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Comportamento, saúde e obesidade

Opinião|Efeito sanfona emocional

Sentimentos não resolvidos interferem na oscilação do peso corporal

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Foto do author Luciana  Kotaka
Atualização:

 Foto: Estadão

Se o título pareceu estranho então precisa ler o texto inteiro, pois estranho mesmo é não conseguir alcançar uma estabilidade emocional e comer muito, além do que é necessário para a saúde.

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Sabemos que comida tem a finalidade de nutrir o corpo promovendo a saúde e proporcionando energia para darmos andamento as nossas atividades diárias. Porém, é claro que comer também dá prazer eum chocolate pode ser a salvação do dia quando estamos na famosa TPM, não é mesmo?

Desta forma vivemos uma oscilação constante em busca do bem-estar, ora querendo perder peso, ora querendo comer para nos sentirmos mais felizes. Não há nada de errado em comer o que gostamos, pois precisamos sim satisfazer algumas necessidades que nos dão prazer, porém o grande problema começa quando comer muito se torna um hábito nada saudável, comprometendo nossa saúde física e emocional.

O importante é poder identificar essa sanfona de emoções, do porque se encher de porcarias que só fazem mal ao invés de procurar outras maneiras de ficar bem, sem esses exageros. A comida acabou ocupando um lugar importante para muitas pessoas, não é preciso andar muito em uma rua para verificar essa realidade.

Há pouco tempo o Ministério da Saúde divulgou uma pesquisa em que revela que quase metade da população brasileira está acima do peso. Segundo o estudo, 42,7% da população estava acima do peso no ano de 2006. Em 2011 esse número passou para 48,5%. O levantamento foi realizado pela Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) e os dados foram coletados em 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal.

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Podemos pensar em vários fatores que têm influenciado nessa troca de prazeres, como a falta de tempo, excesso de trabalho, estresse, sedentarismo, solidão, conflitos emocionais, autosabotagem, mas de qualquer forma o importante é compreender que não está havendo tempo para se olhar, cuidar do corpo que é nossa moradia.

Nessa gangorra de emoções vamos levando a vida e ainda querendo emagrecer, será que é possível mudar isso sem se comprometer mudar a si mesmo?

Acompanho toda semana inúmeras pessoas prometendo perder peso a qualquer custo, começam dietas, exercícios físicos, mas por algum motivo chutam o balde e colocam tudo a perder. Talvez seja o momento de mudar, procurar outras formas de lidar com esse peso que abala a estrutura emocional não permitindo que emagreça de forma assertiva, sem medos e radicalismos.

Afinal quando nos sentimos incomodados cabe a cada um procurar resolver.

 

Opinião por Luciana Kotaka
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