1. Como começou a sua carreira?
Viemos da Fotografia, Cenografia e Design. Ambas sempre transitaram entre as artes e, a partir da amizade e trocas de ideias, vimos naturalmente o nosso encontro profissional surgir. Temos um ponto em comum e talvez seja o pilar das nossas composições: sempre prestigiar cenas com vida, desconstruídas, e nelas encontramos a beleza.
É importante enfatizar que nós 3, no mesmo nível, acreditamos no sucesso da Ingá desde o começo, quando ainda não tínhamos um nome e trabalhávamos nos divulgando separadamente.
Acreditamos em um conceito forte e artístico baseados não só em experiência de vida, mas também de muita dedicação e estudos, nós sabemos onde estamos e onde queremos chegar e tudo passa a ter sentido ao longo da nossa caminhada.
O conceito da Ingá já era definido desde a nossa primeira reunião, foi um momento epifânico que dividimos as nossas vontades de criar cenas e construir fotografias inspirada em vida de verdade, transformando o conceito atual de foto publicitária e trazendo mais vida pro mercado da gastronomia.
2. Como é formatado o modelo de negócios da Ingá?
Não somos uma empresa ainda, a ingá é formada por 3 parceiras onde atuamos, doamos e investimos juntas.
Estamos estudando e estruturando a Ingá mês a mês para chegarmos lá.
3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira?
Ainda não conseguimos nomear o mais difícil, nossa empresa é nova e estamos entendendo o mercado, com expectativas superadas e com consciência das dores e delícias que é empreender e se colocar no mercado. Conscientes das dificuldades como toda empresa, parceria e sociedade, somos muito positivas acreditamos que sempre há uma forma de nos ajustar e chegar a um bom resultado para a resolução de qualquer dificuldade.
4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora?
Pergunta difícil. Estamos em constante adaptação aos novos modelos de trabalho. Talvez a paixão pelo que fazemos seja o grande ponto, pois como gostamos muito, estamos sempre conectadas, trocando ideias e pensando em novas possibilidades. A maioria das vezes o entusiasmo toma conta e ultrapassa o horário comercial. Temos a consciência que também não é muito saudável e estamos atentas.
5. Qual o seu maior sonho?
Nosso sonho não é nada muito idealizado. Somos pé no chão e temos a dimensão do nosso trabalho e queremos muito que o nosso trabalho, dentro dessas características desses tempos, seja ampliado e reverbere com a nossa verdade que colocamos a cada projeto executado. Desejamos, a longo prazo, que a Ingá se expanda abrindo portas para compartilhar as nossas experiências ao longo desses anos com outras pessoas que desejam se profissionalizar e aprender mais sobre fotografia, direção de arte, produção de objetos, foodstyling para o ramo da gastronomia.
6. Qual a sua maior conquista?
Nossa conquista está sendo diária, a cada dia nos surpreendemos com devolutivas de pessoas/empresas sobre nosso trabalho. Esse parecer sempre nos deixa muito entusiasmadas e com a certeza que existem pessoas que se conectam conosco e nosso trabalho.
7. Livro, filme e mulher que admira
Teoria King Kong, da Virginie Despentes, da editora N-1; As Sufragistas e Angela Davis