Foto do(a) blog

Uma alimentação consciente no paraíso da comilança

Covid-19: previna as crises asmáticas, exclua o leite de vaca da dieta

PUBLICIDADE

Por Juliana Carreiro
Atualização:

 

É fato que algumas doenças preexistentes podem agravar o quadro da Covid-19, a asma é uma delas. O que pouco se sabe é que há maneiras de evitar as crises asmáticas e, indiretamente, se proteger contra este possível agravamento. Mais uma vez, o segredo está na prevenção, em focar os esforços na causa do transtorno e fazer o possível para modificá-la. O consumo frequente do leite de vaca e de seus derivados está comprovadamente relacionado com o aumento do processo inflamatório nos brônquios e com o aumento da formação de muco. Os efeitos nocivos desse alimento sobre a saúde geral do organismo já foram abordados em outros posts deste blog, mas vou retomar as informações mais importantes. 

 

PUBLICIDADE

De acordo com a nutricionista, Denise Madi Carreiro, autora do livro Alergia, Hipersensibilidade e Intolerância Alimentar: "O alimento produzido pela vaca é feito para os animais da sua própria espécie, que possuem todas as condições necessárias para o seu aproveitamento. Os seres humanos não têm a quantidade de enzimas suficiente para 'quebrar' todas as proteínas presentes nos laticínios, que possibilitaria a sua correta absorção e utilização. O acúmulo dessas proteínas mal digeridas pode gerar processos inflamatórios que irão resultar em diversos sintomas adversos no organismo. Assim como toda proteína mal digerida, as do leite de vaca servem de alimento para fungos e más bactérias, que alteram a microbiota intestinal; prejudicando a permeabilidade do órgão; favorecendo a absorção de substâncias indesejadas e a má absorção de vitaminas e minerais e desestabilizando o sistema imunológico como um todo", explica. 

 

É difícil associar este consumo às suas consequências pois elas não aparecem logo após a ingestão do alimento e porque atingem órgãos muito diferentes, que variam de pessoa para pessoa, de acordo com as predisposições genéticas. Quando a inflamação se instala no sistema respiratório pode causar rinite, bronquite, sinusite ou asma. Também pode afetar o sistema nervoso central, gerando ansiedade, irritabilidade e depressão ou a pele, causando dermatite, entre muitos outros exemplos. Quase sempre os sintomas são tratados separadamente por profissionais das áreas específicas. Dessa forma, podem ser amenizados, mas, como a causa continua agindo no organismo, pode voltar a aparecer ou pode se manifestar em outro órgão. 

 

A intensidade das reações é definida, entre outros fatores, pelo estado do intestino e, consequentemente, do sistema imunológico. Uma pessoa cuja alimentação se baseia em cereais, leguminosas, frutas, verduras e legumes e que praticamente não consome ultraprocessados, certamente estará mais fortalecida para lidar com os efeitos nocivos do leite de vaca ou de qualquer outro agressor. Segundo a nutricionista: "É importante fazer algumas mudanças na rotina alimentar para fortalecer o organismo e aumentar a sua capacidade para tolerar ou combater agressores, como o novo coronavírus. "Quando retiramos totalmente o leite de vaca dos pacientes por um mês, já é possível notar muitas melhorias no organismo, como  a diminuição, parcial ou total, dos casos de crises respiratórias, principalmente se ele adotar um estilo alimentar baseado no consumo regular e adequado de frutas, legumes e verduras. Depois do primeiro mês, o ideal é que o alimento volte a ser consumido com uma frequência menor, por exemplo, uma vez a cada três ou quatro dias. Normalmente a pessoa passa a identificar os seus efeitos logo após o consumo e escolhe diminuir bastante o contato com ele e com os seus derivados", conclui Denise Madi Carreiro. 

 

Quem estiver disposto a fazer o teste pode substituí-lo por leites vegetais, feitos de arroz, aveia, inhame, castanhas, coco ou amêndoas, entre outros, que já estão disponíveis em muitos supermercados do País ou que podem ser feitos em casa. Também há versões de iogurte, queijos e chocolates feitos com leite vegetal. Os produtos 'sem lactose' não são uma opção para substituir os originais. Eles poderão amenizar apenas os sintomas relacionados à intolerância à lactose, que é o açúcar do leite, que normalmente causa desconfortos intestinais, mas mantém as proteínas na sua composição. Essas mesmas pessoas também costumam ter problemas para digerir as proteínas do leite e, nesse caso, estes produtos sem lactose não trarão nenhum benefício.

