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Para driblar a crise, empresárias vendem peças de grife em brechó de luxo

Sócias cariocas criaram o Fair Closet com roupas de marcas como Gucci, Chanel e Prada que pertenciam a elas e a amigas

Por Anna Rombino
Atualização:
As sóciasMailee Monteiro de Barros e Bel Pedroso posam no brechó de luxo Fair Closet Foto: Divulgação

A crise econômica e a alta do dólar vêm afetando também o mercado de luxo e, no momento instável, a venda de peças de grife usadas tem ganhado força. 

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No Rio de Janeiro, as cariocas Mailee Monteiro de Barros e Bel Pedroso montaram o brechó de luxo Fair Closet, em que comercializam roupas de segunda mão que pertenciam a elas ou a amigas.

O negócio começou como um bazar, em 2013, continuou com vendas pelas redes sociais e deu tão certo que hoje tem até espaço físico, no bairro carioca da Barra da Tijuca. Lá, as sócias só recebem clientes com hora marcada.

"Depois da primeira venda, sobraram algumas peças e criamos um Instagram, conta Mailee, que se formou em marketing mas sempre gostou de moda. "Quando vimos, estávamos com muita mercadoria e precisamos pensar em uma loja. As coisas foram acontecendo de forma gradual".

No Fair Closet, uma bolsa modelo Never Full, da grife francesa Louis Vuitton, sai por R$ 4.500, enquanto nas lojas da marca é encontrada por R$ 9.050. "Com a alta do dólar está tudo muito caro e hoje muitas mulheres acostumadas a consumir produtos de luxo já não fazem mais tanta compra no exterior", afirma Mailee.

A curadoria das roupas, jóias e acessórios é feita pela dupla que avalia e precifica as peças considerando o tempo de uso e o estado de conservação. Além de serem uma alternativa em tempos de crise, os brechós estão alinhados ao conceito de consumo consciente. sobrepõem. Afinal, dar preferência a duráveis e fazer o uso compartilhado são maneiras de se ter um “aproveitamento integral e (dizer) não ao desperdício”. Mas, é bom que haja uma certa superposição pois a maneira das pessoas entenderem os conceitos não é a mesma e pode ser mais fácil em um caminho do que em outros. “As lojas de roupas usadas são bons exemplos de aproveitamento integral de produtos", afirma Helio Mattar, presidente do Instituto Akatu. "Ainda que o uso não se dê pela mesma pessoa, os recursos naturais usados na confecção terão um uso mais intensivo ao longo do tempo do que se tivessem ficado nas mãos do consumidor original."

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