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Opinião|Deixe o amor te pegar

Amar e ser amado podem ser um grande desafio a ser superado

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 Foto: Estadão

 

Escrever sobre o amor é um tanto quanto difícil, já que as interpretações sobre o mesmo têm diversas variações. Desde o início dos tempos, poetas, artistas, entre outros, tentam retratar o amor e defini-lo, mas cada um coloca um pouco de si mesmo ao expor o que sente. Cada opinião sofrerá variações de acordo com a vivência emocional de cada indivíduo, o que nos leva a pensar se sabemos amar e, principalmente, se conseguimos ser amados.

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Através das gerações famílias são constituídas, novos casamentos, filhos e assim sucessivamente. Não há um preparo emocional que oriente os pais como serem afetivos, como acolher os filhos e ensinar a eles sobre o amor de uma forma mais acolhedora. Cada casal vai passando aos seus descendentes aquilo que recebeu de seus pais e cada um vai formando uma ideia do que é o casamento, ter um parceiro, como educar e se relacionar com o outro.

O fato é que muitas pessoas não se sentiram amadas por suas famílias, outras passaram por diversas situações dolorosas como perdas, separações, violência e discussões. Vivências essas que marcaram fundo de tal forma que o melhor recurso para continuar vivendo é se fechar para o amor. Uma defesa contra a dor. Podemos levantar diversas muralhas para nos proteger, mas nesse movimento interno acabamos impedindo de sermos amados quando realmente o amor chega a sua vida.

Talvez você conheça alguém assim, quem sabe na sua roda de amigos, no trabalho ou até mesmo em sua família. Aquela pessoa que parece que não pode ser feliz, que está sempre criticando tudo, achando defeitos em todas as pessoas com quem convive, arrumando pequenos ou grandes desafetos. Nada nunca está bom. Precisa afastar de si mesmo qualquer possibilidade de ser amado, afinal abrir o coração e se sentir frágil é perigoso demais.

Algumas pessoas poderão passar a vida inteira sem deixar o amor fluir em suas vidas, por muito receio de reviver dores do passado, a maioria das vezes a pessoa se esquiva. Esse processo todo não é consciente, salvo um ou outro caso em que se tem uma percepção maior de si mesmo. Desta forma, se sentem vítimas da falta de amor, carentes de afeto e não percebem o movimento que fazem de afastar quem chega mais perto.

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É preciso trazer para a consciência esse movimento interno que afasta a possibilidade de criar vínculos mais fortes, de poder viver a troca com o outro com mais prazer, deixando a vida fluir através de seus poros. Viver é muito mais que andar, comer e respirar, é estar presente. É poder usufruir o que é nos dado e aprender a lidar com  as diversas situações que a vida apresenta. Mesmo que vivendo nos deixe mais vulneráveis à dor, mas vamos escrevendo no livro da vida, deixando marcas de nossa jornada, com paixão, com medos e desejos, mas vivendo por inteiro.

 

 

 

 

Opinião por Luciana Kotaka
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