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Debate sobre o universo feminino

Mulheres Positivas: Paula Jancso Fabiani

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Por Mulheres Positivas
Atualização:

Nossa Mulher Positiva é Paula Jancso Fabiani, economista e ativista pelo investimento social e pela cultura de doação. Paula nos conta como decidiu se dedicar a aproximar o capital do social e afirma que com resiliência e perseverança tudo pode ser possível.

 Foto: Estadão

1. Como começou a sua carreira? Comecei minha carreira no mercado financeiro, após cursar Economia na faculdade e realizar um MBA nos Estados Unidos. Trabalhei em grandes bancos e fundos de investimento e, apesar de me considerar adaptada e bem-sucedida na minha atuação, sempre tive uma insatisfação e inquietude com as desigualdades e as questões ambientais, que se mostram cada vez mais relevantes. Após a maternidade, esse sentimento cresceu e foi quando resolvi migrar para o chamado Terceiro Setor. Trabalhei com meio ambiente e primeira infância e agora dirijo uma organização que atua em vários temas. Apesar de para mim esta decisão de mudança de carreira ter sido difícil, não foi uma surpresa para as pessoas ao meu redor!

 Foto: Estadão

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2. Como é formatado o modelo de negócios do IDIS? O Instituto para o Desenvolvimento do Investimentos Social (IDIS) é o que chamados de um Think and Do Tank. É uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que pensa e faz. Geramos e disseminamos conhecimento para aumentar o impacto social de projetos e damos consultoria a filantropos e investidores sociais nas mais diversas áreas. Trabalhamos desde a concepção da ideia de um investimento social até sua implantação e avaliação do impacto. E também atuamos para qualificar o setor, aproximando o capital do social, divulgando o que existe de mais inovador na área, pesquisando, fazendo campanhas para aumentar a doação no Brasil e lutando por um ambiente regulatório mais favorável à filantropia.

3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira? Conciliar maternidade e carreira foi e continua sendo meu maior desafio. Foi logo no nascimento da minha primeIra filha, quando trabalhava no mercado financeiro, e também no nascimento da minha segunda filha, quando assumi minha primeira posição de comando. Tenho mais um terceiro filho, e muitas vezes temo não estar presente com eles em momentos importantes. Mas esse mesmo desafio me levou a buscar mais propósito na minha atuação, me conduzido ao Terceiro Setor e a usar meus talentos para contribuir para um país melhor para eles e todas as crianças do nosso Brasil.

4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora. Com o apoio do meu companheiro de vida e das maravilhosas mulheres que estão ao meu lado, minha mãe, minha sogra, irmã, cunhadas e amigas. E com muita organização e planejamento, vivo sempre à frente para dar conta dos imprevistos (que são muitos!) e dos diversos papéis que desempenho. Abro mão de muita coisa, não faço tudo o que gostaria, mas arranjo um tempinho para ser mãe, mulher, profissional, ativista, amiga, filha, irmã, e buscar um pouco de diversão e conhecimento.

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5. Qual o seu maior sonho? Deixar um legado positivo, como por exemplo dobrar o volume de doação no Brasil nos próximos 5 anos. Queria também ver a continuidade da minha deliciosa família!

6. Qual a sua maior conquista?

A aprovação da Lei 13.800, fruto de uma batalha minha, do IDIS e parceiros ao longo de 7 anos. Essa lei regulamenta os Fundos Patrimoniais Filantrópicos no país e permite que organizações e causas contem com um instrumento de sustentabilidade de longo prazo. Quando comecei o advocacy (defesa desta causa) fui chamada de ingênua e sonhadora, mas o projeto acabou sendo aprovado no início deste ano. Uma conquista que mostrou que com resiliência e perseverança tudo pode ser possível!

7. Livro, filme e mulher que admira Livro: O Homem que amava cachorros, não queria terminar o livro de tanto que estava gostando. Filme: A vida é bela, uma poesia sobre como enfrentar momentos difíceis. Mulher: são duas!!! Marie Curie e Zilda Arns por suas contribuições para a humanidade.

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