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Debate sobre o universo feminino

Mulheres Positivas: Lorena Coimbra

Nossa Mulher Positiva é Lorena Coimbra, engenheira de alimentos e empreendedora.

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Por Mulheres Positivas
Atualização:
 Foto: Estadão

1. Como começou sua carreira?
Sou formanda na UFRRJ em Engenharia de Alimentos e hoje sou mestranda profissional em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela IFRJ. Comecei minha carreira estagiando na Nestlé em 2010 e no final de 2012, antes de me formar, já era analista na Leão Alimentos e Bebidas onde adquiri muita bagagem e me tornei Especialista em Segurança de Alimentos. Depois passei por uma indústria de salgados integrais, até que em 2016 comecei empreender com a marca Koky Alimentos. Fui sócia-fundadora junto com meu ex-sócio Bruno Rafael. Produzíamos brigadeiros funcionais destinados a pessoas com alergia alimentar, eram feitos com biomassa de banana verde, sem glúten e sem adição de açúcar. Além desses produtos também produzíamos preparados em pó para bebidas quentes ex= capuccinno e golden milk veganos, feitos com leite de coco em pó.
2. Como é o formato do seu modelo de negócios?
Desde que comecei a empreender com a Koky Alimentos em paralelo sempre fiz consultorias. Comecei a conhecer muitas startups de alimentos, por conta do meio que me cercava e teve um momento que precisei escolher entre continuar o sonho de ser indústria e o de ajudar outras indústrias.Esta escolha aconteceu; no final de 2018 criei a FoodTech - Soluções em Alimentos, que é uma consultoria de engenharia de alimentos fundada em três grandes pilares: inovação, sustentabilidade e qualidade.
O modelo de negócios é B2B, mas não vendo apenas uma consultoria. Nosso grande propósito é realmente sanar a dor do nosso cliente. Para isso, diagnosticamos toda a problemática apresentada por eles e traçamos um planejamento exclusivo para cada um, desde modo somos assertivos em nossas ações.
Além disso, temos um grande foco em desenvolvimento de processos e produtos, todos pautados em sustentabilidade, clean label e slow food. Futuramente penso que a FoodTech possa ser um grande laboratório de idéias e de alimentos para as startups desse seguimento, onde encontrem recursos físicos, de conhecimento e de assessoria em um só lugar.
3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira?
Foi escolher entre as duas empresas que eu tinha. A Koky me proporcionou coisas lindas. Através dela conheço e aplico consultorias de negócios e análise financeira. Graças a ela estimulei o que mais gosto, que é criar coisas. Graças a Koky entrei em um Programa de Aceleração da Shell Iniciativa Jovem. Porém os gastos estavam altos e os gaps de venda faziam com que o negócio não tracionasse. Foram meses de angústia, mas percebi que com a FoodTech eu poderia continuar meu sonho de empreender, e hoje não me vejo fazendo algo diferente, ser criativa e ajudar pessoas me realiza. Então percebi que o melhor caminho seria seguir com a FoodTech.
4. Como consegue equilibrar sua vida pessoal x corporativa/empreendedora?
Eu não sei se consigo. Mas eu tento. Principalmente deixar o telefone de lado aos finais de semana. Não é uma tarefa fácil, mas na maioria das vezes tenho tido sucesso.
Como ainda não tenho filhos e nem marido, torna-se mais fácil equalizar os dois lados.
5. Qual seu maior sonho?
Ser mãe e conseguir alinhar minha profissão com o crescimento do meu filh@. E tenho outro sonho, conseguir devolver todas as minhas conquistas profissionais para a sociedade, principalmente para as mulheres negras.
6. Qual sua maior conquista?
Ter entrado no mestrado na IFRJ e conseguir estar fora do mercado há 2 anos vivendo como empreendedora.
7. Livro, filme e mulher que admira?
Livro: Quem tem medo do feminismo Negro da Djamila Ribeiro;
Filme: Pantera Negra;
Mulher: Beyoncé e Michele Obama.

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