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Dicas e curiosidades sobre animais

Dicas para viajar com cachorro para os Estados Unidos

Com dicas simples, é possível viajar para os EUA tranquilamente acompanhado do seu animal de estimação.

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Por Luiza Cervenka
Atualização:

 Foto: Luiza Cervenka

Viajar com o cachorro é uma delícia. Agora imagine poder curtir as praias de Miami ao lado do peludo! Não só é possível como é super fácil. Desde que todos os passos e detalhes da viagem sejam programados com antecedência.

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Para ter certeza de todos os procedimentos, resolvi viajar com minha cachorrinha Aurora para Miami e Orlando. Agora que estou perita nesse assunto, posso passar tudinho para você. Então pegue o passaporte, o visto e aperte o cinto.

Passo 1: Vacinação

Comece a preparação com pelo menos 45 dias de antecedência. Isso porque a vacina contra raiva deve ser dada até, no mínimo, 30 dias e, no máximo, 12 meses, antes da viagem. Vacina com mais de 1 ano ou menos de 30 dias não será considerada. Também não são aceitas vacinas dadas em campanhas de vacinação. Somente aquelas feitas em consultório veterinário, com comprovante na carteirinha de vacinação.

Esse é outro detalhe, a carteirinha de vacinação precisa conter todos os dados do tutor, como nome, endereço, telefone, além dos dados da animal, como nome, data de nascimento, raça, etc. Também é super importante conter os dados do veterinário e da clínica onde foi aplicada a vacina.

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Para os Estados Unidos, não é necessária a vacina V8 ou V10, bem como a colocação de microchip.

 Foto: Luiza Cervenka

Passo 2: Adaptação à bolsa/caixa de transporte

Pelo menos 30 dias antes da viagem, comece a fazer a adaptação do cãozinho à caixa ou bolsa de transporte. Se por ventura ele já for acostumado, deixe a bolsa ao alcance dele, para ser usada como caminha ou casinha.

Pular esta etapa pode estressar muito o animal e colocar em risco o bem-estar dele durante a viagem. Por isso, se seu peludo tem dificuldade com a bolsa, comece o treino 60 dias antes da viagem.

O treino deve ser feito associando a bolsa a coisas que ele goste muito, como comida, brinquedo e passeio. No caso da Aurora, eu escondi pedaços de petisco dentro da bolsa, como um caminho de João e Maria. Assim, ele ia pegando os petiscos e entrava na bolsa sem perceber.

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Quando ela já estava aceitando entrar na bolsa, coloquei o pote de comida no fundo a bolsa. Por quinze dias ela fez todas as refeições ali dentro. Enquanto ela comia, eu fechava a bolsa rapidamente e abria, para que ela pudesse ter a sensação das bordas da bolsa tocando nela e associasse a algo legal.

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Quando ela já estava bem acostumada, comecei a fazer o treino de target. Apontava para a bolsa, ela entrava e era recompensada com um petisco delicioso. Em um segundo momento, quando ela já havia entendido esse comando, pedia para ela permanecer na bolsa (com ela ainda aberta). Quando mais tempo ela ficava, mais era recompensada. Após, pedia para ela ficar, fechava a bolsa com calma e abria novamente. Todo acerto e comportamento desejado era recompensado com um petisco bem gostoso.

Para facilitar a adaptação, utilizei um feromônio chamado Adaptil. Um dia, sem esperar, acordei e a Aurora havia preferido dormir na bolsa de trasporte, ao invés da própria caminha.

 Foto: Luiza Cervenka

Passo 3: Vermífugo e antipulgas

Entre 5 e 15 dias antes da viagem, o cachorro deve utilizar um antiparasitário interno contra vermes chatos e redondos e um antiparasitário externo contra pulgas e carrapatos. Você deve saber o nome, o laboratório e o princípio ativo da medicação dada. Muita atenção nessa fase! Não são todos os vermífugos que atendem a essas exigências e nem todos os antipulgas. Toda medicação deve ser prescrita pelo médico veterinário.

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Passo 4: Atestado de Saúde

Cinco dias antes da viagem, você deve ir ao médico veterinário para que seu peludo seja examinado. Assim, poderá ser emitido o atestado de saúde. Foi nessa etapa que eu errei. Fui à clínica Zoopet, em Campinas. Lá, a médica veterinária Priscila Vischi fez um laudo com todas as informações solicitadas pelo Ministério da Agricutura. Porém, não foi aceito. Isso porque agora há um modelo específico a ser preenchido pelo médico veterinário, assinado e carimbado. O modelo pode ser encontrado neste link.

Passo 5: Emissão do Certificado Sanitário Internacional

Com toda documentação em mãos, você pode dar início ao processo de emissão do CVI (Certificado Sanitário Internacional) online. Só pode ser feito online para cães e gatos a caminho dos EUA. Para qualquer outro país, você deve entrar em contato com a Vigiagro do aeroporto e agendar um horário.

Para iniciar o processo, clique neste link. Você deve se cadastrar no site e seguir todas as instruções.

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Não deixe para fazer isso em cima da hora. Normalmente há informações ou preenchimento errados que devem ser consertados. Todas as informações sobre o andamento do processo será enviado no seu e-mail. Não é um processo de morado, mas deve ser feito com calma e cuidado. Qualquer informações colocada diferente do atestado de saúde ou carteira de vacinação poderá impedir a emissão do CVI.

Passo 6: Viagem

No dia da viagem, passeie bastante com seu peludo. Não dê nenhum tipo de calmante ou medicação que deixe-o inconsciente. No caso de dúvidas, converse com o médico veterinário.

Sobre alimentação, sugiro oferecer a última refeição umas duas ou três horas antes do embarque. Assim, ele terá tempo de defecar e não ficará apertado durante a viagem. Em relação à água, você pode oferecer a vontade até duas horas antes da viagem. Após, ofereça em pequenas quantidades. Não se esqueça de levar para uma última voltinha minutos antes do embarque.

Não esqueça de levar o Atestado de Saúde, o CVI e a carteirinha de vacinação (tudo original!).

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Se seu peludo for na cabine com você, leve brinquedos e petiscos para oferecer ao longo do voo. Se ele for despachado, você pode deixar um mordedor que ele goste muito.

Cão de suporte emocional

É bastante comum algumas pessoas transformarem seus cães em suporte emocional. Assim, eles podem ir na cabine, independentemente do tamanho e sem pagar a taxa de embarque de animai. Todavia, essa prática pode colocar em risco a saúde e bem-estar do animal.

Um cão de suporte emocional deve ser treinado e dessensibilizado para as principais atividades as quais será submetido. Se o animal tiver algum tipo de medo de barulho, poderá ficar extremamente incomodado com o barulho do avião. Principalmente na decolagem e pouso da aeronave.

Muitas pessoas perguntaram se eu transformaria a Aurora em suporte emocional. Além de eu não depender emocionalmente dela, não achei certo fazer isso, já que ela não foi treinada ou dessensibilizada para tal. Apesar de ter ficado muito bem ao longo de todo o voo.

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Viajar acompanhado do pet é uma delícia, sem dúvidas. Mas não devemos colocar o bem-estar deles em risco, só para satisfazer uma necessidade nossa. Cada caso deve ser analisado para garantir que todo processo corra bem.

Quer saber todos os detalhes da preparação e da viagem com a Aurora? Me siga no Instagram: @luizacervenka

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