Brasserie Gabrielle: cafés, xadrez e androginia na passarela da Chanel

Em cenário que reproduzia um restaurante parisiense, Karl Lagerfeld apresentou desfile teatral com looks ricos em texturas e estampas

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Por Maria Rita Alonso e de Paris
Atualização:
 Foto: AFP

Nesta terça, 10, o suntuoso Grand Palais, em Paris, virou uma autêntica brasserie parisiense. Os bancos vermelhos, o mobiliário de madeira, as toalhas brancas... Estava tudo lá - em proporções maiores e menos intimistas, é verdade - no cenário do desfile da Chanel na Semana de Moda de Paris. Maior showman da moda, o diretor criativo da grife, Karl Lagerfeld, conhece bem a receita para se tornar campeão de likes e virar assunto nas redes sociais

Com sobrancelhas marcadas e cabelos penteados para o lado, em um visual andrógino, a modelo Cara Delevigne mandou uma piscada insinuante para a colega Kendall Jenner, que usava faixa no cabelo e olhos gatinho no melhor estilo ladylike, em plena passarela. Herança histórica da Chanel, o jogo entre masculino e feminino presente aí permeou todo o desfile, tanto nas diferentes maquiagens quanto nos looks.

 Foto: Efe

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Muitos deles compostos de peças xadrez, padronagem que apareceu em versões variadas, do escocês ao punk. A coleção trouxe ainda jaquetas bomber com texturas diversas, tailleurs revisitados, bordados inspirados em azulejos e roupas de construções complexas, que lembravam origami.Duas tendências da temporada também apareceram: a combinação de saia usada sobre calça e o sapato baixo de bico fino, aberto na parte de trás, o modelo Chanel original.

Lagerfeld afirmou que escolheu o calçado para dar unidade e um ar parisiense à coleção. O cenário também cumpre essa função mas, segundo o kaiser, tem um significado maior. "A brasserie é onde os franceses sentam para conversar. Está na hora de sentarmos para conversar sobre o momento atual", disse.

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