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Luminárias fashion

Ao entrar na Dominici da Gabriel e deparar com as luminárias da coleção Dress To Impress, impossível não fazer certa relação com as passarelas do mundo fashion. A idéia é essa mesma. Para os primeiros lançamentos de 2009 da marca, a designer e diretora de criação Baba Vacaro projetou três modelos que exploram a geometria da modelagem de moda. "A busca pela desconstrução envolve experimentar novas formas, técnicas e materiais", comenta ela, ao citar a interseção entre moda e design. Femininas, as peças têm, apropriadamente, nomes de mulher. O tingimento natural dos tecidos de algodão liso ressalta as tais geometrias e, ao mesmo tempo, foge das estampas, capazes de cansar até mesmo fashionistas.

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Por Redação
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 Foto: Estadão

Charlotte é a primeira, um difusor em tecido de algodão construído a partir de gomos que são costurados como em saias. "Eles são estruturados com processo de dublagem com termofilme de copoliamida", explica Baba. Há dois tamanhos disponíveis, a partir de R$ 1.065, que se adaptam bem à função de pendentes. Para ser usada em pendente, abajur ou luminária de chão, a Babette vem em dois tamanhos de saia balonê - godê franzido e armado com forro de filó. Literalmente fofo, o resultado lembra os vestidos de noiva. Custa a partir de R$ 1.970. Já a Juliette, ainda sem preço definido, é composta por uma cúpula, de tamanhos variados, que exibe muitas pregas estruturadas em arame. Serve em qualquer base, inclusive aquela taça esquecida no armário, por exemplo, com uma velinha. Curioso é que no material de apresentação desse modelo, em particular, a designer agradece especialmente a Issey Miyake, dono de plissados incríveis. Será que o estilista japonês gostaria do resultado?

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VÍDEO CLUBE Observe com mais detalhes a coleção no vídeo abaixo, em que dá para perceber melhor as texturas e os acabamentos.

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MINICHAT Baba Vacaro comenta, na entrevista a seguir, a respeito das novas peças e das impressões sobre a feira bienal Euroluce, em Milão, que visitou.

 Foto: Estadão

Que outras novidades pode-se esperar para a Dominici ao longo do ano?Há várias coisas em andamento. Desde o ano passado, a gente tem trabalhado com outros designers brasileiros, o que é uma certa novidade, porque há muito poucos nomes que trabalham com iluminação por aqui. Já tivemos Flávia Pagotti, José Antonio Marton, Jum Nakao... Para este ano deverá haver outros profissionais, mas ainda é sigilo. Fora isso, há os lançamentos internacionais, que é aquele garimpo que faço de designers do mundo inteiro.

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O que você percebeu entre os lançamentos vistos na Euroluce?Há peças em que a tecnologia aparece mais disfarçada, a exemplo dessas minhas luminárias. É um jeito de fazer visto em criações de Marcel Wanders. Na outra ponta está o high tech, com o uso de LEDs, por exemplo. Nesse caso destaca-se Ross Lovegrove. Trata-se de uma espécie de dicotomia presente por toda a parte.

Muita gente considera esta semana de design, em Milão, uma semana de crise - de crise econômica, mas não de criatividade, não é?É nos momentos difíceis que as pessoas começam a querer tirar leite de pedra. Historicamente se vê isso. Depois da grande depressão dos Estados Unidos, houve um bum do design; depois da Segunda Guerra Mundial, outro bum... É a perspectiva atual.


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