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Comportamento, saúde e obesidade

Opinião|Transtorno de evitação alimentar pós-cirúrgica

Cuidados pré-operatórios é garantia de resultados efetivos

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 Foto: Estadão

por Luciana Kotaka

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A cirurgia bariátrica vem crescendo assustadoramente nas últimas décadas, realizadas para tratamento da obesidade com o objetivo de diminuir a morbimortalidadede longo prazo. Segundo o último senso da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) o número de cirurgias

bariátricas feitas no Brasil aumentou quase 90% nos últimos cinco anos e chegou a 72 mil em 2012, segundo o último censo. Porém, após a cirurgia tem se estudado uma nova síndrome alimentar com características particulares ocorrendo em indivíduos obesos que se submeteram a uma intervenção cirúrgica antiobesidade.

Os pacientes apresentam um comportamento alimentar inadequado, porém não preenchem critérios diagnósticos para os TA atualmente descritos. Observa-se que nesses indivíduos há rápida perda de peso pós-cirúrgica determinada por restrição alimentar voluntária, comportamento purgativo (uso de laxantes e indução a vômitos), um intenso medo de reganho de todo o peso perdido e importante insatisfação com a imagem corporal associado aos sintomas ansiosos, como o medo de reganho de peso. Essespacientes apresentam sintomas de desnutrição e não apresentam crítica adequada sobre a sua morbidez.

Em geral, diferem-se da BN por não apresentarem episódios claros de compulsão alimentar. O interessante nesses casos é que alguns pacientes evitam até tomar água com medo de voltarem a ganhar peso o que gera um risco muito grande para a saúde pois os pacientes que se submeteram à cirurgia devem ter um cuidado maior com a alimentação, cuidando para que ingiram alimentos com um grande aporte de vitaminas a fim de evitar perdas importantes para a manutenção de sua saúde física.

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Infelizmente a grande maioria dos pacientes que opta ) pela cirurgia não fez) acompanhamento com psicólogo e com o nutricionista tempo suficiente para enfrentarem o pós- cirúrgico de forma mais preparada para lidar com a nova imagem corporal, os limites alimentares e entre outras situações que são comuns nos gastromizados.

Opinião por Luciana Kotaka
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