
O fantasma do treponema, orienta o Ministério da Saúde, é que ele consegue entrar na placenta e infectar o feto (sífilis congênita). A doença também pode levar o bebê ao falecimento. Ao ter contato com essa bactéria dentro da barriga da mãe, algumas crianças que sobrevivem desenvolvem problemas como malformações cerebrais, alterações ósseas, cegueira e lábio leporino.
Se ocorrer no fim da gravidez, sem tratamento, o bebê está mais propenso a nascer com icterícia ou com hepatite. Casos de lesão no canal do parto podem levar a criança a ser infectada na hora do nascimento. Diferentemente do HIV, neste caso os especialistas asseguram que não há risco de a bactéria passar pelo leite materno. De acordo com o MS, em 2013, 36,3% dos casos foram detectados na reta final da gestação – enquanto apenas 24,8% foram notificados no início, algo que evidencia que a ficção do casal trazido em Sob Pressão tende a ser mais comum do que imaginamos.