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Debate sobre o universo feminino

Mulheres Positivas: Carol Filgueiras

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Por Mulheres Positivas
Atualização:
 Foto: Flavio Teperman

Carol Filgueiras não teve medo de recomeçar. Depois de treze anos morando em Los Angeles e trabalhando com cinema, a administradora decidiu voltar ao Brasil para tocar a Santapele, marca de cosméticos naturais fundada por seu pai, Carlos Alberto Filgueiras, em 2008. Na época, os produtos eram usados como amenities do hotel Emiliano, também fundado por ele.

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Sob sua direção, a marca cresceu e hoje pode ser encontrada em um e-commerce, nos hotéis da rede e algumas farmácias especializadas. "Muito influenciada pelo 'healthy way of life' da Califórnia, voltei para o Brasil para ficar mais perto da família e assumi a Santapele, trazendo toda expertise que dei de encontro enquanto vivia nos Estados Unidos."

Confira entrevista a seguir.

Como começou sua carreira?

Estudei administração na FGV de SP e Hotelaria na Suíça. Logo quis me aventurar com cinema e morei em Los Angeles por 13 anos trabalhando com isso. Muito influenciada pelo healthy way of life da California, voltei para o Brasil para ficar mais perto da família e assumi a Santapele, que meu pai tinha fundado em 2008, trazendo toda expertise que dei de encontro enquanto vivia nos Estados Unidos.

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A Santapele é uma marca de cosméticos naturais. Como é isso?

É uma marca com ingredientes naturais, com alguns produtos 100% naturais, outros com 90% de ingredientes naturais por exemplo. Procuramos acima de tudo entregar um bom produto, com eficiência e sensorial gostoso, buscando sempre qualidade, o equilíbrio e conscientização em relação ao meio ambiente e sem crueldade contra animais!

Qual foi o momento mais difícil da sua carreira?

Foi quando decidi voltar ao Brasil. Estava bem inserida no mercado de trabalho americano, mas sentia falta da família e de minhas raízes. Sempre ajudei meu pai a distância com a Santapele e também me interessava por este mundo de cosméticos, sempre gostei de me cuidar, mas não tinha conhecimento do profissional que exigia. Me fiz várias perguntas. E a resposta veio. Com medos e receios, com o ego falando no meu ouvido para não largar algo que já tinha construído, mas também com vontade de encarar o novo, voltar para minha família, e me entregar a construir algo meu. Então decidi abandonar a carreira de cinema com a qual já trabalhava há 13 anos, amigos, hábitos e voltar ao Brasil. Foi muito difícil para mim, principalmente porque tive que aprender que as coisas aqui não caminham como nos Estados Unidos. Sofri muito com a readaptação, até cometia erros de português por traduções ao pé da letra malfeitas e só senti mesmo que estava ambientada aqui depois de cinco anos.

Como consegue equilibrar vida pessoal x vida corporativa/empreendedora?

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Este ainda é o meu maior desafio. Sempre estou buscando este equilíbrio, mas sei que o momento de vida é de dedicação a Santapele. Este é o bebê do momento que precisa ser cuidado e nutrido. Assim tenho uma agenda muito intensa para conciliar tudo. Estou buscando hoje acordar mais cedo para minha manha render e adicionar atividades que me façam bem como meditação e atividade física, além de ter aquele espaço de se arrumar com calma, tomar um bom café da manhã que fica comprometido quando saímos na correria. Outra coisa que faço é nunca procrastinar encontros com amigos, pois prezo muito minhas amizades. Então estou sempre apertando um almocinho aqui, um cafezinho ali, ou proponho de fazer manicure com as amigas...

Qual o seu maior sonho? 

De capacitar um maior número de mulheres com empregos e aumento de autoestima. Tenho um sonho de ter uma sala de escritório com berçário para mulheres que acabaram de se reinserir no trabalho pós gravidez e creche na empresa para não ficarem longe dos filhos e assim não perderem qualidade de trabalho. Acredito muito na força que as mulheres têm em conciliar vida pessoal e corporativa.

Qual a sua maior conquista?

De não ter medo de recomeçar. Como comentei, estudei administração e hotelaria imaginando trabalhar no ramo, desencantei e fui atrás de um sonho de infância que foi o cinema. Depois voltei ao Brasil e recomecei tudo do zero. Exige desapego, humildade e liberdade de pensamento do que "os outros vão pensar". Mas a maior recompensa é você estar a caminho da sua verdadeira felicidade.

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Para encerrar: um livro, um filme e uma mulher que admira?

Livro - "O Despertar de Uma Nova Consciência", do Eckhart Tolle

Filme - "Os Goonies" - melhor filme da infância, que não me canso de assistir.

Mulher - Audrey Hepburn, por ser linda por dentro e por fora. Elegante e sincera. Mãe e trabalhadora. Altruísta e focada no que é importante para si.

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