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Um manual prático para desastrados

Amor que não é pra sempre (Quem precisa de Monalisa?)

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Por Gilberto Amendola
Atualização:

Quando ela disse que iria me amar pra sempre quase tive uma sincope. Ri tanto que o botão da calça me escapou. Tadinha, pra sempre seria uma tarefa impossível - até pro amor que nós dois presumíamos.

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A medida do tempo do amor é o minuto. Te amo Às 9h45. Depois, não sei.

O cabelo cresce, a barba também, o humor muda e, veja só, amor, são tantas ruas. Tanta gente pra quem se diz bom dia, tanto troco passando de mão em mão, tanta vida descendo a ladeira sozinha ou precisando de um empurrão.

Com a faca do pra sempre no pescoço, digo logo: vá em frente! Arranque esse escalpo, me faça de enfeite. Mas, nem tente, até a ferrugem me faria diferente.

Do amor, espera-se o anúncio, o tijolinho de jornal ou o lambe-lambe no poste da Eletropaulo: "faz-se carreto!"

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O cara que aqui jaz não foi o mesmo que tombou na guerra, que levou um teco ou teve febre amarela. Os mortos mudam de ideia antes de adubarem a terra.

No mais, não te quero quadro.

Monalisa já deu no saco.

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