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Reflexões sobre gênero, violência e sociedade

Você se preocupa com igualdade de gênero? Prove no seu cotidiano

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Por Nana Soares
Atualização:
 Foto: Pixabay

Mudar o mundo começa com pequenos atos. Se estamos interessados em alterar qualquer grande aspecto da realidade, não podemos esquecer pequenos gestos do cotidiano que fundamentam a cultura que queremos mudar. E quando falamos de desigualdade de gênero e de tornar o mundo um lugar mais justo e melhor para as mulheres, há incontáveis ações que podemos adotar no dia-a-dia para isso.

Para começar, você (homem) sempre pode perguntar para uma mulher em que aspectos ela se sente mais desconfortável por ser mulher e, a partir daí, tentar mudar suas atitudes.

É o assédio na rua? Pare com o fiu-fiu.

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É a dupla jornada: divida as tarefas domésticas.

É não ser respeitada no trabalho? Pare de fazer piadas com as mulheres ou de fazer comentários que as deixem desconfortáveis.

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Você pode melhorar em tudo. Mesmo que a reclamação de uma mulher seja cólica, você pode aproveitar a oportunidade para rever suas atitudes e parar de tratar um absorvente como um objeto tóxico de outro planeta e a menstruação como um tabu.

Lembre-se: você está imerso em uma cultura que desvaloriza e menospreza tudo que é entendido como feminino. Há sempre espaço para melhorar.

 

Você, mulher, não está isenta. Não temos todas as mesmas experiências de vida e nem passamos pelos mesmos tipos de opressão. Ouça as mulheres diferentes de você: brancas, negras, orientais, indígenas, transexuais, bissexuais, lésbicas. Tente entender suas reivindicações e mude o jeito como você as trata.

Pare de julgar outras mulheres pelo o que vestem ou deixam de vestir.

Tenha empatia pelas mulheres em relacionamentos abusivos. Nunca mais chame ninguém de "mulher de malandro", entenda que não é fácil cortar relações.

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Pare de culpar mulheres pela infidelidade dos homens.

Veja nas mulheres à sua volta potenciais aliadas e não potenciais rivais.

Há outras iniciativas simples e, ao mesmo tempo, poderosas:

Entreviste uma mulher: Somos tão competentes quanto os homens, mas ainda somos minoria nas reportagens, especialmente entre fontes de autoridade.

- Vote em uma mulher. Procure candidatas na sua cidade aqui.

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-Não tem conversa: Boicote eventos cujos paineis sejam formados apenas por homens.

Convide uma mulher para palestrar.

- Ajude a financiar um projeto feminista.

Veja filmes com mulheres na equipe.

Compre de mães empreendedoras que buscaram uma alternativa para o mercado de trabalho nada flexível com a maternidade.

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- Passe 33 dias sem machismo: Para os homens repensarem um ponto a cada dia.

 

Essas são algumas das atitudes mais básicas, mas só elas não bastam. Mudar culturas seculares não é um trabalho fácil: exige esforço e mobilização social. Mas nenhuma mudança jamais se sustentará sem uma profunda alteração em nossos hábitos, e você não tem absolutamente nenhuma desculpa para não começar isso agora mesmo.

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