Antônio Fagundes entra em 'Velho Chico' no lugar de Rodrigo Santoro

Ator relembra seus personagens em 'Renascer' e 'O Rei do Gado' para traçar um paralelo entre eles

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Por Redação
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Ator estreia em 'Velho Chico' na pele de Afrânio, personagem de Rodrigo Santoro Foto: Caiuá Franco|Globo

Antônio Fagundes volta, a partir de hoje (11), ao horário nobre da Globo como Afrânio, o protagonista de Velho Chico, personagem interpretado por Rodrigo Santoro na primeira fase da novela.

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No entanto, seria quase impossível não traçar um paralelo entre seu atual personagem com o Zé Inocêncio, de Renascer, e Bruno Mezenga, de O Rei do Gado, ambas novelas escritas por Benedito Ruy Barbosa. 

"As pessoas, enganosamente, dizem que o Benedito fala sempre do mesmo assunto. É uma mentira, uma vasta mentira, de quem vê superficialmente a televisão. O Benedito é uma pessoa que aprofunda diferentemente cada assunto que ele aborda. Não tem, com certeza, nenhuma relação entre Renascer, Rei do Gado e Velho Chico. Nenhuma. As pessoas que são reducionistas dizem: 'Ah, é uma novela rural!'. É preconceito enquadrar a coisa dessa forma. Pessoas que tentam enquadrar o Benedito desta forma não estão assistindo às novelas dele. Porque se assistir vão perceber que não são iguais. As diferenças são muito fortes", contou o ator em entrevista ao jornalista Mauricio Stycer. 

Acostumado a ser o protagonista das tramas de Benedito Ruy Barbosa, Fagundes até brinca com a situação: "O melhor lugar da mesa é onde eu sento. Eu sou sempre protagonista. As pessoas podem não achar, mas eu estou sendo".

O ator também não mediu elogios ao falar dos colegas de trabalho em Velho Chico, principalmente sobre o diretor da novela, Luiz Fernando Carvalho, com quem ele já trabalhou em Meu Pedacinho de Chão e Dois Irmãos (série inédita).

"É o terceiro trabalho que faço com ele neste 'teveliê', um ateliê de televisão. É quase uma manufatura. Não é uma novela. Não é só um personagem que você vai fazer. Você senta e tem uma noção do universo onde você está atuando. O Luiz Fernando é um pintor, no sentido de que põe a mão na tinta. Alguns quadros ele pinta com o dedo, como o Van Gogh. Ele gasta tinta. Ele enfia a mão. Pode dar certo, pode não dar certo, a gente nunca sabe. Ninguém faz um trabalho para dar errado. As pessoas vão aceitar ou não vão aceitar... Depois vamos discutir isso. Mas o nosso melhor está sendo feito", finalizou.

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