Quer comprar uma camiseta por R$ 6,50?

E se você descobrisse que elas foram feitas por mulheres que ganham 40 centavos por hora? Ação realizada em Berlim questiona o custo social das roupas muito baratas

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Por Giovana Romani
Atualização:
Na campanha do movimento Fashion Revolution, os consumidores eram confrontados com imagens da fábrica em que as peças haviam sido feitas Foto: reprodução/YouTube

Para marcar o Fashion Revolution Day, iniciativa que questiona a origem das peças e as condições de trabalho na indústria da moda, os organizadores do movimento realizaram um experimento no centro de Berlim, registrado no vídeo abaixo. Eles colocaram uma máquina de venda de camisetas, que custavam 2 euros cada, na Alexanderplatz, uma das principais da capital alemã. Quando os consumidores se aproximavam para fazer a compra e escolhiam o tamanho desejado na tela, eram surpreendidos por um filme que mostrava como e onde a peça havia sido feita.

Imagens de mulheres em confecções ilustravam a seguinte mensagem: "Conheça Manisha, uma entre as milhões de pessoas que fazem nossas roupas baratas por 13 centavos a hora, todos os dias, durante 16 horas. Você ainda quer comprar a camiseta de dois euros?". A partir daí, era possível escolher entre adquirir a peça ou doar o mesmo valor para entidades que combatem o trabalho escravo no setor têxtil. De acordo com a organização, 9 em cada 10 pessoas decidiram pela segunda opção.

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