Projeto de moda Naked Lady discute os direitos das mulheres no Brasil

Site tem e-commerce com marcas comandadas por mulheres empreendedoras

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Por Anna Rombino
Atualização:
O projeto Naked Lady é voltado para o empoderamento feminino Foto: Divulgação

Amaryllis Belladona é uma flor de origem sul africana altamente venenosa. Seu nome popular, Naked Lady (Mulher Nua, em inglês), batiza também um novo e-commerce de moda que foca nos direitos das mulheres. "Comecei a me perguntar por que uma planta tão venenosa é associada à nudez feminina e o que isso representa na nossa sociedade patriarcal", conta Karen Hofstetter, idealizadora do projeto.

O site que discute o feminismo na sociedade brasileira e conta com um e-commerce que vende peças de mais de 30 empresas selecionadas por Karen e por sua sócia, Lavínia Porto. "São marcas que não tem muita visibilidade e uma loja como a nossa pode ajudar essas pessoas", conta Karen. "É um projeto que lida majoritariamente com mulheres empoderadas, que de alguma forma já são autônomas com seu próprio negócio." 

As sóciasKaren Hofstetter e a Lavínia Porto Foto: Luciana Prézia/Divulgação

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Na loja, há produtos de arte, decoração, design e moda que, de alguma forma, colocam em pauta o papel da mulher na sociedade. A grife de acessórios Anacapri, madrinha do projeto, lançou uma coleção com o tema "O peito do pé também é livre", enquanto a designer Loo Nascimento criou uma peça única que pode ser usada de diversas formas - como calça, macacão ou kimono - com estampas geométricas inspiradas na anatomia feminina. 

O corpo da mulher também foi o ponto de partida dos vasos da Olive e dos brincos da Afrozunduri, que fez bijuterias em forma de mamilo. A ONG Think Olga desenvolveu pôsteres temáticos e metade do valor das vendas será revertido para o site que trabalha com questões do empoderamento feminino. 

Mas o projeto não é só uma loja online. O site fez quase uma enciclopédia do movimento feminista, contando sua história desde 600 A.C. até os dias atuais com a militância na internet e as principais pautas do movimento, como o fim da indústria pornográfica, a discussão de gêneros e a quebra de padrões estéticos. "Entender o papel que temos no mundo e a maneira com que afetamos as pessoas é minha filosofia de vida", diz Karen Hofstetter. 

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