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Dicas e curiosidades sobre animais

Informações da internet podem piorar a vida dos pets

Buscar remédios e soluções na internet está cada vez mais comum. Mas você sabe os riscos de fazer isso? Os pets são as maiores vítimas das conhecidas "fake news".

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Por Luiza Cervenka
Atualização:

Aine/Creative Commons Foto: Estadão

Nem tudo que reluz é ouro! Cuidado com novidades e soluções "mágicas" que prometem resolver os problemas do seu pet.

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Ninguém pode negar que a internet, com suas mídias sociais, é uma ferramenta maravilhosa. Mas, por outro lado, também está cheia de armadilhas perigosas (e geralmente atraentes!). Isso está rotineiramente presente em nossas vidas considerando os mais diversos temas em que possamos pensar. Não é diferente quando tratamos de questões relacionadas aos nossos pets. Basta uma desatenção e lá estamos nós acreditando que quiabo cura cinomose.

Segundo a bióloga, doutora em zoologia, Caroline Marques Maia, atualmente vivemos em meio a uma onda generalizada de Fake News. "Até mesmo aqueles assuntos relacionados ao comportamento e bem-estar de nossos pets também estão sofrendo as consequências em meio a essa onda" aponta. Com a vida corrida,  temos pouco tempo para checar e nos aprofundar em determinados assuntos.

Segundo Caroline, é por isso que as pessoas são rapidamente induzidas por manchetes sensacionalistas ou, pior ainda, por notícias sem embasamento técnico ou científico, em meio a toda essa avalanche de informações que nos chega por meio das facilidades da internet. "Nesse contexto, é importante as pessoas terem em mente que antes de sair por aí acreditando nessas informações é preciso saber suas fontes. É preciso saber se tais informações são fruto de conhecimento novo construído de forma confiável pela ciência. E ainda, nesse caso, é preciso saber se a informação trazida pela reportagem/notícia realmente reflete aquilo que de fato está no artigo científico original em que tal reportagem/notícia se baseia" ressalta.

Não estou colocando todos os sites, blogs e canais do Youtube na mesma cesta (mesmo porque seria um tiro no pé). Existem inúmeras fontes de pesquisa online que super se preocupam com o embasamento técnico-científico da matéria. Mas, infelizmente, com a correria das redações, nem sempre há tempo hábil para que seja feita uma vasta pesquisa sobre cada assunto. Além do que, informações postadas há cinco anos, podem ter sofrido alteração com as pesquisas recentes, e deixam de ser a melhor solução para aquele tema.

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De qualquer forma, a pesquisa científica continua sendo de grande importância, como forma de abordar o mundo e testar hipóteses. Apesar de, muitas vezes, termos pouco acesso a seus resultados. A ciência continua se mostrando como uma ferramenta útil e confiável para testar ideias e avançar em nosso conhecimento, inclusive, em relação às soluções práticas para problemas na área de comportamento e bem-estar animal.

Internet Week New York/Creative Commons Foto: Estadão

Nem todos precisam ser cientistas para pensar como um. Basta ter uma mente curiosa, que busca o novo e que, mais do que isso, precisa de evidências concretas que sustentem ideias antes de aceitá-las como verdade absoluta. Acima de tudo, uma mente científica não se contenta com manchetes ou títulos. Uma mente científica busca se aprofundar no assunto e analisa-lo criticamente antes de aceitar e sair divulgando uma ideia específica, mesmo na nossa vida corrida e cheia de fórmulas mágicas rápidas.

Enquanto tutores, nossa responsabilidade é ainda maior. Dependendo das ações tomadas, em função daquilo que acreditamos ser melhor para resolver os problemas e/ou melhorar o bem-estar dos nossos pets, podemos inclusive piorar a qualidade de vida deles. Buscar uma medicação caseira, por exemplo, pode retardar o atendimento do médico veterinário e colocar em risco a saúde do animal. Usar spray ou coleira de choque para resolver um problema comportamental pode facilitar o medo ou agressividade, por exemplo.

mazaletel/Creative Commons Foto: Estadão

Resolver problemas de saúde e de comportamento requer tempo, dedicação, paciência e, sobretudo, orientação por profissionais qualificados. Dificilmente algum tutorial da internet vai resolver instantaneamente algum problema do peludo. Ainda mais se não compreendermos a motivação daquele comportamento.

Se sua intenção é buscar mais informações sobre um determinado comportamento ou doença que seu pet esteja apresentando, busque fontes confiáveis e/ou artigos científicos sobre o tema. E, por favor, não saia divulgando informações antes de checá-las, ainda mais sobre assuntos pet. Caroline aproveita para reforçar a importância de buscar ajuda profissional especializada para lidar com problemas de comportamento e bem-estar desses pequenos que tanto amamos. Lembre-se: a qualidade de vida dos nossos pets está em nossas mãos!

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