+ Os chatos são como o dólar. Sua cotação muda diariamente, sempre para pior.
+ Mesmo quando não sabemos, os chatos têm encontro marcado conosco.
+ Só duas espécies sobreviverão quando a Terra estiver destruída: a dos insetos e a dos chatos. Pobres insetos.
+ Os chatos são sempre bons ouvintes. Esperam pacientemente nossa opinião sobre qualquer assunto e só então dizem que estamos errados.
+ Os chatos têm uma memória admirável. São capazes de nos contar por dez dias seguidos, sem uma falha, suas piores piadas.
+ Deve-se reconhecer uma virtude nos chatos; são todos perfeccionistas.
+ Os chatos sabem alemão e, para demonstrar seu conhecimento, só esperam a hora em que pronunciaremos o nome de Brecht.
+ A pobreza cultural pode ser uma bênção. Notaram? Não há mais aqueles chatos que citavam máximas em latim.
+ Os chatos não precisam de proteções trabalhistas, de extras nem de adicionais para nos aporrinhar aos sábados, domingos e feriados.
+ A espécie dos chatos é mais ou menos recente. Não há menção a ela, por exemplo, entre as sete pragas do Egito.
+ Além de tudo, os chatos se distinguem pela pontaria dos seus perdigotos.
+ Um chato sempre dá jeito de se encontrar casualmente conosco.
+ Pobre criatura, o chato. Seja seu nome Asdrúbal ou João, ninguém o chama assim.
+ Um chato, quando volta atrás, é pelo prazer de começar a contar tudo de novo.
+ E há aquele chato que a todas as festas leva sua sanfona.
+ E há, obviamente, o chato versado em profecias de Nostradamus.