Foto do(a) blog

Dicas e curiosidades sobre animais

Piscina e pets: diversão e perigo em um só lugar

PUBLICIDADE

Foto do author Luiza  Cervenka
Por Luiza Cervenka
Atualização:

[caption id="attachment_1210" align="aligncenter" width="500"] Foto: Clube de Caompo[/caption] Com a chegada do verão, as temperaturas se elevam. Nada melhor que um bom banho de piscina para se refrescar. Essa pode ser uma ótima hora de interação com seu peludo, sendo ele cachorro ou gato. Se você tiver um gato, o trabalho pode ser mais difícil e necessitar mais paciência. Mas não é impossível. Porém, se você tem um cachorro, o trabalho pode ser menor e a diversão ainda maior. Antes de dar as dicas para acostumar os pequenos com a piscina, é necessário ressaltar os perigos que a piscina pode oferecer, ainda mais nessa época do ano. É comum que as pessoas cubram a piscina com capas ou lonas. Porém, essa técnica ajuda apenas na limpeza. Além de não garantir a segurança dos animais, pode causar um acidente ainda maior. Um gato curioso, pode se aproximar para verificar o que há na lona, cair ou ficar preso. Na ânsia de sair e se livrar daquele tecido, escorrega para o meio da piscina, onde é mais folgado e acumula água. Mesmo com pouco liquido, o animal se debate e pode morrer afogado. Dicas para minimizar o medo de fogos Essa situação pode ser ainda pior se for um cão idoso, cego ou pesado.  Se não houver alguém por perto, ele pode se ferir ou mesmo se afogar. Nesta época do ano, com os fogos, os animais ficam desnorteados e aumenta a chance de afogamentos. Para evitar isso, o melhor a se fazer é usar cercas que evitem o acesso do animal à área da piscina. [caption id="attachment_1219" align="aligncenter" width="500"]

Com a chegada do verão, as temperaturas se elevam. Nada melhor que um bom banho de piscina para se refrescar. Essa pode ser uma ótima hora de interação com seu peludo, sendo ele cachorro ou gato.

PUBLICIDADE

Se você tiver um gato, o trabalho pode ser mais difícil e necessitar mais paciência. Mas não é impossível. Porém, se você tem um cachorro, o trabalho pode ser menor e a diversão ainda maior.

Antes de dar as dicas para acostumar os pequenos com a piscina, é necessário ressaltar os perigos que a piscina pode oferecer, ainda mais nessa época do ano.

É comum que as pessoas cubram a piscina com capas ou lonas. Porém, essa técnica ajuda apenas na limpeza. Além de não garantir a segurança dos animais, pode causar um acidente ainda maior. Um gato curioso, pode se aproximar para verificar o que há na lona, cair ou ficar preso. Na ânsia de sair e se livrar daquele tecido, escorrega para o meio da piscina, onde é mais folgado e acumula água. Mesmo com pouco liquido, o animal se debate e pode morrer afogado.

Dicas para minimizar o medo de fogos

Publicidade

Essa situação pode ser ainda pior se for um cão idoso, cego ou pesado.Se não houver alguém por perto, ele pode se ferir ou mesmo se afogar. Nesta época do ano, com os fogos, os animais ficam desnorteados e aumenta a chance de afogamentos. Para evitar isso, o melhor a se fazer é usar cercas que evitem o acesso do animal à área da piscina.

 Foto: Luiza Cervenka

Segundo o adestrador do Clube de Cãompo, Alexandre Zanetti, a melhor forma de prevenir acidentes é ensinar o animal a entrar e sair da piscina. Para isso é interessante que haja uma área mais rasa, que dê pé para o pequeno. Alexandre costuma chamar essa área de "prainha". "No desespero, o cão tenta sair pela borda, pode se exaurir e se afogar, principalmente se o nível da água da piscina estiver baixo" explica Zanetti.

Se você não tiver a área mais rasa na piscina, como a prainha, o ideal é ensinar a entrar e sair pela escadinha.

Se preferir, pode cercar a piscina e pular os ensinamentos. Mesmo por que, quando ele aprender, vai gostar e querer entrar com frequência. Há a possibilidade de associar um estímulo aversivo ao local da piscina, para que o animal evite a área. "Alguns proprietários optam por jogar o cão na piscina logo que o filhote chega na casa. Assim, o animal se assusta e nunca mais tenta entrar, pois causa um trauma. Não é a melhor técnica, mas é eficaz" comenta o adestrador.

Benefícios da natação

Publicidade

A piscina pode ser uma excelente forma de gastar energia, se refrescar e ainda diversificar a brincadeira. Nadar gasta mais calorias que correr. Há diversas indicações veterinárias para o uso da piscina.

Cães obesos, com displasia ou qualquer problema locomotor, ou mesmo aquele que estão se recuperando de uma cirurgia ortopédica terão ótimos benefícios com atividades de baixo impacto, como a natação.

Além de receber cães para hospedagem, o Clube de Cãompo treina animais para competições de agility. O melhor treinamento, para ganho de musculatura, é aquele feito dentro da água.

Como ensino meu peludo a gostar de piscina?

Algumas raças como Golden Retriever, Labrador e Border Collie têm maior facilidade e desejo de entrar na água. O mesmo acontece com cães muito ativos e peludos. O fato da água refrescar os animais de pelo longo, já é um ótimo atrativo.

