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Série brasileira quer valorizar diferenças e genialidade das crianças

‘Escola de Gênios’ promete inovar na técnica e no conteúdo em 2018 com foco em ciência e diversidade

Por Luiza Pollo
Atualização:
A série temdez personagens principais: cinco meninas e cinco meninos Foto: Edu Viana/Imagem cedida pelo Gloob

Nada de provas, carteiras alinhadas em salas de aula e muito menos notas. Na Escola de Gênios, cada criança passa o dia executando atividades com as quais tem mais afinidade. Mas isso não significa que as tarefas sejam simples. Ainda no ensino fundamental, a personagem Drica sabe tocar 17 instrumentos e desenvolveu uma máquina que permite reproduzir todos os sons que quiser. Seu colega Otto é um gênio da química e passa horas no laboratório. Já a pequena Tesla criou um robô capaz de demonstrar emoções.

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Com uma premissa atraente tanto para as crianças que sonham com uma escola mais divertida quanto para os pais que acreditam em uma educação mais livre, a série Escola de Gênios deve ser lançada no Gloob em 2018. 

A narrativa é conduzida pela história de Isaac, um menino de 12 anos que é convidado a estudar na instituição. Apesar de se sentir um pouco deslocado no início, ele logo descobre que, na escola, poderá desenvolver habilidades para ajudar sua irmã mais nova, Maju, uma garota de nove anos que ficou tetraplégica após um acidente. Isaac decide construir uma mão mecânica para que a garota realize o sonho de voltar a jogar videogame.

No entanto, o canal deixa claro que Isaac não é o personagem principal. São dez protagonistas, cada um com habilidades específicas que vão desde uma supermemória até a facilidade em compreender a microbiologia.

Os temas podem ser complexos para os atores mirins, que ainda nem têm física, química e biologia no currículo, mas eles garantem que isso não é um problema. “Meu primeiro texto era sobre ciência, e minha mãe, que é atriz, me fez estudar tudo. É como se eu já estivesse me preparando para as provas do ano que vem”, relata com bom humor Pyetra Pignatari, de 12 anos, que interpreta a descolada Drica.

Kayk Pereira Francisco, que vive Isaac na série, não gosta muito de ciência, mas conta que seu papel tem ajudado com a matéria. “Uma vez eu falei sobre as três leis de Newton. Fiquei tipo: ‘o que eu estou fazendo?’ Aí até conversei com o professor sobre isso, e foi da hora, porque estou aprendendo coisas que vou aprender daqui a dois anos em física e química.”

O diretor artístico da série, João Daniel Tikhomiroff, afirma que a iniciativa dos atores mirins tem sido muito enriquecedora para o trabalho. “Eles foram incorporando a personalidade e mudando os personagens. Você não pode se apegar só ao que tinha escrito. Não pode perder a chance de ter aquilo que o próprio ator está te trazendo”, pondera.

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Além do viés científico, Escola de Gênios tem também a preocupação de valorizar as diferenças. Os personagens principais são cinco meninas e cinco meninos, todos com gostos únicos. A diversidade se apresenta também no fato de Isaac ser um garoto negro e ter uma irmã tetraplégica. Ainda é cedo para afirmar como os temas serão abordados na série, mas a equipe se mostra preocupada em valorizar a individualidade e inspirar a todas as crianças que estiverem assistindo.

Para conquistar os pequenos, o Gloob e a Mixer afirmam estar trabalhando também em conteúdo interativo para outras telas, além da TV. “Os canais têm um compromisso muito importante de usar as telas, e teremos surpresas boas. E não foi um trabalho separado, primeiro a série e depois o resto do conteúdo, mas um trabalho o tempo inteiro em todas as janelas possíveis”, explica Tikhomiroff. Além disso, a série é produzida totalmente em 4k, para manter a possibilidade de venda para outros países, explica a produção.

Escola de Gênios foi criada por Ângela Fabri e, em parceria com a Mixer Films, o Gloob já está filmando a segunda temporada. No entanto, ainda não há previsão da data exata de estreia em 2018. Acompanhe o E+ para novidades.

Confira algumas fotos do elenco e do cenário:

 

Escola de Gênios tem roteiro de Ludmila Naves e Ângela Fabri, supervisão de roteiro de David França Mendes, direção geral artística de João Daniel Tikhomiroff, direção geral de Marcelo Cordeiro e Jeferson De, direção de arte de Claudio Amaral Peixoto e direção de fotografia de Alexandre Samori. 

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