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Chanel reproduz palácio austríaco em festa em Nova York

Com looks inspirados na mítica figura da princesa Sissi, desfile da grife agitou Manhattan e reuniu celebridades como Beyoncé, Pharrell Williams e Julianne Moore

Por Maria Rita Alonso e de Nova York
Atualização:
Karl Lagerfeld e as modelos do momento, Kendall Jenner e Cara Delevingne, no final do desfile da coleção que tem a Áustria como tema Foto: divulgação/Chanel

Para promover a chegada da coleção Métiers d'Art Paris-Salzburg às vitrines, em junho, a Chanel armou um grande desfile na última terça, 31, reunindo cerca de 800 convidados entre clientes, celebridades e jornalistas no Park Avenue Armory, um antigo edifício militar em Nova York. Cinco sucessivos salões monocromáticos, repletos de móveis de antiquário e sofás em tons de bege e lilás, replicavam a decoração do palácio de Leopoldskron, na Áustria, onde a marca apresentou as mesmas roupas no final do ano passado.

 Peças com bordados, penas e plissados foram inspiradas em tradicionais trajes austríacos e em uma figura mítica e aristocrática dos alpes, a princesa Sissi. As roupas, as maquiagens, as modelos e a trilha sonora eram praticamente iguais às apresentadas em Salzburgo. A diferença gritante estava na lista de convidados que, antes do evento, circularam por Manhattan em 500 carros disponibilizados pela marca. Quem estava neles? Além da alta roda nova-iorquina, uma seleção tão heterogênea quanto poderosa, composta pela popstar Beyoncé (que foi de minissaia de couro, botinhas brancas e jaqueta esportiva), pela atriz francesa Vanessa Paradis (com um vestido inteiro de lã e cinto de cristais), pela cantora Patty Smith (de look masculino e coturnos pretos) e por Dakota Johnson, atual queridinha de Hollywood (que surgiu de tailleur de lurex).

Pharrell Williams fez um show para a plateia de 800 convidados do evento Foto: divulgação/Chanel

Na Áustria, tampouco houve o tête-à-tête da plateia com Pharrell Williams, que fez um show após o desfile, com a participação da modelo do momento, Cara Delevingne (surpreendentemente, ela é afinada e canta direitinho). “O desfile na Áustria, no início de dezembro, ocorreu muito perto do feriado de Ação de Graças, portanto foi uma data difícil para os convidados americanos”, disse Karl Lagerfeld, diretor criativo da Chanel, enquanto a sorridente Julianne Moore posava ao seu lado, enlouquecendo os fotógrafos presentes.

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Na passarela, casacos, shorts e saias de tweed, couro e cashmere combinados a vestidos e tops de cetim, tafetá e rendas formavam um mix jovem e sofisticado. Os acessórios foram um show à parte. Mocassins decorados com bordados, tamancos com saltos pesados de madeira e uma variedade de botas chamavam a atenção. A irreverência estava nos fones de ouvidos decorados com tranças enroladas e nas joias e bolsas com motivos alpinos, como o teleférico e relógio de cuco.

No palco, Pharrell vestia uma jaqueta parecida com a que Coco Chanel criou na década de 1920, após uma estadia na Áustria, com amigos do movimento dadaísta. A estilista teria ficado encantada com o uniforme de um ascensorista do hotel Mittersill e decidiu desenhar uma versão feminina da peça, que até hoje é uma de suas criações mais emblemáticas. Pharrell estava tão feliz de fazer parte dessa história que até compôs uma música em ritmo de valsa em homenagem à coleção. “Meu Deus, isto é Chanel", disse ele, deslumbrado, ao fim do show. 

*A jornalista Maria Rita Alonso viajou a convite da Chanel

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