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Crônicas filosóficas

Metafísica de um gato

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Por Jair Barboza
Atualização:

[Meu blasée gato Felix]

Nada melhor para a sabedoria de vida que assimilar cada uma das lições que felinos nos dão. Lições que, se observadas, decerto trazem qualidade de vida. Cachorros são maravilhosos em suas lições de ética - ahh, a adorável fidelidade canina! Enquanto felinos são os mais filosóficos dos animais!  - ahh, adoram meditar. A esfinge egípcia (foto abaixo) geralmente era representada como um felino com cabeça humana. A mais famosa esfinge encontra-se na obra de Sófocles Édipo Rei;  essa esfinge lançou um desafio a Édipo com a ameaça: "decifra-me ou te devoro" e consistia no seguinte enigma: Que criatura anda pela manhã com quatro pés, ao meio-dia com dois, e ao fim do dia com três? Édipo salvou-se pois respondeu corretamente ao dizer que se tratava do ser humano, que na infância (manhã) engatinha com quatro pés, cresce e anda (meio-dia) com dois pés e, por fim, envelhece (fim do dia) e usa bengala, tendo assim de andar com três pés.

 Foto: Estadão

[Esfinge egípcia Guizé. Fonte: Wikipedia]

 

Metafísica de um gato

Para os egípcios os gatos eram  deuses o mais metafísico dos animais

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deita-se sob a luz do abajur lambe-se sobre a almofada olha-me com seus olhos sinistros

acaricia-me a alma morde-me o nariz ronrona no meu peito

com isso, minh'alma, mesmo enferma, acarinhada dorme tranquila e acalentada com ele

e dessa forma, em silêncio, certos enigmas do mundo são silenciosamente decifrados.

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