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Self-service de humor

Opinião|Eu, lírico

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Atualização:

Fragmentos poéticos, limeriques e haicais.

 

 Foto: Estadão

(FOTO: Lee Scott - Unsplash)

 

DOUTORES DA ALEGRIA

Juó Bananére foi quem quebrou o cabaço Depois Barão de Itararé ganhou espaço Vieram Jôs, Trapalhões Cassetas e mais Falcões E agora, no Brasil, todo mundo é palhaço

ESTREPES POÉTICOS

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Não dá pra saber exatamente o que ocorre É a sensação de quando alguma coisa morre Umas são cheias de estrepes Outras parecem um rap A poesia contemporânea é um porre!

PUTINIANA

Os czares botaram fogo no estopim Os bolcheviques promoveram o butim Stálin usou canhão Kruchev deu voz de prisão O que fará então o filho do Putin?

LIMERIQUE DO VOTO NULO

Muitos querem saber por que anulo O meu voto assim e nem me encabulo É porque, entre um sujo e um mal lavado Entre o emporcalhado e o depravado Ou me abstenho ou então me estrangulo

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SERRA DAS CONFUSÕES

Muitos dizem que aqui é o país do cartório Outros que seria a terra do palavrório Ou nascedouro de jagunço Mas creio que, pelo furdunço, Aqui está mais para nação do mistifório

HAICAI LIBIDO

O sedutor Quando seduzido Perde a libido

QUADRINHA ECOLÓGICA

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Lá por riba daquela nuvem Onde muito avião se apruma Além do buraco de ozônio Não tem mais porra nenhuma

PARADOXOS

O Brasil já foi feito por nós Hoje, os nós é que fazem o Brasil

EPIGRANA

Por causa de um certo lobby Representantes do povo Quebraram-se como um ovo Agora é ora pro nobis

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COMPROMISSO

Meu maior comprometimento: cometer descometimento

HAICAI NA REAL

É isso aí Quem tem Piauí Não precisa de Haiti

THE END

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...and in the end The gold you take Is equal to the country You break...

LEMBRETE

É importantíssimo que se diga Nesse momento estarrecedor Que todo indivíduo que corrompe É igual ao prevaricador

HAICAIZITO GLÚTEO

Olha que coisa mais profunda: Aqui a corrupção abunda Na mesma proporção da bunda

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DIVINAS PALAVRAS

Num momento de consciência, o papa Disse a seus cardeais em reunião: "O ruim, meus filhos, não é morrer Chato é ter que morar com o patrão"

METAMORFOSES

É tanta cobra virando sapo E tanto sapo virando cobra Que, em Brasília, já tão confundindo Requeijão com queijo e boi com "abóbra"

RIP HUMOR

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O Humor morreu Como dá depressão Foi indo e se perdeu Num grande vagalhão De textos vãos E o pior, Deus! É que o filet minhão O Millôr já escreveu

 

Opinião por Carlos Castelo

Carlos Castelo. Cronista, compositor e frasista. É ainda sócio fundador do grupo de humor Língua de Trapo.

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