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Nada mais será como antes e o melhor ainda está por vir

A madrugada (noite de amor)

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Por Katia Juliana
Atualização:
ashasusan/Creative Commons Foto: Estadão

Era tarde da noite. Elle chegou exausto, abriu a porta de cabeça baixa (pois mal conseguia, sustentar o peso de seu corpo), virou e trancou-a. Deu o primeiro passo e notou uma luz acesa, ergueu a cabeça e com os olhos, um pouco desfocados pelo cansaço, conseguiu perceber que não era uma luz e sim dezenas de velas acesas, em pontos estratégicos da sala. Parou e soltou tudo que estava em suas mãos no chão. Lentamente virou a cabeça, observando cada detalhe da sala. Mais dois passos e viu pétalas de rosas, formando uma espécie de trilha e seguiu. A cada cômodo havia mais velas, de todos os tamanhos, mas sempre a mesma cor branca.

 

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Chegou ao quarto e havia pouca luz, eram velas bem pequenas na cor vermelha, em formato de coração. No mesmo instante, uma música bem baixinha e relaxante começa a tocar. O quarto está completamente vazio, somente a música preenche o ambiente. E as luzes das pequenas velas, dançam tímidas, formando sombras de diversos formatos. Elle se aproxima da cama, olha para todos os lados e não vê ninguém. De repente, sente alguém tocar em suas costas e puxar de leve sua camiseta branca. Elle se vira para ver quem é. E um abraço acontece. A camiseta é atirada ao chão. É uma mulher, é tudo que consegue perceber, pelo toque em sua face. Pois Ella tapa seus olhos com a mão direita e com a outra, abre o botão da calça jeans, bem devagarinho e vai puxando o zíper. Elle sorri, sente o perfume nas mãos dElla e reconhece. Sente a calça escorregar por suas pernas e sussurrando Ella pede: "levante os pés". Elle imediatamente obedece, tira as calças e o tênis ao mesmo tempo.

 

Ella o abraça ainda mais e simula uma dança, com passos tortos e desconexos. Elle continua de olhos fechados, pela mão direita dElla. Mas não é exatamente uma dança é o sentir de dois corpos, bem quentes. ] Ella se aproxima da cama e o empurra devagar, para que Elle se deite. Ella tira suas meias e diz: "deita de bruços". Elle demora a virar, pois quer vê-la melhor e a pouca luz não o impede. Ella usa uma na camisola preta, completamente transparente é possível ver seu corpo todo, mas sem detalhes. Ella brinca, ri, se move devagar, quer que Elle veja tudo. Mas não o deixa tocá-la, nem o deixa levantar da cama.

 

Agora Elle está de bruços, sob a cama e de olhos bem fechados. Então Ella inicia a massagem pela testa e sobe para o couro cabeludo, fazendo pressão em alguns pontos da cabeça, fica uns instantes ali. Desce as mãos suavemente pelo pescoço e lhe dá um beijo molhado, continua a pressionar algumas partes do pescoço e dá outro beijo quente e molhado. Elle se arrepia e solta um longo suspiro. Ella continua, agora passa em suas mãos óleo de massagem e percorre todo o pescoço e ombros massageando, pressionando, escorrengando suas mãos pelas costas inteiras. As vezes mais leve, as vezes mais pesada e sempre com movimentos contínuos. Percorre toda a extensão da coluna pressionando cada vértebra com cuidado, massageando músculos mais tensos e desfazendo qualquer tipo de 'nó'. Neste momento, Elle começa a relaxar e se entrega a massagem, as velas, o cheiro do óleo, a música e as mãos dElla. Agora esta e total sintonia. Por diversas vezes, partes do corpo dElla (coxa, pernas, braços, cabelos etc) tocam e deslizam no corpo dElle, ora arrepiando, ora seduzindo. Mas sem perder o toque preciso da massagem.

 

Elle está completamente adormecido e nem percebeu, que pouco mais 1 hora se passou. Ella desliza as pontas dos dedos por todo corpo dElle e o beija delicadamente nas costas e no rosto. Deita-se ao lado dElle por alguns minutos, o observa. Adora vê-lo dormir. Mas logo se levanta e anda pela casa, apagando as velas. Volta para o quarto, o CD está na última música e percebe que Elle, não está mais deitado sob na cama.

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Ella sente a respiração dElle em sua nuca, seus braços fortes, tocando sua cintura e sem que Ella pudesse esperar, Elle a vira num abraço envolvente e a beija com paixão. A madrugada será longa...

Novas crônicas toda quarta-feira.

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