Publicidade

"O mais difícil para iniciar a natação é o animal se acostumar com a água e com seu corpo dentro da piscina" conta Zanetti. Para isso, o ideal é fazer um treino para que ele se seja primeiro familiarizado com a água, levando para perto da borda, molhando seu focinho e corpo, mas sem fazer com que ele entre na piscina.

O segundo passo é acostumá-lo com a boia. "Quem não tiver boia para cães, pode usar a própria mão para elevar a barriga do cão" lembra Zanetti. Isso é muito importante, pois com a densidade diferente da água, o cão tende a mexer apenas as patas dianteira e afundar a parte traseira.

Entendida essa parte, vamos a um vídeo, no qual o Alexandre ensina a Luna a se acostumar na piscina.

Para deixar o treinamento mais interessante para o animal, você pode introduzir brinquedos que ele goste, como bolinhas.

O mais importante de tudo, é guiar o cão para a prainha ou escadinha. Não permita que ele tente sair pela borda, mesmo com a sua ajuda. Ao perceber que ele está cansado, leve-o até esse local de segurança para que ele possa relaxar e continuar a brincadeira.

Publicidade

Pegá-lo no colo pode ser uma opção para que ele se sinta mais seguro. Porém, lembre-se de suspender a barriga dele, caso ele queira nadar até a prainha.

Se mesmo com todo o treinamento, seu cão não gostar da piscina, não force. Procure outra brincadeira que ele goste e fique confortável.

E o gato?

Se você quer ensinar seu felino a nadar, devemos começar introduzindo uma bacia de água em um local que ele se sinta seguro. Coloque brinquedos de caça dentro da água e deixe que, aos poucos, ele se interesse pelo meio aquático. Algumas raças, como Bengal, são mais curiosos, destemidos e agitados, o que facilita esse treinamento.

Quando o gato já estiver entrando na bacia para brincar, leve até a área da piscina e deixe-o brincar. Aos poucos, coloque essa bacia dentro da piscina, com os brinquedinhos. Estimule-o com alguma brincadeira de caça e deixe-o, aos poucos, se acostumar com a novidade.

Publicidade

Esse treinamento não pode ser forçado e devemos respeitar o tempo e a vontade do gato.

Quais os cuidados após a piscina?

 Foto: Clube de Caompo

Brincar na piscina é uma delícia, mas alguns cuidados devem ser tomados.

- Seque bem os ouvidos após a natação. É comum haver problemas como otite em cães em frequentam a piscina.

- Para tirar o cloro, dê um banho de mangueira com água natural. Se estiver quente, passe uma toalha em seu pelo e pode deixa-lo se secar naturalmente.

Publicidade

- Se a brincadeira na piscina for até tarde, não se esqueça de secar bem a pele antes dele se recolher.

Quem não pode frequentar a piscina?

 Foto: Clube de Caompo

Pode parecer uma brincadeira inocente, mas nem todos os peludos podem se refrescar na piscina. O médico veterinário Aldo Macellaro ensina que animais com problemas de pele devem evitar a piscina: "Primeiro esse animal deve ser tratado, para que depois, quando totalmente saudável, ele possa adentrar a piscina".

Animais debilitados, cardíacos, ou que tiveram infecções pulmonares a pouco tempo, também devem evitar a piscina. "Mesmo animais com problemas locomotores, que poderia gerar uma restrição, com uso de suporte ou apoio, podem frequentar a piscina. Isso, inclusive, ajuda na recuperação dos movimentos" indica dr Aldo.

Higienização da piscina

Publicidade

 Foto: Clube de Caompo

Para quem não deixa seu peludo entrar na piscina por receio em relação à higiene, pode ficar tranquilo. Dr Aldo explica que com um pouco de cloro e um filtro específico para coletar pelos de animais, não há risco de contaminação: "Além do cloro, aqui no Clube de Cãompo utilizamos uma lâmpada ultravioleta que ajuda a matar as possíveis bactérias e fungos. Mesmo assim, a piscina é aspirada todos os dias".

Caso Kino e Pocker

A artesã Maria Lucia Mellão já tinha a Dama e o Kino, dois Schnauzers, quando ganhou o Golden Retriever Pocker. Como mora em uma casa com piscina, Lucia contratou uma adestradora para ensinar o Golden a não entrar na piscina. "Acho perigoso o cão entrar o tempo todo na piscina e andar molhado pela casa. Alguém pode cair. Além disso, teria que tomar muito cuidado com pelos e pele" conta Lucia.

Mas a Lucia não contava com um golpe do destino. Os schnauzers já estavam acostumados com a piscina e não ligavam a mínima para ela. Porém, o Kino já estava velhinho. Ninguém sabe exatamente o que aconteceu, mas a piscina não tinha proteção. Em uma manhã, Lucia acordou e encontrou Kino morto na piscina. Muito abalada, reforçou sua intensão de não permitir que seu Golden entrasse na piscina.

Com o treinamento adequado, Pocker bebe água e cheira a piscina, mas nada de adentrar. Não precisou ser jogado ou sofrer algum trauma. Ele simplesmente não vê a piscina como uma diversão. Em contrapartida, Pocker tem muitos brinquedos e amigos na creche que frequenta duas vezes por semana.

Publicidade

Nesta sexta-feira, primeiro dia de 2016, não teremos Agenda Animal. Voltamos no dia 06/01. Até lá.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.