Gucci e Dior proíbem modelos muito magras em seus desfiles

Grupos Kering e LVMH, detentores das marcas, querem que a indústria pare de incentivar distúrbios alimentares

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Por Dominique Vidalon
Atualização:
Modelos com manequim menor que 34 não poderão mais ser contratadas pelas marcas dos grupos Kering e LVMH Foto: AFP PHOTO / Martin BUREAU

Os conglomerados de marcas de luxo franceses Kering e LVMH anunciaram nesta quarta, 6, que não irão mais contratar modelos excessivamente magras. Segundo os grupos,detentores de marcas como Dior, Givenchy, Saint Laurent, Gucci, Lanvin e Louis Vuitton, o eles assinaram um estatuto pelo bem-estar das modelos em reposta às críticas de que a indústria encoraja distúrbios alimentares.  O documento também proíbe a contratação de meninas com menos de 16 anos para desfiles e sessões de fotos que não forem de marcas infantis ou infantojuvenis. Em 2015, a França aprovou uma lei proibindo que modelos excessivamente magras trabalhem na indústria da moda no país. Agências de moda enfrentam multas de até 75 mil euros ou prisão de até seis meses se infringirem a lei.  Kering e LVMH disseram que seu estatuto vai além, acrescentando que todas as suas marcas se comprometerão a banir modelos abaixo do tamanho 34 para mulheres e 44 para homens, de acordo com as medidas francesas. Representantes da indústria da moda têm dito há muito tempo que as roupas vestem melhor em mulheres altas e magras, enquanto culturas ocidentais frequentemente associam magreza com saúde, jovialidade e atratividade.  Em 2010, Isabelle Caro, um ex-modelo francesa anoréxica de 28 anos, morreu após posar para uma campanha de fotos de conscientização sobre a doença. O estatuto entrará em vigor antes da Semana de Moda de Paris, que começa no próximo dia 26. 

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