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Comportamento, saúde e obesidade

Opinião|Que o amor desperte em você

Ao abrirmos o nosso coração deixamos aflorar a beleza e o divino que está dentro de nós

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Foto do author Luciana  Kotaka
Atualização:
 Foto: Estadão

 

Esses dias, eu vi uma matéria em uma mídia social em que aparece um beija-flor que se recusa a abandonar o cachorro que salvou a sua vida. Em outro veículo, um macaco assumiu proteger um cachorro abandonado. Imagino que você também tenha visto essas matérias, entre tantas outras que vêm sendo divulgadas.

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Meu coração explode de alegria, de dor e também de empatia. Percebo o quanto os animais têm nos superado, são capazes de acolher até aqueles que não são de sua espécie, amando e protegendo incondicionalmente. Exemplos maravilhosos da ação do amor, sem preconceitos, julgamentos, simplesmente são assim.

Sabemos que existem vários movimentos no mundo, pessoas que estão a serviço de ajudar o outro e cada um no seu tempo vai despertando dentro de si a capacidade de se doar para um bem maior. Não é fácil dar amor nem aos que são próximos, imagine para aqueles dos quais não se tem nenhum vínculo.

A verdade é que existem muitos fatores que levam as pessoas a fecharem o coração, algumas foram tão maltratadas pelas experiências da vida que não conseguem nem dar um sorriso, um obrigada, imagine olhar para algo ou alguém que não faça parte de sua vida. A dor pode sim deixar você mais empática com o outro, mas normalmente o que percebo é que traz muitos prejuízos. É mais seguro se esconderem dentro de si mesmas e deixar a frieza tomar conta. Abrir o coração nos deixa expostos a dor em um primeiro momento, mas ao contrário do que se imagina nos proporciona uma alegria imensurável.

Não devemos ter dó do outro, e sim compaixão. Poder olhar, se permitir a ajudar, deixar que o nosso melhor venha à tona para que possamos, como nos exemplos acima, nos doar a quem precisa independente da espécie. Somos todos um, mas infelizmente o ser humano ainda não se deu conta desse fato, ou prefere ignorar, para não ter que assumir uma postura mais altruísta.

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Só que despertar o amor não é algo fácil, sabemos que devemos fazer algo, mas não tomamos nenhuma atitude. Até queremos resolver uma pendência com um familiar ou com um amigo, mas falta coragem de sair do orgulho e partir para a ação. Temos medo de nos mostrar vulneráveis, de sermos humilhados, machucados, então seguimos com a nossa razão e vamos deixando rastros de tristeza por alguns lugares e pessoas.

O amor é o sentimento mais puro e bonito que existe, mas também pode ser o mais difícil de acessar, e como escrevi lá em cima, são muitos os fatores que levam ao embotamento desse sentimento. Está tudo certo, cada um no seu tempo, com sua história. Meu convite aqui é que se olhe para esse fechamento do coração, se acolha, aceite, por mais que doa a sua história, pois são essas experiências de vida que nos fortalecem e nos prepara para encarar a vida. Esse movimento simples de se acolher com sua dor abre as portas para o perdão, para a empatia e permite que comece a olhar para fora, para o mundo.

Permita-se desabrochar, vá aos poucos experimentando abrir a janela e olhar para fora, para o entorno. Temos a responsabilidade de cuidar do que é nosso que também faz parte do todo. De olhar para a natureza, para nossos irmãos, para o planeta e se envolver. Desenvolva a empatia, se coloque no lugar do outro, que também tem uma história, dores, que muitas vezes são bem piores que as nossas.

Deixe que o amor desperte em você para que ele se espalhe pelo mundo, que possamos ser mais gentis, mais acolhedores, empáticos, atuantes em nosso papel no mundo.

 

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Opinião por Luciana Kotaka
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