos de vida. Festival Lab com Vida traz Kamau & Banda (Erick Jay, Jeffe e Jhow Produz), mais os convidados Rashid e Parteum. Dias 11 e 12, tem Emicida, DJ Nyack, Fióti, Drik Barbosa e Coruja BC1. Na sala Adoniran Barbosa do Centro Cultural São Paulo, à rua Vergueiro, 1000.

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Sexta-feira - 10 de fevereiro - 19h ... Funk Hour ... A Funkfize volta ao Hostel Alice para mais uma noite de jazz, funk e fusion. Acompanhando o som, os antepastos da Carol Vieira, com pãezinhos e cerva gelada. Entrada a R$5. Na rua Harmonia, 1275, na Vila Madalena.

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Sexta-feira - 10 de fevereiro - 20h ... Valério / Richard Ribeiro [Solaris] ... Valério é o projeto solo do músico Guilherme Valério (HAB) e conta com os músicos Marco Nalesso Sheran (Marco Nalesso e A Fundação, Nalesca Mantega), Esdras, Rodrigo A Hara (Trio Repelente, HAB) e Zé Barrichello (Jenniffer lo-fi). Richard Ribeiro (Porto, ex-Debate, ex-São Paulo Underground) apresenta Solaris, projeto onde ele toca bateria, vibrafone, arco, sinos e etc... No 74club, à rua Itobí, 325, em Santo André. Entrada R$10.

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Sexta-feira - 10 de fevereiro - 20h ... Ratos do Blues ... Clássicos do rock and roll num dos mais tradicionais points de roqueiros da ZN, o Lê Rock Bar. Entrada franca. Na rua Chico Pontes, 1791, na Vila Maria. Foto: Estadão

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Sexta-feira - 10 de fevereiro - 21h ... Nomade Orquestra No Auditório Ibirapuera ... A banda formada por Guilherme Nakata (bateria), Ruy Rascassi (baixo), Fabio Prior (percussão), Luiz Eduardo Galvão (guitarra), Marcos Mauricio (teclado), Beto Malfati (sax, flauta e pick ups), Bio Bonato (sax baritono), Marco Stoppa (trompete), André Calixto (sax tenor e flautas) e Victor Fão (trombone), desenvolve um trabalho autoral instrumental que vai do funk ao jazz, passando por rock e hip-hop, quebrando barreiras entre música tradicional e contemporânea. Além dos improvisos e colagens sonoras, o show ainda tem as projeções de imagens do artista plástico Danilo Oliveira e as performances de Renan Alves e Edgar Pererê. Ingressos a R$10 e R$20. À av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Portão 2, no Parque do Ibirapuera.

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Sexta-feira - 10 de fevereiro - 22h ... Odoyá, Baile de Carnaval ... Côco, afoxé, caboclinho, cavalo-marinho, samba e congada num carnaval multicultural. Com Côco de Oyá, Mauro Farina (Free Beats), Amanga e Furmiga Dub. Intervenção de Bella Maia (Rec) e mais: brechó, bambolê e adereços de Niva Carolina. Entrada a R$20. No estúdio Lâmina, à avenida São João, 108.

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Sexta-feira - 10 de fevereiro - 22h ... Up the Irons - em Santos ... Banda apresenta tributo com os maiores clássicos da "Donzela de Ferro". No Studio Rock Café, à av. Marechal Deodoro, 110, em Santos.

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Sábado - 11 de fevereiro - 14h ... Lançamento - livro de Moacir Assunção ... Jornalista Moacir Assunção convida para o lançamento do livro 'Moacir Assunção, o homem, o sertão e a cidade grande', biografia de seu pai, cuja poética história, atravessa Ceará, São Paulo, Pernambuco e Bahia. O homenageado estará presente e contará 'causos' do livro. Na Feira de Antiguidades e Cultura da praça Benedito Calixto. O livro estará à venda por R$30.

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 Foto: Estadão

Sábado - 11 de fevereiro - 14h ... Sarau Poesia é da hora (5 anos) ... Poesia da Hora é um coletivo poético e ativista que organiza saraus mensais para (e com) pessoas em situação de rua. No quinto aniversário, o sarau traz as seguintes atrações: Nós da Rua (projeto de estamparia com o povo de rua) e os músicos Vidal França, Oca & Os Inclassificáveis, Ronaldo Reys e Sobrevivente 01. Entre uma banda e outra, rodadas de poesia. Na Okupa Alcântara Machado (debaixo do viaduto Alcântara), perto do metrô Brás, descendo a rua Piratininga.

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Sábado - 11 de fevereiro - 16h ... Minha Carne é de Carnaval - Pré-Baile Do Bloco Da Terê ... Além do ensaio aberto do bloco, baile com discotecagem: marchinhas, frevo, axé music e pagodes dos anos 90. No Espaço Popular Tereza de Benguela, à rua Soldado Antônio Agostinho Martins, em Guarulhos.

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Sábado - 11 de fevereiro - 17h ... Mostra Geração Beat apresenta: aula-magna Claudio Willer - no Rio ... Poeta, ensaísta, crítico e tradutor dos livros de Kerouac e Allen Ginsberg no Brasil, Claudio Willer, fala sobre o impacto da contracultura na vida do brasileiro e sua influência nas artes e no cotidiano do mundo a partir da década de 1950. A aula faz parte da Mostra Geração Beat e a entrada é franca. Após o evento (às 19h), noite de autógrafos na Livraria da Travessa do CCBB, à rua Primeiro de Março, 66, no centro do Rio de Janeiro.

