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Dicas e curiosidades sobre animais

Pesquisa aponta que a maioria dos cães e gatos estão obesos

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Foto do author Luiza  Cervenka
Por Luiza Cervenka
Atualização:

don/Creative Commons Foto: Estadão

Uma nova pesquisa internacional, realizada com tutores de animais de estimação do Brasil, China, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos, revelou que:

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  • 54% dos tutores de gatos e cães sempre ou muitas vezes cedem aos apelos dos pets e oferecem mais alimento quando eles "pedem" por isso
  • 22% dos tutores de gatos e cães muitas vezes oferecem alimento em excesso aos seus animais de estimação para mantê-los felizes
  • Apenas 20% sempre medem a quantidade de alimento que oferecem aos pets
  • 87% dos entrevistados oferecem a quantidade que eles acham que o animal precisa em cada refeição

Há uma compreensão notavelmente pequena da quantidade correta de alimento que os gatos e os cães precisam ou o que eles devem ou não devem comer e a maioria dos tutores não fazem ideia se o seu animal de estimação está acima do peso ou não. As estimativas sugerem que 59% dos cães e 52% dos gatos em todo o mundo estão acima do peso. No entanto, na pesquisa, apenas 24% dos tutores de cães descrevem seu animal de estimação com excesso de peso. No entanto, quando perguntado se o gato ou o cão exibiam algum dos sinais de excesso de peso, 64% indicaram que seu pet , atualmente, tem pelo menos um sinal de excesso de peso como, por exemplo, não ser possível sentir as costelas ou ter afrouxado a coleira.O forte vínculo emocional entre os tutores e seus animais de estimação pode ser parte do problema. Muitos tutores expressam carinho por meio da alimentação, o que pode facilmente levar o pet a consumir mais calorias do que ele precisa.

??ln?/Creative Commons Foto: Estadão

Na pesquisa, 59% dos tutores de cães e gatos disseram que se sentem recompensados ??ao alimentar seu animal de estimação e 77% disseram que seu animal fica feliz quando oferecem alimento a ele. Infelizmente, muitos tutores não estão plenamente conscientes sobre as conseqüências do excesso de alimentação ao animal de estimação. Ainda, foi identificada na pesquisa que 61% dos entrevistados desconheciam que os animais com excesso de peso podem ser suscetíveis a diabetes e doenças ortopédicas e, consequentemente, a redução da qualidade de vida em 53%, ao risco de doença cardíaca em 53% e a um tempo de vida mais curto para 51%.

Muitas pessoas monitoram seu próprio peso regularmente, porém 40% não sabem o quanto seu gato ou cão pesam e 22% dizem que seu animal de estimação nunca foi pesado. "Nossa pesquisa mostra que os tutores de animais de estimação estão abertos a receber mais orientações sobre como manter seus gatos e cães em forma e saudáveis", comentou a Dra. Sandra McCune, Líder Científica de Interação Humano-Animal na Mars Petcare. "O foco do nosso trabalho em WALTHAM(TM) é cada vez mais encontrar maneiras de levar conhecimento aos tutores de como manter seus animais saudáveis e felizes".

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Como identificar

A parte mais difícil é enxergarmos que o pet está gordo. Achamos que ele está fofinho, forte, rechonchudo, mas nunca acima do peso. Realmente é mais fácil ver que o cão do vizinho está obeso, do que olhar para o pet dentro da nossa casa. Essa é a primeira barreira enfrentada pelos veterinários, na hora do tratamento.

"Como os seres humanos, os pets precisam estar com um peso saudável", destacou o Dr. Alex German, Professor de Medicina Veterinária da Universidade de Liverpool, no Reino Unido. "Esta é uma questão muito complexa, que exige compreensão e empenho tanto dos tutores quanto dos Médicos-Veterinários". Fiz uma entrevista com o Dr Alex, uma das maiores autoridades em obesidade no mundo e já teve uma gata obesa. Está dividida em duas partes.

Se esforce e categorize seu pet (cão ou gato) de acordo com as figuras abaixo. Elas são os chamados scores corporais, que ajudam a identificar como está o peso do peludo.

Imagem: Waltham Institute Foto: Estadão

Imagem: Waltham Institute Foto: Estadão

Riscos da Obesidade

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Conall/Creative Commons Foto: Estadão

Estar gordinho não é algo apenas estético. A gordura que percebemos é apenas a ponta de um iceberg bem grande. Os problemas gerados pelo excesso de peso são inúmeros. Preparado para a lista?

  • Câncer
  • Problema de pele
  • Diabete
  • Problemas cardíacos e circulatórios
  • Estresse térmico
  • Problemas articulares
  • Comprometimento imunológico (fico doente mais fácil)
  • Distúrbios gastrointestinais
  • Problemas respiratórios
  • Problemas renais e urinários
  • Aumento do risco cirúrgico
  • Diminuição da expectativa de vida (animais gordos vivem menos!!!!)

Alimentação específica

kerry fuller/Creative Commons Foto: Estadão

A escolha de um alimento adequado deve ser cuidadosa, já que a alimentação é uma das principais causas do sobrepeso. É fundamental buscar a orientação de um Médico-Veterinário, para avaliar uma série de fatores, a fim de definir a dieta mais precisa para o pet. Hoje, é possível encontrar no mercado um vasto portfólio de alimentos, com opções que atendem as necessidades nutricionais de cães e gatos com tendência ao ganho de peso ou já em tratamento contra a obesidade.

O que fazer?

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Scott 97006/Creative Commons Foto: Estadão

Percebeu algumas características no seu pet, referente a sobrepeso ou obesidade? Não desespere! A primeira coisa a fazer é levar ao médico veterinário. Precisamos identificar o motivo da doença (sim, obesidade é doença!). Pode ser por uma alimentação inadequada, quantidade de comida além do necessário, falta de exercícios, problemas hormonais, excesso de petisco, idade, raça e fatores genéticos. Mas qualquer que seja o motivo é possível tratar.

O primeiro passo é ver na embalagem do alimento, qual a quantidade correta para o perfil do seu animal (idade, peso e quantidade de atividade física). Pese a quantidade diária e divida em duas ou mais refeições.

Não ceda aos olhares pedintes do peludo. Ele te adestrou bem para dar aquele finalzinho de pizza ou aquele miolo de pão. Mas não caia nessa chantagem emocional! Você é quem sabe o quão mal esses alimentos humanos podem fazer aos animais.

Ah, nada de dar comida no pote! O animal se alimenta rápido demais (principalmente os famintos) e não dá tempo do cérebro liberar o sinal da saciedade. Por isso, faça brinquedos ou coloque o alimento em locais que dificultem o acesso, levando mais tempo para se alimentar. Isso não é mal tratar o animal. Muito pelo contrário! É oferecer alternativas saudáveis para melhorar o bem-estar dele.

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