Publicidade

 

Após a publicação deste post, a  Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) e a  Associação Brasileira dos Produtores de leite (Abraleite)enviaram as seguintes notas contestando as informações aqui apresentadas:

"A Medicina Baseada em Evidências constitui a única fonte fidedigna capaz de conduzir diretrizes e protocolos de condutas. Informações obtidas a partir de opiniões de "experts", casos clínicos isolados ou de baixa amostragem são vastos e não implicam conhecimento reprodutível. A exclusão do leite de vaca como prevenção de crises de asma em pacientes infectados pelo Covid-19 é uma informação leviana, imprudente, irresponsável, completamente contradita pelas evidências científicas consagradas. Esclarecemos que a alergia ao leite de vaca é uma doença de múltiplos espectros clínicos, mas não há evidências de que a asma, como sintoma isolado, seja uma das formas de manifestação. Salientamos também que o diagnóstico de alergias ou intolerâncias deve ser estabelecido por médicos, que apresentam capacidade técnica e discernimento para avaliar individualmente cada caso. E que a exclusão de qualquer alimento como forma de prevenção é prática completamente contraindicada sob qualquer premissa, acarretando inclusive riscos de reações alérgicas graves no momento de sua reintrodução."

  Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI)

Publicidade

"Muco respiratório? A culpa não é do leite! Existe uma crença entre algumas pessoas de que o consumo de leite ou produtos lácteos aumenta a produção de muco no sistema respiratório. E, por isso, essas pessoas reduzem o consumo ou deixam de consumir leite. Mas, várias pesquisas publicadas não mostram qualquer associação entre consumo de leite e aumento da produção de secreção nasal. Um desses estudos, desenvolvido na Austrália e publicado no "Journal of American College of Nutrition", um dos mais importantes periódicos da área de nutrição humana, mostrou que é a crença que faz com que as pessoas relatem aumento na ocorrência de sintomas respiratórios após o consumo de leite. Para o desenvolvimento da pesquisa, os voluntários foram inoculados com o vírus da gripe, e aqueles que afirmavam que o leite aumentava a ocorrência dos sintomas relataram entupimento nasal, coriza, presença de secreção na garganta, dentre outros, logo após consumirem leite. Mas, o resultado mais interessante é que elas relataram os mesmos sintomas ao tomar uma bebida à base de soja, com sabor idêntico ao do leite, mostrando que é a percepção (não o consumo em si) do consumo do leite que desencadeia os sintomas descritos por aqueles que creem que os lácteos são responsáveis por aumentar seus problemas respiratórios. Segundo os autores, também não houve nenhum tipo de associação entre o consumo de leite e a exacerbação dos quadros de bronquite asmática, uma inflamação crônica do trato respiratório inferior."

Por Flávia Fontes, Médica Veterinária, DSc. Ciência Animal, Vice-diretora científica da Abraleite,

idealizadora do Movimento #bebamaisleite

Associação Brasileira dos Produtores de leite (Abraleite)

