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Cada história é única

Caiu na rede é peixe. Peixinho ou peixão

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Por Priscilla de Paula
Atualização:

foto: Pixabay

 

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As coisas mudam na sua vida profissional ou pessoal e você vai lá e dá uma atualizada no seu perfil nas redes. Só porque faz parte. Afinal, mudar o status é também tratar de acertar os fatos.

 

De solteira pra casada, de casado para separado... Ou, deixa de ser funcionário de um lugar e atualiza na rede profissional. Pode ser que esteja sem trabalhar. Ou que coloque lá que está trabalhando em outra empresa.

 

Só que aí, a tal informação sai aparecendo pra meio mundo de gente. Mais rapidamente do que aquele conteúdo que você queria tanto que as pessoas vissem. É como se você tivesse escolhido distribuir a notícia.

 

Se você ainda não sabia que é assim que acontece, prepare-se. Você pode tomar um susto ou se surpreender. Aconteceu comigo. Ao atualizar uma informação no LinkedIn, comecei a receber votos de felicidade e de sucesso no novo trabalho. De repente.

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Depois, ouvi dizer que é assim que a rede funciona e que todo mundo que tá lá sabe disso. Será? Eu, pessoalmente, levei um tempo até entender que todas aquelas novas mensagens e as outras que recebi no passado - "Parabenize fulano de tal pelo cargo novo"- não foram uma auto promoção da própria pessoa. Logo, me dei conta de que essa era mais uma daquele tipo: "Priscilla, você poderia me adicionar à sua rede no LinkedIn?"

Eu mesma quase nunca mandei esses convites.

 

Por essas redes, que promovem e disseminam automaticamente a nossa atualização de perfil, sem a gente pedir, você também fica sabendo que os pais de um amiguinho do seu filho se separaram; que alguém distante ficou viúvo ou viúva ou que Beltrano e Cicrano perderam empregos muito importantes.

 

Morte, demissão e, se bobear, até traição... Tá tudo lá. Se a pessoa não tiver apagado o perfil, ah, uma hora você descobre. Certeza! Ou seja, a gente fica sabendo de coisas e os outros sabem sobre nós muito além do que aquilo que a gente planejou divulgar.

 

E olha que estamos falando de adultos. Agora pense nos nossos filhos, que são de uma geração digital. Aonde vamos parar?

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Só consigo pensar no velho ditado: Caiu na rede é peixe. Estamos fritos!?

 

 

*Por falar em redes, em tempos de desemprego altíssimo, há conexões que podem amplificar o sofrimento e a baixa autoestima. É terrível. Mas se a gente for capaz de construir um caminho para se dar o valor, a gente ganha energia pra correr atrás. Dentro ou fora das redes.

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