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Self-service de humor

Opinião|Primeiro caderno de anotações do aluno de prosa Carlos Castelo

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Atualização:

De que servem as penas sem o suporte para grafar? Então vamos a isso.

 Foto: Estadão

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(British Library)

Postei recentemente uma crônica aqui no Estadão sobre minha paixão em usar canetas. Um leitor me mandou uma mensagem solicitando que eu desenvolvesse algo sobre as folhas e/ou blocos nas quais deito minhas algaravias. Ele tem toda razão, de que servem as penas sem o suporte para grafar? Então vamos a isso.

É claro que também sou maníaco obsessivo nesse quesito. Se tem dois lugares que me deixam feliz, feito um pinto no lixo, são o sebo e a papelaria. No caso da papelaria o setor de moleskines e quetais é, para mim, o must go.

Não possuo uma coleção de caderninhos, mas sempre lanço mão de três tipos de anotadores: um pequeno, um médio e um bem grandão. Além de uma descoberta recente: o caderno planner.

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O pequeno, que chamo de móvel, é um Moleskine plain notebook, soft cover, de páginas sem pauta. Ele anda na minha bolsa, nos bolso da roupa e é o coringa do cotidiano. Ali anoto endereços, versos, frases minhas e de outros, pensamentos, lembretes, posologia de remédios, IPTE de boletos - de tudo um pouco.

O caderno médio que uso no momento é da marca Cícero. Sempre fica um na mesa do escritório, outro na mesa de casa. Esses são para esboços de crônicas ou sinopses de projetos maiores. Dá mais respiro.

O maior dos cadernos que uso é um Moleskine plain notebook, só que tamanho XXL. É nele que baixo minhas crônicas e outras produções antes de passar para o computador. Quando ainda não existiam tais modelos GG, eu usava para esse fim aqueles livros-caixa de Contabilidade. Eles possuem as mesmas dimensões e têm até uma vantagem: as páginas vêm todas numeradas.

O planner, como disse, é um aquisição recente, também da Cícero, onde pode-se planejar o mês ou a semana, sem se prender a datas específicas, como numa agenda tradicional. Ideia muito boa para os desmemoriados feito eu. No planner eu planejo livros, playlists, finanças etc e etc.

O mundo ideal, para mim, seria assim. Acontece que não é toda hora que estamos com esses paladinos nas mãos. A Lei de Murphy atesta o contrário: quando aparece aquela ideia-passarinho voando, você nunca está com o bloquinho-bodoque em punho. Então vale tudo, caneta Bic escrevendo na palma da mão, por cima da superfície de papel higiênico etc. O que não é o melhor dos mundos, mas pelo menos não é uma anotação mental. Agh, melhor nem pensar nisso...

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Opinião por Carlos Castelo

Carlos Castelo. Cronista, compositor e frasista. É ainda sócio fundador do grupo de humor Língua de Trapo.

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