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De forma didática, nova série do 'Fantástico' conta histórias de pessoas transexuais

A revista eletrônica da Globo também terá nova abertura e quadro que ajuda pessoas a perderem o medo de falar em público

Por Hyndara Freitas
Atualização:
'Fantástico' terá dois novos quadros e nova abertura neste domingo. Foto: Globo/João Cotta

O Fantástico deste domingo, 12, será recheado de novidades. Além da nova abertura, o programa estreia dois novos quadros, um deles com foco nos transgêneros. De forma didática e lúdica, o Quem Sou Eu?, comandado por Renata Ceribelli, conta a história de transexuais em diversas fases da vida. 

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O primeiro episódio traz a história de Melissa, de 11 anos. Há um ano, ela pediu um presente muito importante para os pais: queria se 'transformar' em menina. Melissa nasceu Miguel mas, desde pequena, já sabia que estava no corpo errado. Foi com uma reportagem na televisão que a criança e os pais perceberam o que havia de diferente na menina: ela era transgênero. 

O pai, a princípio, não reagiu bem e o casamento com a mãe de Melissa chegou ao fim. A menina começou a frequentar o centro psiquiátrico do Hospital das Clínicas, em São Paulo, para saber mais sobre sua situação. Quando completar 12 anos, vai iniciar a primeira parte de sua transição, ingerindo substâncias que atrasam a puberdade para inibir o desenvolvimento de características masculinas como engrossamento da voz e barba. Aos 16 anos, Mel poderá começar o tratamento hormonal para adquirir características físicas do sexo feminino.

O tom didático de Quem Sou Eu? fica por conta da narrativa, que é inspirada em Alice no País das Maravilhas, conto de Lewis Carroll. A trajetória dos transgêneros que participam dos episódios são relacionadas a jornada de Alice na história: "Tudo começa com uma corrida contra o tempo. Alice quer alcançar o coelho branco e seu relógio. Os transgêneros também têm pressa, pressa em responder uma única pergunta. Quem sou eu?", narra Ceribelli logo no início do quadro. Ao decorrer dos episódios, de 15 minutos cada, a personagem é constantemente lembrada entre os relatos dos entrevistados.

Além disso, médicos especialistas tratam das questões biológicas e psicológicas relacionadas aos trangêneros, desmistificando o tema, sempre com a ajuda de ilustrações e infográficos para facilitar a compreensão. 

Ao todo, serão quatro episódios, um sobre cada fase da vida: começa com a infância, segue para a adolescência e chega aos relacionamentos amorosos e a construção de família, mostrando exemplos de pessoas trans casadas e com filhos. O preconceito é abordado em todo o quadro, e alguns especialistas explicam. No dia 2 de abril, data do último episódio, o Fantástico exibirá uma entrevista com Gloria Perez, autora da próxima novela das 21h, A Força do Querer, que vai contar com alguns personagens transexuais. 

Outras novidades. Poliana Abritta também estreia um novo quadro neste domingo, o Olha Quem Fala, em que três pessoas com pavor de falar em público são treinadas pelo consultor de carreiras Max Gheringer e pelo especialista em oratória Reinaldo Polito. 

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Os participantes são desafiados e, em seguida, avaliados pelos especialistas que, enquanto apontam as falhas e pontos positivos da performance de cada um, dão dicas para os telespectadores também perderem o medo de falar em público.

Foram quatro meses de gravação, transformados em quatro episódios, de 15 minutos de duração cada. "Eu considero esse quadro como um serviço, porque eu acho que as pessoas vão tirar proveito, vão aprender junto. O medo de falar em público é muito comum, e tem que ser melhorado porque [falar em público] é uma ferramenta muito importante para participar de reuniões, dar palestras, apresentar ideias no trabalho e as pessoas, no geral, especialmente aqui no Brasil, não são treinadas para isso", disse Poliana em coletiva de imprensa.

Destaque também para a nova abertura do programa, que aposta na "simplicidade" e no "resgate do passado", segundo o diretor de comunicação da TV Globo, Sergio Valente, que ainda considera a nova abertura como um "manifesto". Com dança e pouco uso de cores, a nova abertura continua a celebrar os quatro elementos da natureza, como de costume.

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