Na coluna Ideias no Ar, da Rádio Estadão, voltaremos ao tema das atividades físicas.
Um dos grandes problemas da depressão é a perda de qualidade de vida - os sintomas como desânimo e tristeza com frequência afastam os pacientes do convívio com as pessoas, reduzem suas interações sociais e até seu nível de atividade geral. Obesidade, insônia e dores pelo corpo são apenas alguns dos sintomas que se seguem desse quadro.
Um estudo recente, no entanto, mostrou que atividades físicas recreativas são suficientes para reduzir o risco desse impacto da depressão na vida dos pacientes. Acompanhando a saúde de mais de quinze mil pessoas no Canadá, os pesquisadores se focaram naqueles que tinham boa qualidade de vida, observando o que poderia colocar tal qualidade em risco. Evidentemente a depressão era um fator de risco importante. Mas quando as pessoas faziam alguma atividade física, mesmo que sem grande intensidade, o risco diminuía em 70%. Por outro lado, o sedentarismo aumentava em 40% o risco de perder qualidade de vida em pacientes deprimidos.
Caminhar, andar de bicicleta, passear com o cachorro, nadar: mais importante que uma grande intensidade, a regularidade é que foi fundamental. Porque independente da melhora clínica dos sintomas, manter a qualidade de vida já é um grande passo no combate à depressão.