O objetivo do meu trabalho é garantir ao leitor o direito a informações isentas e seguras sobre comportamento alimentar. Em primeiro lugar, é importante ressaltar que em nenhum momento o post utilizou o termo 'alergia', pois tratava de processos inflamatórios gerados por hipersensibilidade alimentar, que deve ser diagnosticada e tratada por profissionais da nutrição. O texto pode ter dado margem a uma interpretação errônea sobre uma associação entre o leite de vaca, o sistema imunológico e uma possível proteção imediata contra os efeitos do novo coronavírus, mas não cita os pacientes já infectados por ele. As dicas se referem à prevenção das crises asmáticas, antes que a Covid-19 seja contraída, para que se evite um possível agravamento do quadro. Ao informar a minha fonte, a nutricionista Dra. Denise Carreiro, sobre o confronto das informações prestadas, recebi a seguinte resposta: "Considero que os parâmetros que definem a medicina baseada em evidência são extremamente necessários para avaliação e validação da eficácia do uso de drogas e medicamentos, porém tal metodologia não tem a abrangência necessária para avaliar todas as ações, interações, benefícios e malefícios das substâncias presentes nos alimentos, muitas delas que ainda estão sendo estudadas pela ciência da nutrição, principalmente ao se considerar a sua individualidade bioquímica. Concordo que existem estudos científicos que demonstram não haver correlação entre o consumo de leite de vaca e os distúrbios respiratórios, mas também há aqueles que comprovam a correlação da disbiose intestinal e dos desequilíbrios dessa microbiota com a microbiota pulmonar. A ciência existe para isso, para apresentar estudos, mesmo que contraditórios, que, uma vez isentos de qualquer outro interesse, sempre serão respeitados. Hipersensibilidades alimentares provocadas pela ação dos anticorpos IgM, IgG e Sistema Complemento, ou seja mecanismo de hipersensibilidade tipo III de Gell e Combs,são reconhecidas pela ciência deste a década de 70 e demonstram processos imunológicos de reação tardia que levam a processos inflamatórios crônicos de baixa intensidade, podendo afetar diversos órgãos de acordo com a predisposição genética, sendo que os principais fatores associados à esses processos são os erros de comportamento alimentar atual". Bibliografias consultadas
  • ABBAS, A. K. ; LICHTMAN, A. H. ; PILLAI, S. Imunologia celular e molecular. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
  • Acuto, O., Bartolo, V. D., Michel, F. Tailoring T-cell receptor signals by proximal negative feedback mechanisms. Nature Reviews Immunology. 2008; 8:699-712.
  • Ali, M., Ramanarayanan, M.P., Nalebuff, D.J., Fadal, R.G. and Willoughby, J.W., Serum Concentrations of Allergen-specific IgG Antibodies in Inhalant Allergy: Effect of Specific Immunotherapy. American Society of Clinical Pathologists, 0002 -9173/83/0900/0290,1982.
  • All, M., et al. Serum concenteration of allergy specific IgG antibodies in inhalant allergy. Effects of specific immunotherapy. J Clin. Pathol., 80, 290, 1983.
  • Asero R, Tedeschi A, Lorini M. Autoreactivity is highly prevalent in patients with multiple intolerances to NSAID. Ann Allergy Asthma Immunol 2002;88:468-72.
  • Back, S.A., Lee, W.Y., Remigio, L.K. and May, C.C. Studies of hypersensitity reactions to foods in infants and children. J.Clin. Allergy Immunol., 62,3237,1978
  • Belkaid, Y., Hand, T. W. Role of the microbiota in immunity and inflammation. Cell. 2014;157:121-141.
  • Bilate, A. M., Lafaille, J. J. Induced CD4+Foxp3+ regulatory T cells in immune tolerance. Annual Review of Immunology. 2012; 30:733-758.
  • Bock SA. AAAAI support of the EAACI Position Paper on IgG4. J Allergy Clin Immunol 2010;125:1410.
  • Bock, S. A critical evaluation of clinical trials in adverse reactions to foods in children, Allergy Clin. Immunol. July 1986.
  • Boyce JA, Assa'ad A, Burks AW, et al. Guidelines for the diagnosis and management of food allergy in the United States: summary of the NIAID-sponsored expert panel report. J Allergy Clin Immunol 2010;126:1105-18.
  • Boyce JA, Assa'ad A, Burks AW, et al; NIAID-Sponsored Expert Panel. Guidelines for the diagnosis and management of food allergy in the United States: summary of the NIAID-sponsored expert panel report. J Allergy Clin Immunol. 2010;126(6):1105-1118. doi:10.1016/ j.jaci. 2010.10.008.
  • Branum AM, Lukacs SL. Food allergy among children in the United States. Pediatrics. 2009;124(6):1549-1555. doi:10.1542/peds.2009-1210
  • Carreiro, D. Alimentação Problema e Solução para doenças crônicas não Transmissíveis, Denise Carreiro, São Paulo, 2016.
  • Carreiro, D. Alergia,hipersensibilidade e intolerância alimentar, Denise Carreiro, São Paulo, 2019.
 
