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Direitos da criança e do adolescente

Escolas devem colaborar para a prevenção da exploração sexual

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Por Redação
Atualização:
Crédito: Istock  Foto: Estadão

Em 2015, a Câmara Municipal de São Paul aprovou o Plano Municipal de Educação, eliminando do texto referências à palavra gênero e trechos da Lei Orgânica do Município e do Plano Nacional de Direitos Humanos, que garantiam igualdade de gênero no Ensino Fundamental.

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Na época, a decisão ganhou grande repercussão na mídia. Entre os atores da rede de proteção de direitos, sempre foi sabido da importância da participação da escola nos debates referentes a gênero. Hoje, dia 18 de maio, Dia Nacional do Combate ao Abuso e à Exploração Sexual, é necessário retomar este assunto.

De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, divulgadas em reportagem do UOL, dos 2.667 casos de estupro registrados até março no estado, dois terços foram de vulneráveis, o equivalente a 1.794 pessoas.

A violência é ainda maior nos bairros com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Ainda de acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o Capão Redondo, por exemplo, lidera os índices, com 19 boletins de ocorrência indicando estupro de vulnerável, em 2016 - contra 0,961, em Moema. Capão apresenta o 17º pior IDH da cidade.

Além da importância da garantia do atendimento das vítimas, é imprescindível investir na prevenção, a partir da conscientização das crianças, adolescentes e famílias.

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Os pequenos precisam ter acesso à informação e, no começo de tudo, serem orientados a respeito da diferença entre carinho e abuso sexual. Não dá para esperarmos o problema bater nas portas dos centros de apoio à mulher.

As escolas precisam se envolver neste debate. O problema é que estamos constituindo escolas conservadoras, focadas apenas no desenvolvimento cognitivo dos alunos (ou nem isso). É preciso olhar nossas crianças e adolescentes de forma integral e levar esses temas de extrema importância para dentro da sala de aula, assim como a causa LGBT e racismo.

Neste dia 18 e em todos os outros, diga não à exploração sexual!

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