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Dicas e curiosidades sobre animais

Cão salva família de incêndio em São Paulo

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Foto do author Luiza  Cervenka
Por Luiza Cervenka
Atualização:

ma.cherie/Creative Commons Foto: Estadão

O mês de maio iniciou com um dos piores incêndios já visto em São Paulo. No edifício localizado no largo do Paiçandú, em São Paulo, moravam tutores com seus pets. Como será que eles reagiram? Uma história chamou atenção. Um cão salvou toda uma família.

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Quando há um incêndio, costumamos ver cães auxiliando na busca por vítimas ou sobreviventes. Esses são são cães de trabalho. São treinados para salvar vidas e agilizar o resgate. Mas pouco se fala dos animais, sem treinamento algum, que estavam no prédio ou casa incendiado.

O que se sabe sobre o incêndio

No caso do Edifício Wilton Paes de Almeida, de 24 andares, o grande herói (pelo menos para uma família) foi o cãozinho, sem raça definida, Bernardo. Ao perceber a movimentação de pessoas, o animal começou a se agitar e latir. A família, que estava dormindo, levantou para ver o que estava acontecendo. Ao olhar pela janela, viu as labaredas subindo. Foi o tempo de pegar o cãozinho e descer correndo, antes do desabamento.

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FOTO AMANDA PEROBELLI/ESTADAO Foto: Estadão

Moradores de andares mais baixos tiveram mais chances de resgatar seus peludos. O carroceiro João de Jesus Santos estava fora do prédio, quando começou o incêndio. Foi o tempo de subir para salvar seus filhos e a cadelinha Mel.

Mas, infelizmente, nem todos os casos tem final feliz. Uma moradora do nono andar percebeu o fogo tarde demais. Não conseguiu salvar sua gatinha e os filhotes, que tinham acabado de nascer. Ainda muito abalada, a moradora, que prefere não se identificar, conta que a cachorrinha tentou acompanhá-la, mas se perdeu no meio do incêndio. "Eu perdi todas as minhas coisas, mas o que mais me dói é não ter conseguido salvar meus bichinhos" lamenta.

Famílias abandonam animais durante incêndio

Ainda não se sabe quantos animais ficaram no prédio, quantos morreram e quantos se perderam. Mas os poucos que conseguiram sobreviver, ainda passam por um grande choque emocional. Ainda com medo, muitos cães não saem de perto de seus tutores. Mesmo no meio da rua, aguardando uma nova moradia, os cães defendem o que restou: o amor por seus tutores, e vice-versa.

Experiência própria

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BarkATL/Creative Commons Foto: Estadão

Na minha adolescência, tive uma poodle. Sem entender nada sobre o comportamento dos cães, achava que ela latia por qualquer coisa. Chamávamos a Natalie de fofoqueira. Bastava alguém chegar em casa ou passar pela porta, que lá ia ela latir.

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Uma noite, enquanto minha mãe e eu dormíamos, a Natalie saiu do quarto. Muito angustiada, começou a latir. Era um latido forte e diferente. Mesmo assim, não dei atenção. Fechei a porta do meu quarto e voltei a dormir. Mas o latido não cessava.

Incomodada, voltei à porta da casa. Sem arredar o pé, a Natalie mantinha sua posição de sentinela. Começou a raspar a porta e olhar para mim. Foi, então, que resolvi olhar pelo olho mágico. Pessoas de pijamas estavam correndo pelos corredores. O apartamento ao lado do meu estava pegando fogo.

No mesmo momento, chamei minha mãe, pegamos a Natalie e descemos correndo pelas escadas. Não houve grandes consequências. O fogo foi apagado logo e não chegou ao meu apartamento. Mas se não fosse a insistência da Natalie, talvez não tivéssemos saído de lá.

Cães de alarde

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Kat & Dog/Creative Commons Foto: Estadão

Muitas pessoas acreditam que o latido do cão tem a mesma função da nossa fala. E, para se comunicarem, emitem o som do latido. Na verdade, é muito custoso para o cão latir. Além de exigir muito fisicamente, é o último recurso de comunicação que ele possui. Antes, ele tenta utilizar outros, como movimentos de orelha, língua, corpo, patas e até por odor. Quando não compreendemos qualquer uma dessas comunicações, eles latem.

Cada latido pode ter um significado diferente. O emitido pelo Bernardo, por exemplo, era totalmente diferente do que ele costumava emitir. Seu tutor comenta que parecia um grito, como se quisesse avisar sobre algo muito grave.

Mas há aqueles latidos comuns, utilizados para pedir um biscoito ou para sair para passear.

Além de entender cada um dos latidos do seu cão, é importante prestar atenção nas outras formas de comunicação dele.

Basta enfiar o focinho embaixo da sua mão, que ele ganha um delicioso carinho. Ou olhar com carinha pidona, para ganhar um agrado na mesa do jantar. Cada cachorro aprende como se comunicar com seus tutores.

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Por isso, a partir de hoje, não brigue mais com seu cão, quando ele latir. Tente entender qual a necessidade dele. Observe quais outros sinais ele apresenta antes de começar a latir.

Latidos em excesso podem significar problemas fisiológicos ou comportamentais. Se esse for seu caso, busque o médico veterinário.

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