Sábado - 11 de fevereiro - 20h ... Sarau Beat ... E a noite dos poetas beats continua quente no Rio de Janeiro. O Bar do Nanam, que acolhe os beatniks contemporâneos da cidade (boêmios, andarilhos, errantes, artistas inquietos e inquietantes) promove sarau com apresentação de Hudson Pereira e participação do poeta Claudio Willer (e outros poetas e músicos convidados, além de discotecagem e jazz ao vivo). Na rua Imperatriz Leopoldina, no Centro.

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 Foto: Estadão

Sábado - 11 de fevereiro - 17h ... Eva Dori na Carauari ... Festa e alto astral ao som das pérolas do pop rock nacional e internacional, com a banda Eva Dori, no Carauari Bar e Mercearia, à praça Carauari, 8, na Vila Maria. Entrada franca.

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 Foto: Estadão

Sábado - 11 de fevereiro - 19h ... 95º Sarau Bodega do Brasil ... Desde 2009 o Bodega abre espaço para músicos, poetas, atores e performers. Entrada franca. Chegue às 18h e se inscreva. No auditório da ONG Ação Educativa, à rua General Jardim, 660, no centro (próximo ao metrô Santa Cecília).

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 Foto: Estadão

Sábado - 11 de fevereiro - 19h ... Sarau na Galeria | 39ª Edição ... Nesta edição, o sarau traz o escritor Fernando Rocha, lançando o livro "Afetos" e o som autoral da Banda Arredor. Ainda tem a exposição "Olhares sobre o Sarau na Galeria", uma homenagem aos fotógrafos que marcaram presença em 2016, e a expo da Jacquelline Angelo, Ekisistencia. E o microfone aberto pra quem chegar. Na rua Basílio Valente de Aguiar, 19, em Suzano.

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Sábado - 11 de fevereiro - 21h ... Jara Arrais ... Show "América sin Fronteras", com o cantor, violonista e charanguista do Grupo Raíces de América, Jara Arrais. Entrada franca. No Bar do Frango, à av. São Lucas, 479, no Parque São Lucas. Foto: Estadão

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Sábado - 11 de fevereiro - 21h ... Show de Aniversário - Jota.pê ... O cantor e compositor Jota.Pê, que lançou recentemente o cd "Crônicas de Um Sonhador", comemora seu niver com show, acompanhado por Dan Santos e Daniel Mendonça. No repertório, canções autorais e clássicos da mpb. Entrada R$15, no Julinho Clube (Garagem Vinil), à rua Mourato Coelho, 585.

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Sábado - 11 de fevereiro - 23h ... Eu quero é te ver dançando - com Aíla e La Cumbia Negra ... Aíla, que lançou no ano passado o cd "Em Cada Verso Um Contra-Ataque", é uma inquieta artista/ativista da Amazônia e radicada em SP. La Cumbia Negra é uma banda formada por músicos conhecidos da cena independente do país: Guri Assis Brasil e Gabriel Guedes (ambos na guitarra), Thiago Guerra (bateria), Klaus Senna (baixo), Guilherme Almeida (teclado), Igor Caracas (percussão) e o produtor musical Carlos Miranda (também na percussão). Dr.Herman, vocalista do grupo Mel Azul, faz discotecagem. Entrada R$30 (porta) e R$25 (antecipado). Na Z Carniceria, à av. Brigadeiro Faria Lima, 724, em Pinheiros.

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Domingo - 12 de fevereiro - 14h ... Slam da Ponta - no Parque Raul Seixas - Anna Bueno e Mariana Felix ... O Slam da Ponta é uma batalha de poesias autorais que acontece toda primeira sexta-feira do mês no Instituto Reação Arte e Cultura, na Cohab José Bonifácio. O intuito é conseguir vaga para a Copa do Mundo de Poesias, na França. No sarau ainda tem a ótima cantora e compositora Anna Bueno (que lançou recentemente o cd Inspir'Ação) e a poeta/slammer Mariana Felix. No Parque Raul Seixas, à rua Murmúrios da Tarde, 211.

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Domingo - 12 de fevereiro - das 15h às 22h ... Domingo Autoral ... Domingão de rock and roll autoral com as bandas Os Infames, Banda Nud, Banda MAD e Taturanas. Ingressos a R$15. No Santo Rock Bar, à rua das Bandeiras, 421, em Santo André.

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 Foto: Estadão
 Foto: Estadão

Terça-feira - 14 de fevereiro - 19h ... Lançamento do livro 'Um Ponto Entre Dois' ... O primeiro livro de poemas de André Luis Pinto Couri. O poeta é formado em Letras e trabalha como terapeuta corporal, com especialização em Shiatsu e Reiki. No Vianna Bar, à rua Cristiano Viana, 315, em Pinheiros. Abaixo, três de seus poemas:

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Chuva haicai como uma luva.

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De haicai em haicai vivo

morro

um dia me livro.

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Vida onipresente sempre por um triz

sê contente

abandone o desejo de ser feliz.

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É a distração que nos salva. O acaso que nos protege. Foco demais, desfoca. Propósito em tudo, enchatece. Precaver-se do impoderável é, também, perder a surpresa. E nada nessa vida é mais singelamente poderoso, amigo, do que ser surpreendido.

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Catou duas mudas de roupa E saiu Não sabia o destino Mas o veículo seria a vida E o caminho, o agora Era o que o diagnóstico de morte lhe ensinara A vida é urgente Presente E rara.

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Aquilo que de melhor sinto, sinto com um monte de gente. Aquilo que de mais triste sinto, sinto sozinho.

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TENTATIVAS

A vida não é um quadro negro que se apaga na sala de aula A vida não é apenas essa pulsação rítmica reencontrada no corpo A vida é mais que a estrela cadente que encharcou meus olhos A vida é mais que o prazer episódico A vida é mais que o prazer A vida é mais Se todos nós estivéssemos de mãos dadas.

 

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BOM FINDI A TODOS E ATÉ A SEMANA QUE VEM!

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