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"Com prevenção, é possível reverter a calvície"

Dona do Laces and Hair, salão especializado em tratamentos orgânicos, Cris Dios fala sobre a necessidade de pensar a saúde dos cabelos a longo prazo

Por Jorge Grimberg
Atualização:
Cris Dios, dona do Laces and Hair, fala sobre o que mudou nos tratamentos capilares para homens Foto: Jorge Grimberg

Até pouco tempo, calvície não tinha cura nem remédio. Porém tudo mudou e hoje está mais fácil evitar a queda de cabelos. "Só fica calvo quem não procura tratamento", afirma Cris Dios, dona do Laces and Hair, salão especializado em produtos naturais e métodos que não agridem os fios. “Mas claro que o tratamento deve começar com a prevenção." Responsável pelas três unidades do Laces na capital paulista, Cris foca em produtos orgânicos e atende mulheres e homens que optam por opções naturais em um mercado dominado por químicos. Na entrevista a seguir, a especialista divide fala sobre as novidade de tratamentos capilares para o público masculino.

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Essa história de beleza orgânica ainda é recente no Brasil. Como você começou nessa área? 

O Laces tem vinte e oito anos e foi fundado por minha mãe, Mercedes Dios, mas a base dos tratamentos e dos produtos vem do meu avô, que tem mais de 80 anos. Minha mãe cresceu dentro desse universo de ingredientes naturais e em 1987 ela resolveu fundar um espaço que é um spa do cabelo, o primeiro do Brasil, dedicado à saúde dos fios. 

Seu avô já tratava problemas relacionados à calvície? 

Meu avô era um barbeiro que veio da Espanha e cuidava das doenças do couro cabeludo com emulsões de ervas. Ele sempre teve essa preocupação de forma bem natural e acabou desenvolvendo algumas fórmulas. No início, ele cuidava do que na época se chamava de pelada, que é a alopecia androgenética. São falhas de forma localizada, onde o homem vai perdendo o cabelo, às vezes por baixa imunidade ou às vezes por um processo nervoso.

E o que mudou desde aquela época? 

Evoluímos os processos. Eu me formei em cosmetologia para desenvolver a parte mais tecnológica dos novos tratamentos, justamente para dar um passo além dessa coisa caseira. Precisamos associar o produto orgânico à performance tecnológica. Antigamente, meu avô fazia um xampu de higienização em um lavatório com emulsões de ervas, de forma bem caseira, no fogão da casa dele. O produto não durava tanto e o cliente não podia usá-lo em casa. Hoje temos o processo do salão de forma bem mais potencializada. Usamos o extrato dessa erva, que tem o número de ativos muito maior. 

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Podemos dizer que só fica calvo quem quer se o homem procura um tratamento a tempo?

Sim, a prevenção é a melhor coisa. Se você se permitir olhar e tratar, com certeza dá para reverter. Claro que existe a tendência genética, mas muitos homens ficam calvos por estresse, pelo excesso de cortisol produzido. Conseguimos aumentar o potencial de produtividade dos fios, da circulação e da oxigenação para se ter um resultado mais forte e mais rápido. Além disso, hoje temos o laser capilar, que é uma terapia a frio de curta frequência, que estimula ainda mais o tratamento.

De que maneira os componentes químicos dos cosméticos prejudicam o cabelo?

A indústria se especializou no efeito imediato, na maquiagem, em priorizar um resultado para um determinado momento e não uma construção de saúde ao longo do processo. Devemos nos preocupar com os hábitos saudáveis a longo prazo. Independentemente do corte, cor ou forma, o cabelo é uma base viva e precisamos nos preocupar com a saúde dele. 

Os produtos que vocês utilizam são muito diferentes dos que encontramos no mercado. Como você recomenda que seja a rotina masculino no dia a dia? 

O cuidado em casa é muito importante. Não adianta ir ao salão, fazer o processo de tratamento e não ter um produto orgânico para dar continuidade. Os produtos com químicos acabam atrapalhando o tratamento. É como comer saudável: quando você aprende, não quer voltar atrás. Com cabelo é a mesma coisa. Depois que você entende o que é limpeza e saúde do cabelo, você não vai querer usar processos muito químicos. É uma cultura mesmo. 

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