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Uma alimentação consciente no paraíso da comilança

A nova geração da ovelha negra

Sempre fui a ovelha negra da escola e das rodas de amigos, desde bem pequena até à pós-graduação, esse "título" me acompanhou. Por que? Muito simples, porque sempre me alimentei bem. Sou filha de uma nutricionista, que se esforçou para criar hábitos saudáveis dentro e fora de casa. Funcionou. Fruta na lancheira? Não vai tomar refrigerante? Vai comer comida ao invés de sanduíche, pizza, coxinha, pastel? Sim, vou comer comida, vou comer fruta, vou comer salada e hoje vou além, não, não vou consumir leite de vaca, nem açúcar e nem glúten. O que hoje pode parecer um modismo fútil, passageiro e mal embasado, já me acompanha há quase vinte anos - nos próximos posts vou trazer mais dados e explicações sobre os malefícios desses alimentos.

Por Juliana Carreiro
Atualização:

Estou acostumada com esse estilo de alimentação, mas sei que a vida social pode ser abalada por tantas restrições. A comida é parte importante da cultura de qualquer sociedade e da nossa, em especial. Começamos a misturar as necessidades de nutrientes e de conforto desde a amamentação e essa confusão pode nos acompanhar pelo resto da vida.

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Comemos para superar uma dor, para comemorar, para confraternizar... E se nos recusamos a comer algo oferecido e feito para nós, essa recusa pode soar como uma grande ofensa.

Já passei por situações desse tipo inúmeras vezes, mas isso não me faz voltar atrás nas minhas escolhas, até porque é uma questão de saúde, me sinto muito melhor assim. Desde que me afastei dos pratos feitos com esses ingredientes, também fiquei mais distante de problemas como crises de hipoglicemia, com desmaios constantes, cansaço excessivo e sem explicação e inflamações no ouvido e na garganta, entre muitos outros.

Há mais de dois anos me casei e mudei de casa, e o leite de vaca, o açúcar e a farinha de trigo, por exemplo, nunca entraram no novo endereço. Mesmo assim faço o possível para manter uma alimentação gostosa, afetiva e aconchegante, como são normalmente os pratos com uma boa dose de açúcar. Faço por mim e pelo meu filho, que com quase dois anos de idade ainda não foi apresentado ao açúcar, ao refrigerante, aos salgadinhos com lindas embalagens e nenhum nutriente, às bolachas recheadas com bastante gordura trans... Mas ele já comeu muitos bolinhos feitos pela mamãe ovelha negra, de cenoura, de chocolate, de maçã, de banana...

Tomo muito cuidado com a alimentação dele, pois sei que ela será determinante para a sua saúde hoje e sempre. E os resultados já aparecem. Até agora, ele nunca tomou nenhum antibiótico e nunca teve nada além de viroses passageiras ou febres que acompanham o nascimento de um dente. Nunca foi para o hospital, para o pronto socorro, nem passou noites em claro, chorando de cólica. Ele é um menino muito feliz e, se eu tiver que transformá-lo na próxima ovelha negra da escola, para preservar essa alegria, esse bom desenvolvimento e essa saúde de ferro, que assim seja.

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