  • Castellino, F., Germain, R. N. Cooperation between CD4+ and CD8+ T cells: when, where, and how. Annual Review of Immunology. 2006; 24:519-540.
  • Granucci F, Zanoni I, Ricciardi-Castagnoli P. Central role of dendritic cells in the regulation and deregulation of immune responses. Cell Mol Life Sci 2008; 65:1683-97.
  • Hartwig, M. Mazzega, H. Constabel et al., "Fc? receptor mediated antigen uptake by lung DC contributes to allergic airway hyper-responsiveness and inflammation," European Journal of Immunology, vol. 40, no. 5, pp. 1284-1295, 2010.
  • Kyewski, B., Klein, L. A central role for central tolerance. Annual Review of Immunology. 2006; 24:571-606.
  • Lambrecht, B. N., Hammad, H. Lung dendritic cells in respiratory viral infection and asthma: from protection to immunopathology. Annual Reviews of Immunology. 2012; 30:243-270.
  • Lamkanfi, M., Dixit, V. M. Inflammasomes and their roles in health and disease. Annual Review of Cell and Developmental Biology. 2012; 28:137-161.
  • Lopez de Padilla CM, Niewold TB. The type I interferons: Basic concepts and clinical relevance in immune-mediated inflammatory diseases. Gene. 2016;576:14-21.
  • Masopust, D., Schenkel, J. M. The integration of T cell migration, differentiation and function. Nature Reviews Immunology. 2013; 13:309-320.
  • Mathis, D., Benoist, C. Microbiota and autoimmune disease: the hosted self. Cell Host Microbes. 2011; 10:297-301.
  • May, C. D., Objective clinical and laboratory studies of immediate hypersensitivity reacions to foods in asthmatic children, J Alergy Clin. Imunol.,58, No 4, pp, 500-515, 1976.
  • Maynard, C. L., Elson, C. O., Hatton, R. D., Weaver, C. T. Reciprocal interactions of the intestinal microbiota and immune system. Nature. 2012; 489:231-241.
  • Maynard, C. L., Weaver, C. T. Intestinal effector T cells in health and disease. Immunity. 2009; 31:389-400.
  • McGowan EC, Keet CA. Prevalence of self-reported food allergy in the National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES) 2007-2010. J Allergy Clin Immunol. 2013;132(5):1216-1219.e5. doi:10.1016/j.jaci. 2013.07.018
  • Milk protein IgG and IgA: the association with milk-induced gastrointestinal symptoms in adults. Anthoni S, Savilahti E, Rautelin H, Kolho KL. World J Gastroenterol. 2009 Oct 21;15(39):4915-8.PMID: 19842221.
  • Mueller, D. L. Mechanisms maintaining peripheral tolerance. Nature Immunology. 2010; 11:21-27.
  • Natale M, Bisson C, Monti G, et al. Cow's milk allergens identification by two-dimensional immunoblotting and mass spectrometry. Mol Nutr Food Res 2004;48:363-9.
  • Neto JV, de Melo CM, Ribeiro SM. Effects of three-month intake of symbiotic on inflammation and body composition in the elderly: a pilot study. Nutrients 2013;5:1276e86.
  • O'Connell, R. M., Rao, D. S., Baltimore, D. microRNA regulation of inflammatory responses. Annual Review of i\Immunology. 2012; 30:295-312.
  • D. Mehlhop, M. Van De Rijn, A. B. Goldberg et al., "Allergen-induced bronchial hyperreactivity and eosinophilic inflammation occur in the absence of IgE in a mouse model of asthma," Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, vol. 94, no. 4, pp. 1344-1349, 1997.
  • Bruhns, "Properties of mouse and human IgG receptors and their contribution to disease models," Blood, vol. 119, no. 24,pp. 5640-5649, 2012.
  • Garred, T. E. Michaelsen, and A. Aase, "The IgG subclass pattern of complement activation depends on epitope density and antibody and complement concentration," Scandinavian Journal of Immunology, vol. 30, no. 3, pp. 379-382, 1989.
  • Jeannin, S. Lecoanet, Y. Delneste, J. F. Gauchat, and J. Y. Bonnefoy, "IgE versus IgG4 production can be differentially regulated by IL-10," Journal of Immunology, vol. 160, no. 7, pp. 3555-3561, 1998.
