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Impressões sobre a vida e seus arredores

Saldão de chatos

(última oportunidade)

Por Raul Drewnick
Atualização:

pixabay Foto: Estadão

+ Os chatos são como o dólar. Sua cotação muda diariamente, sempre para pior.

+ Mesmo quando não sabemos, os chatos têm encontro marcado conosco.

+ Só duas espécies sobreviverão quando a Terra estiver destruída: a dos insetos e a dos chatos. Pobres insetos.

+ Os chatos são sempre bons ouvintes. Esperam pacientemente nossa opinião sobre qualquer assunto e só então dizem que estamos errados.

+ Os chatos têm uma memória admirável. São capazes de nos contar por dez dias seguidos, sem uma falha, suas piores piadas.

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+ Deve-se reconhecer uma virtude nos chatos; são todos perfeccionistas.

+ Os chatos sabem alemão e, para demonstrar seu conhecimento, só esperam a hora em que pronunciaremos o nome de Brecht.

+ A pobreza cultural pode ser uma bênção. Notaram? Não há mais aqueles chatos que citavam máximas em latim.

+ Os chatos não precisam de proteções trabalhistas, de extras nem de adicionais para nos aporrinhar aos sábados, domingos e feriados.

+ A espécie dos chatos é mais ou menos recente. Não há menção a ela, por exemplo, entre as sete pragas do Egito.

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+ Além de tudo, os chatos se distinguem pela pontaria dos seus perdigotos.

+ Um chato sempre dá jeito de se encontrar casualmente conosco.

+ Pobre criatura, o chato. Seja seu nome Asdrúbal ou João, ninguém o chama assim.

+ Um chato, quando volta atrás, é pelo prazer de começar a contar tudo de novo.

+ E há aquele chato que a todas as festas leva sua sanfona.

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+ E há, obviamente, o chato versado em profecias de Nostradamus.

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