Se mesmo com a chuva que atinge a capital paulista nesta segunda-feira, 10, você precisa sair de casa com seu cachorro - ou é pego desprevenido em outro dia no meio de um passeio -, é preciso estar atento ao bem-estar do animal. Além do risco de cão e tutor contraírem leptospirose, a exposição a micro-organismos e bactérias pode causar doenças de pele.
"Ao serem expostos à chuva, os cães podem contrair bactérias, micro-organismos e parasitas e, assim, virem a desenvolver sintomas dessas enfermidades. Por isso, é muito importante mantê-los secos (caso se molhem) e com as medidas preventivas em dia, visando proteger a saúde do animal", alerta Thaís Matos, veterinária da DogHero.
A seguir, a especialista dá cinco dicas para proteger seu bichinho de estimação em caso de contato com águas da chuva:
1.Proteja o cachorro da chuva durante os passeios
Dependendo da rotina do tutor e do cão, os passeios são indispensáveis, principalmente para cachorros que fazem suas necessidades fora de casa. Para não ser pego desprevenido pela chuva, o tutor pode investir em um guarda-chuva específico para o animal. Mas, apesar de o item proteger o corpo do pet, as patas continuam expostas. Para evitar frieiras e outras doenças, é recomendado higienizar as regiões assim que voltar para casa. Se o bichinho se molhar completamente, seque-o assim que possível.
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2. Não deixe o cão matar a sede em água parada
Para os cães, água é água e não é raro eles quererem matar a sede nas poças que encontram pelo caminho. Porém, ingerir água empoçada expõe os animais a diversos riscos, tais quais bactérias e parasitas, e ele pode até sofrer intoxicação se houver resquícios de pesticida ou gasolina no chão. Sendo assim, é muito importante que os tutores levem uma garrafa de água durante os passeios para hidratar o pet.
3. Fique de olho na pele dos pets e redobre a atenção com dermatites
Em um período intenso de chuvas, a umidade do ar aumenta, o que deixa a pele do cachorro mais sensível e facilita o aparecimento de dermatites. "Estratégias como manter o pelo aparado, bem penteado e seco impedem o desenvolvimento de doenças", afirma Thaís. A profissional pontua que algumas raças são mais propensas a desenvolverem inflamações por motivos anatômicos, tais como dobras na pele e tipo de pelo.
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4. Cuidado com o risco de leptospirose
Chuvas intensas podem provocar alagamentos em alguns pontos da cidade, como ocorreu nesta segunda-feira. Nessas situações, o cão não deve ter contato com a água, que pode estar contaminada e transmitir leptospirose. Para reforçar a proteção do cachorro, o tutor precisa vaciná-lo periodicamente a cada seis meses. Embora não sejam 100% eficazes, as vacinas V8 e V10 previnem a doença.
5. Atenção à frequência dos banhos e secagem dos pelos
Se o cachorro ficou exposto à chuva, o ideal é secá-lo assim que chegar em casa. E no verão, mesmo quando não há chuva, banhos em excesso somados a uma secagem inadequada são uma combinação arriscada. "A ideia de deixar o cachorro se secar naturalmente é complicada, principalmente para animais de pelos grossos. Há o risco de eles desenvolverem alergias e até mesmo em gripes", diz a veterinária. Como a secagem é uma etapa fundamental, o uso de toalhas e secadores de cabelo é interessante, recomenda.