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Comportamento, saúde e obesidade

Opinião|A agressão como um meio de subjugar o outro

Nunca ignore os sinais que a sua intuição teima em lhe avisar

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Foto do author Luciana  Kotaka
Atualização:
 Foto: Estadão

Todos os dias muitas mulheres são vítimas de parceiros abusivos, as agressões compreendem tanto a violência física como a psicológica. Por algum motivo se estabelece um jogo de poder, uma necessidade de controlar e subjugar o outro, para que desta forma satisfaça aspectos emocionais que estão desajustados dentro de si mesmo.

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Aos poucos a vítima se vê cerceada de amigos e familiares, assim o parceiro vai obtendo um controle ainda maior até que chega um momento em que está sozinha e se sente sem forças para tomar uma atitude, mesmo já tendo clareza do que está acontecendo.

O agressor ao contrário do que mostra tem baixa autoestima e muito medo e usa da violência para dominar o outro na tentativa de se  sentir seguro. As vítimas não percebem que na verdade o outro é frágil e que usa a violência como forma de defesa.

Entender esse fato não exime a responsabilidade de nenhuma das partes, cada um tem aspectos emocionais que necessitam ser olhados e trabalhados terapeuticamente para o devido equilíbrio emocional.

O agredido por sua vez precisa entender o que o faz entrar e ficar em um relacionamento abusivo, pois esse é primeiro passo para mudar os seus comportamentos e escolhas. A vítima é dependente afetivamente do seu agressor, pois de alguma forma sente que as agressões e as crises de ciúmes estão relacionadas com o amor. É importante destacar que o agredido normalmente apresenta baixa autoestima e carrega em seu sua bagagem um histórico de muita dor e situações que remetem a agressões e abusos.

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Em um momento de restrição como estamos vivendo o número de agressões tem aumentado e é importante que todos nós possamos estar alertas com o que acontece dentro de nossa casa e também ao nosso entorno, desta forma podemos tomar atitudes e buscar ajuda que possam fazer a diferença e impedir que esses ciclos de agressões e abusos continuem.

 

Opinião por Luciana Kotaka
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