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Comportamento, consumo e estilo masculino

O que foi moda para os homens em 2016?

Retrospectiva traz os 8 itens mais consumidos ao longo do ano

Por Eduardo Vilas Bôas
Atualização:
Retrospectiva da moda masculina em 2016 Foto: Estadão

Ao longo de 2016 destaquei semanalmente o que está acontecendo - ou viria a acontecer - no universo masculino. A ideia é compreender o consumo à moda deles. Por isso, olhando para as publicações desse ano conseguimos ver facilmente 8 itens que foram desejo no lifestyle masculino. Vamos relembrar?

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- Flores: possivelmente a referência mais forte entre as oito destacadas. Flores de várias cores e espécies dominaram as camisas e camisetas. As lojas pareciam um verdadeiro jardim. Você reparou isso?Além de combinarem bem com o verão brasileiro, a aceitação maciça desse tipo de estampa evidencia uma ruptura no gosto masculino. Falei sobre esse tema dando algumas dicas para coordenar peças estampadas com flores, vem relembrar clicando aqui.

- Micro estampas: o homem brasileiro sempre aderiu bem as estampas, mas se antes estavam restritas as peças do dia a dia, especialmente as de estilo surfwear, hoje as estampas adentram ao guarda-roupa de trabalho e até o mais formal. Claro que essa adesão é gradativa e, inicialmente, discreta. Por isso, as microestampas foram coqueluche entre jovens (com padrões abstratos, geométricos e engraçadinhos) e homens mais experientes (com padrões de gravataria). Falei sobre esse tema explicando como e quando usar e coordenar uma camisa micro estampada, vem relembrar clicando aqui.

- Camiseta longline: sabe aquelas camisetas compridas até a coxa que parecem vestidos? É delas que estou falando. Invadiram as lojas e o look dos jovens. Já tinha destacado que essa peça seria moda no verão 2017 - e foi! (confira aqui o post). Apesar de não serem novidade, remetem ao visual rapper dos anos 90, as camisetas longline sintetizam um olhar mais despreocupado do homem contemporâneo.

- Calças caramelo: essa peça é aquilo que chamamos de fad, ou seja, foi um modismo de curta duração, mas que abraçou o visual da população com extrema velocidade. Em diversas modelagens, tecidos e tons de amarelo, foram ainda coordenadas com camisas azuis, formando o look símbolo de 2016. Falamos desse modismo também, vem relembrar clicando aqui.

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- Barbas e barbearias: eu sei que as barbas não surgiram enquanto moda em 2016, tampouco vão desaparecer em 2017, mas não podemos negar que foram latentes nesse ano. O cultivo das barbas impulsionou outra moda, o segmento das barbearias, que na verdade tornaram-se salões de beleza especializados no público masculino com cortes, químicas, tratamentos estéticos e até entretenimento, afinal, nem todos que ali vão tem barba para aparar, não é mesmo? Também falamos sobre barbas e barbearias.

- Coque samurai: quem teve paciência - e interesse - para deixar o cabelo crescer acabou optando pelo corte coque samurai. O visual tem a nuca bem raspada e um grande coque na parte superior. Foi usado por vários famosos e digital influencers. Falei que seria um dos cortes mais bombados do ano, confira aqui.

- Moda sem gênero: por último, mas talvez a mais relevante, está a ideia de usos e costumes iguais para ambos os gêneros. Como já expliquei aqui no blog, não significa que você será obrigado a usar vestidos, mas note como todas essas referências destacadas ao longo de 2016 trazem consigo elementos que eram do guarda-roupa feminino e que, aos poucos, começam a ser assimiladas pelos homens: estampas floridas, roupas coloridas, cabelo comprido, cuidados especializados com a aparência, roupas largas que não definem corpo e até camisetas longas que parecem vestidos. Alguns jovens, por verem a roupa como um meio e não um fim, tem exacerbado nas experimentações de uma moda sem gênero. Toda época de transição é confusa, mas creio que esse seja - positivamente - um caminho sem volta para a moda.

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