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Comportamento, saúde e obesidade

Opinião|O sadomasoquismo faz parte de cada um de nós

Ser feliz em nossa cultura é quase um pecado mortal

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 Foto: Estadão

Quando vivemos insatisfeitos temos argumentos bem reais que justificam nossa tristeza, fortalecendo a máscara da vítima que alimentamos diariamente dentro de nós. Temos um objetivo para lutar, estamos sempre buscando fora de nós uma fonte milagrosa, um alguém ou um método que fornecerá o segredo mágico que trará a nossa vida, luz, alegria e satisfação.

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Desenvolvemos a habilidade de nos frustrar. Iniciamos relacionamentos crentes que o outro irá mudar um dia, supervalorizando o fato de ter alguém, mesmo que esse traga dor, tristeza e muitas vezes violência física e verbal.

Em relação à política encontramos mais claramente esse nosso lado masoquista quando deixamos de avaliar mais criticamente o candidato. Pegamos somente um viés do que é proposto e colocamos toda a nossa energia nesse ponto sem mesmo averiguar os fatos reais concernentes à situação proposta. Nos empenhamos ao máximo para defender o candidato ignorando na grande maioria das vezes fatos extremamente importantes que podem trazer estragos irreparáveis.

Não cabe a mim aqui julgar o certo ou o errado, mas levar o conhecimento sobre este lado que ignoramos a nosso respeito. Uma forma de transitarmos pelo mundo presos a idealizações, buscando sempre a mudança fora e assim acabamos presos ao sofrimento e a insatisfação.

Ignoramos o fato de que estamos contribuindo para a escassez dos recursos naturais, prejudicando a saúde, levando a doenças. Preferimos fazer de conta que não podemos fazer nada, que devemos aceitar e seguimos em frente como se fôssemos vítimas e não responsáveis.

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Voltando à cultura do sadomasoquismo como proposto no título do texto, cabe cada um de nós nos responsabilizarmos por toda escolha, comportamento e sentimento, afinal se cada um de nós entender e aceitar o fato de que criamos sim a realidade que vivemos, com certeza iremos ter mais clareza e agir com mais respeito em relação a nós mesmos e ao outro.

Devemos parar de culpar o externo e olhar para o que é de nossa responsabilidade, para o que disseminamos no mundo, só assim podemos respirar livremente e ansiar por um mundo melhor.

 

 

 

 

Opinião por Luciana Kotaka
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