  • Pastorello, E.A., Stocchi, L., Pravettoni, V., Bigi, A., Schilke, M.L., Incorvaia, C. and Zanusi, C., Role of the elimination diet in adults with food allergy, J Allergy Clin. Immunol, 84, 475-83 1989.
  • Platanias LC. Mechanisms of type-I- and type-II-interferon-mediated signalling. Nature Reviews Immunology. 2005;5:375-386.
  • Pradez, G.M.F. Avanços no diagnostico e tratamento das alergias, Soc. PróAlérgico, Rio de Janeiro, 1996.
  • Hamid and M. Tulic, "Immunobiology of asthma," Annual Review of Physiology, vol. 71, pp. 489-507, 2009.
  • C. Aalberse, "Specific IgE and IgG responses in atopic versus nonatopic subjects," American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine, vol. 162, no. 3, pp. S124-S127, 2000.
  • Ricklin, D., Lambris, J. D. Complement in immune and inflammatory disorders. Journal of Immunology. 2013; 190:3831-3838.
  • G. Johansson and J. Lundahl, "Asthma, atopy, and IgE: what is the link?" Current Allergy and Asthma Reports, vol. 1, no. 2, pp. 89-90, 2001.
  • Lau, S. Illi, T. A. E. Platts-Mills et al., "Longitudinal study on the relationship between cat allergen and endotoxin exposure, sensitization, cat-specific IgG and development of asthma in childhood--report of the German Multicentre Allergy Study (MAS 90)," Allergy, vol. 60, no. 6, pp. 766-773, 2005.
  • M. Canfield and S. L. Morrison, "The binding affinity of human IgG for its high affinity Fc receptor is determined by multiple amino acids in the CH2 domain and is modulated by the hinge region," Journal of Experimental Medicine, vol. 173, no. 6, pp. 1483-1491, 1991.
  • T. Holgate, "Innate and adaptive immune responses in asthma," Nature Medicine, vol. 18, pp. 673-683, 2012.
  • Savage J, SichererS,Wood R. The natural history of food allergy. J Allergy Clin Immunol Pract. 2016;4(2): 196-203. doi:10.1016/j.jaip.2015.11.024.
  • Sicherer SH, Sampson HA. Food allergy: epidemiology, pathogenesis, diagnosis, and treatment. J Allergy ClinImmunol. 2014;133(2):291-307. doi:10.1016 /j.jaci. 2013.11.020.
  • Singer, A., Adoro, S., Park, J. H. Lineage fate and intense debate: myths, models and mechanisms of CD4 versus CD8 lineage choice. Nature Reviews Immunology. 2008; 8:788-801.
  • Stapel SO, Asero R, Ballmer-Weber BK, et al. Testing for IgG4 against foods is not recommended as a diagnostic tool: EAACI Task Force Report. Allergy 2008;63:793-6. 10. King RM, Knibb RC, Hourihane JO. Impact of peanut allergy on quality of life, stress and anxiety in the family. Allergy 2009; 64:461-8.
  • Stavnezer, J., Guikema, J. E., Schrader, C. E. Mechanism and regulation of class switch recombination. Annual Review of Immunology. 2008; 26:261-292.
  • A. E. Platts-Mills, M. D. Chapman, and D. G. Marsh,"Human immunoglobulin E and immunoglobulin G antibody responses to the "minor" ragweed allergen Ra3: correlation with skin tests and comparison with other allergens," Journal of Allergy and Clinical Immunology, vol. 67, no. 2, pp. 129-134, 1981.
  • Platts-Mills, J. Vaughan, S. Squillace, J. Woodfolk, and R. Sporik, "Sensitisation, asthma, and a modified Th2 response in children exposed to cat allergen: a population-based crosssectional study," Lancet, vol. 357, no. 9258, pp. 752-756, 2001.
  • Tomicic S, Norrman G, Fälth-Magnusson K, et al. High levels of IgG4 antibodies to foods during infancy are associated with tolerance to corresponding foods later in life. Pediatr Allergy Immunol 2009;20:35-41.
  • Wing, K., Sakaguchi, S. Regulatory T cells exert checks and balances on self tolerance and autoimmunity. Nature Immunology. 2010; 11:7-13.
 

Publicidade

 

 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.