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Dicas e curiosidades sobre animais

Maior feira pet traz novidades para cães e gatos

A Pet South América aconteceu entre os dias 17 e 19 de agosto na São Paulo Expo. Mais de 400 marcas expuseram seus produtos em 30 mil m2. Veja as principais novidades.

Foto do author Luiza  Cervenka
Por Luiza Cervenka
Atualização:

Pet South América 2022 super expectativas - Foto: divulgação

A 20ª edição da maior feira pet da América Latina aconteceu em São Paulo. Concomitantemente, ocorreu o Pet Comportamento, congresso exclusivo sobre comportamento de cães e gatos. Não consigo estimar a quantidade de pessoas, mas posso dizer que estava lotado. A organização do evento espera 25 mil pessoas nos três dias de feira.

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Faz alguns anos (uns 9 ou 10) que eu vou à feira (só 2020 que não teve). Esse ano fez valer cada bolha no pé e toda rouquidão. O que há alguns anos vinha deixando a desejar, compensou com louvor. Além de excelentes marcas do ramo pet, o evento ganhou em organização dos expositores, alimentação e banheiros.

Pet Comportamento

É de extrema relevância o comportamento de cães e gatos ter um espaço exclusivo na feira. Isso demonstra o quão relevante o assunto é. As inscrições esgotaram em poucos dias. Mas também, eram tantos nomes de peso juntos, que não podia perder.

Um dia dedicado somente ao comportamento felino e dois ao canino. Temas atuais foram abordados. Nenhuma polêmica foi deixada de lado. Tudo esclarecido por 14 palestrantes. Não dava tempo de piscar, nem de responder mensagens no WhatsApp. Foi muito conteúdo necessário para os profissionais que atuam na área do comportamento.

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Eu precisaria de um post inteiro para contar tantas coisas incríveis que aprendi nas palestras. Mas vou tentar resumir.

Pet Comportamento: 14 palestras com grandes nomes da área. Foto: Luiza Cervenka

Os gatos estão ganhando cada vez mais o coração dos humanos, mas ainda temos muito o que aprender sobre a forma dos felinos se comunicarem, brincarem e interagirem com os humanos. Beijos e abraços estão proibidos para a maioria dos bichanos. Mas a palavra de ordem da espécie é "depende".

Gato pode tomar banho? Depende. Algumas raças podem ter necessidade, como os Sphynx (aquela raça "sem pelo"). Gatos devem ser solitários ou viver em grupo? Depende. Cada gato tem uma personalidade e uma necessidade de maior território (espaço de segurança). Gatos com acesso à rua, que dão as famosas voltinhas, são mais felizes? Depende. A depender do local da residência, o risco de atropelamento, doenças e até envenenamento é muito elevado, devendo o peludo ficar somente em ambiente indoor (interno). Gatos adotados são mais arredios? Depende. É possível fazer um trabalho de socialização ainda no abrigo, antes da adoção, para facilitar a relação entre tutor e gato.

Agora, o "depende" não funciona quando o assunto é veterinário. Todo gato merece e deve ter atendido com o menor estresse possível. Nada de pegar pelo cangote, segurar contra a mesa, usar luva, focinheira ou qualquer coisa que vá contra o bem-estar do bichano. Não somente durante a consulta, mas desde ante de sair de casa. Tudo começa com a caixa de transporte. A forma como tudo isso é conduzida pode ser determinante na frequência da ida ao veterinário e antecipação de qualquer sintoma ou doença.

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No caso de cães, as pesquisas são mais vastas, com muitas informações. O simples ato de brincar ganha relevância ao melhorar a relação entre humanos e cães, entre cães e cães e a minimizar o estresse do cão sozinho. Brincar é muito mais do que jogar bolinha, viu?! Mesmo porque, alguns problemas sérios de saúde podem acontecer pelo excesso de brincadeira de buscar. Inclusive, a alteração de comportamento pode denotar esses problemas de saúde, quando causam dor ou desconforto. Por isso, os check-ups anuais são tão importantes. Mas tudo com manejo pet friendly, sem estresse.

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Seu cachorro está se lambendo demais? Pode ser desconforto gástrico. Seu cachorro é mais musculoso nas patas dianteiras do que traseiras? Ele pode ter dor articular. Seu cão está agressivo? Pode ser dor. Qualquer alteração de comportamento e tratamento desse comportamento deve ser acompanhada por um médico veterinário para descartar a possibilidade de dor ou desconforto.

Novidades

Depois das palestras incríveis do Pet Comportamento, desci para a feira. Depois de mais de oito horas andando sem parar (ok, parei para um café), não consegui visitar metade dos stands. Era tanta coisa legal, que eu me perdi pelos corredores e produtos. Mas a melhor parte foram as conversas, explicações, aprendizados e encontros. Para dar um gostinho, separei alguns produtos, apesar da certeza de ter deixado muitos outros para trás.

Mordedor em pó

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Vergalho triturado é o ManjeriCão Foto: Luiza Cervenka

O ManjeriCão da Dipetti é o vergalho bovino em pó. Ideal para ser adicionado à ração, alimentação natural ou mesmo como petisco. A Aurora (minha cachorrinha) não tem dentes. Mas tem um olfato que compensa. Ela ama os mordedores, mas, obviamente, não consegue morder. Vou jogar o ManjeriCão em um tapete para ela cheirar, lamber e se deliciar. A marca também tem cascos, chifres e diversos outros tipos de mordedores naturais.

