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Pelo desenvolvimento integral das crianças e seus direitos

Relatório da Overseas já alertou para crise global de cuidados à infância

35,5 milhões de crianças menores de 5 anos são deixados sozinhos ou com outras crianças pequenas, principalmente nos paises em desenvolvimento, com prejuízo da preocupação e de avós que assumem a tutela

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Por Terciane Alves
Atualização:

O mundo vive uma crise invisível no tocante aos cuidados à infância, algo que tem deixando milhões de crianças sem a assistência necessária e com consequências adversas para o futuro destas meninas e meninos. Esta situação também afeta seriamente mães, avós e filhas, especialmente nos países em desenvolvimento. Esta é uma das principais principais conclusões de um relatório do Overseas Development Institute (ODI), publicado em 2016sob o título (O trabalho das mulheres: mães, crianças e a crise global de assistência à infância). O estudo teve por objetivo recolher as evidências disponíveis sobre a extensão da crise, fornecem informações sobre como meninas e mulheres vivem em diferentes países desenvolvidos e em desenvolvimento, e recomendar novas abordagens para definição de políticas.

 Foto: Estadão

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Há quase 700 milhões de crianças menores de cinco anos de idade, ou seja, precisamente 671 milhões de crianças abaixo de 5 anos(Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas, 2015) e muitos deles precisam de algum tipo de cuidado extra parental, uma vez que a taxa de força de trabalho global superior a 60% (World Bank, 2015). Nos países em desenvolvimento, pelo menosmetade das crianças entre 3 e 5 anos estão em algum tipo de centro educacional para a primeira infância, geralmente por algumas horas por dia. "Sabemos muito pouco sobre o que acontece com os outros, mas os dados parecem indicar que temos uma crise, claramente concentrada entre as crianças mais pobres com a ajuda de acesso limitado a primeira infância", atesta o relatório.

O efeito mais grave da crise é que, em todo o mundo, pelo menos 35,5 milhões de crianças menores de cinco anos de idade são deixadas sozinhos ou com outras crianças pequenas, com nenhum adulto para cuidar deles (de acordo com dados globais da UNICEF).As crianças nos países mais pobres e as famílias com menos recursos econômicos são aquelas que têm mais probabilidade de ser deixado sozinho. Esta situação pode pôr em risco o bem-estar e a saúde da mulher e é um sintoma das decisões difíceis que os pais têm de fazer (especialmente as mães) para encontrar um equilíbrio entre a necessidade de ganhar o suficiente para sustentar a família e dedicar tempo cuidando das crianças.

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O assunto é tema da publicação Espacio para la Infancia (Avances em desarrolo de la primeira infancia, 2016), da Bernard van Leer Foundation, no artigo El trabajo de las mujeres: las madres, los ninõs y la crisis global deu cuidado infantil diario, assinado por Emma Samman, investigadora da Overseas Development Institute (ODI), Londres, Reino Unido, e Elizabeth Prester-Marshall, consultora indepediente, Chapel Hill, Carolina do Norte, e equipes. A revista especializada é distribuída a especialistas em primeira infância e a gestores públicos responsáveis por implementar

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