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Emicida faz trilha ao vivo com Fióti, Rael e outros rappers na SPFW

Desfile da LAB causa comoção e modelos negros e gordos são ovacionados

Por Maria Rita Alonso e Isadora de Almeida
Atualização:
Coleção 'Avuá' foi inspirada na liberdade Foto: Marcelo Soubhia/Fotosite/Divulgação

Quando Emicida entrou cantando o rap ‘Avuá’ com tanta energia e magnetismo, para uma plateia majoritariamente negra, a expressão moda inclusiva finalmente ganhou algum sentido. Não é a primeira vez, que a LAB atrai um público ligado ao rap, ao funk e a movimentos ativistas negros. Mas, dessa vez, a trilha do desfile foi feita coletivamente, ao lado de Fióti, seu irmão e parceiro na marca, e de outros rappers famosos, como Rael e Drik Barbosa. “Sempre conduzimos o processo criativo de maneira muito conjunta, todo mundo sempre deu pitaco. O que estamos fazendo é trazer essa raíz do coletivo”, disse Emicida. 

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Depois de duas coleções contando com a direção criativa do consagrado estilista João Pimenta na marca LAB, Emicida assume as rédeas da criação nesta temporada. A coleção, chamada Avuá, pretende trazer inspiração para quem precisa alcançar novos horizontes. “Partimos de onde saímos que é das calçadas, e tocamos o coração das pessoas, inspirando-as a alçar voos maiores, diz Emicida.

Além dos modelos tradicionais, o desfile contou com um time de influencers, como a cantora Iza e Mc Carol (ovacionada ao entrar na passarela). A youtuber Nátaly Neri, que fala sobre moda, feminismo e questões raciais em seu canal, assumiu as redes sociais da LAB. “Ela é um crânio. Inteligente demais, uma voz importante hoje em dia”, diz o rapper.

O desfile terminou com uma homenagem ao sambista Wilson das Neves, que estava na passarela da LAB na última temporada, que faleceu na última segunda-feira, 26.

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