Areia biodegradável para gatos

Areia feita de milho e mandioca Foto: divulgação

Milho e mandioca são a base para a confecção da areia Viva Verde da Petfive. Não há adição de produtos químicos, minérios, aromatizadores ou qualquer outro item que agrida o meio ambiente. São três granulometrias de grão, desde o mais fino (que eu mais gosto), até um pouco mais grosso (mas nada que se assemelhe a pedrinhas). Eu sou bem chata para areia. Fiz inúmeras perguntas e testes (só falta testar com os meus gatos) e eu gostei muito do que vi e ouvi. A preocupação com o meio ambiente está nos detalhes. O copo em que me serviram água é reutilizável. A pazinha para pegar os torrões de xixi é feita de plástico reciclado. É um novo conceito como um todo, sempre focando no bem-estar dos gatos e na sustentabilidade.

Espuma de banho sem água

Mousse Skin Balance é uma das novidades da Soft Care Foto: Luiza Cervenka

Alguns cães não podem ou não gostam de tomar banho. Gatos não devem tomar banho. Os lencinhos umedecidos podem deixar resíduos nos pelos e facilitar dermatites. A solução é a mousse Skin Balance da Soft Care. Uma pequena quantidade espalhada no pelo do animal ajuda na limpeza e hidratação. Para a Aurora, o ideal é usar no máximo três vezes na semana (ela se estressa muito no banho. Por isso raramente vai ao pet shop). Já o Félix, meu gato idoso, que tem seborreia, pode usar todos os dias e depois ir espaçando até usar uma vez por semana. Não é aquele spray de banho a seco. É uma espuma de limpeza, que não deixa o pelo úmido.

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Cocô congelado

Koko Pet promete congelar o cocô dos cães Foto: Luiza Cervenka

Koko Pet: a ideia é sumir com o cocô. Quando o cãozinho fizer o número dois, basta borrifar um pouco do produto (parece aquelas espumas de carnaval) sobre as fezes e esperar duas horas. O dejeto vira uma farinha biodegradável, que será absorvida pelo solo. Mas se o pet se aliviar dentro de casa, você também pode usar o produto. O cocô ficará congelado, como se fosse uma capsula gelada, que pode ser pega na mão. Nada de saquinho, papel ou qualquer outro adicional para o lixo. Não tinha nenhum cocô na feira para testar. Mas estou louca para que o intestino da Aurora funcione!

Limpeza de gato

Produtos de higiene da CatMyPet. Foto: Luiza Cervenka

Gatos não devem tomar banho, mas se tomar, que seja rápido. Esse é a ideia do LowPooCat, o lançamento da CatMyPet. Da mesma linha, tem outros dois produtos que eu adorei: Tira Remela e Limpa Orelha. Quem tem gato de focinho curto sabe a dificuldade para achar um produto sem cheiro e que possa ser usado embaixo dos olhos dos gatos. Nem todos aqueles vendidos para cães servem para os felinos. Outro problema para os gateiros é a limpeza da orelha, principalmente quando tem sarna envolvida. O produto não mata o parasita, mas evita sua proliferação. Mas a marca não para por aí. São inúmeros itens desenvolvidos exclusivamente para os bichanos.

Chip e coleira com localizador

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Os microchips implantados nos animais eram usados exclusivamente para identificação, mas não para localização. Mas a Pupz mudou isso, trazendo uma tecnologia não só que localiza o pet (quando a leitura do chip for feita), como é possível entrar em contato com o tutor via aplicativo. Tudo isso para facilitar a comunicação, sem necessidade de troca de informações pessoais, como telefone ou endereço. O mesmo processo ocorre com os chips nas coleiras da marca. Basta uma leitura de QR code para iniciar um chat com o tutor, enviando automaticamente a localização do pet.

Abafa o som

Fones abafadores de som para cães Foto: Luiza Cervenka

Muitos cães são sensíveis a barulho. Seja fogos, trovão ou até quebra-quebra de reforma no vizinho. Pensando nisso, a DogPhones desenvolveu um abafador de som para cães e gatos. Como se fosse um fone de ouvido, o tutor coloca no cão, ajusta as tiras de velcho na cabeça. Eu tentei em mim, no meio do fervo da feira, gente gritando para tudo que era lado. Obviamente não acaba com o som, mas melhora muito o ruido, oferecendo mais conforto. Vai ser um grande aliado para as eleições, copa do mundo e festas de final de ano.

Foco no gato

Arranhador Bali Foto: Luiza Cervenka

É lindo ver mais marcas exclusivas para gatos, com novidades realmente inovadoras (é um ctrl+c ctrl+v, que eu nem te conto). A Gato Moderno é famosa pelos seus arranhadores de papelão craft. Mas alguns tutores chiavam com o valor. Para atender os gostos e bolsos dos gateiros, a marca lançou o arranhador Bali. Você destaca a capa de um lado, coloca para o gatinho arranhar. Quando já estiver gasto, basta virar o outro lado que terá um arranhador novinho. E para estimular o cognitivo do bichano, tem o Gatisco. Parece uma caixa de chá colorida, mas ao invés de sachês, você coloca petisco para o seu gato "caçar". Arranhar e caçar são comportamento naturais que devem ser atendidos adequadamente.

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Eu ficaria muitas horas mais desvendando as novidades do mercado pet. Mas precisei voltar para casa tomar banho. Nem tudo que é novo é bom. Borrifaram um perfume de cachorro em mim, que me deu uma crise alérgica dos infernos. Se isso aconteceu na pele humana, com um olfato pobre, imagina no cachorro com olfato muito mais sensível. É preciso ter cuidado com as propagandas e testar tudinho. É o bem-estar dos nossos peludos que está em jogo.

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