O posicionamento político da Dolce & Gabbana e a relação da marca com as críticas está chamando mais atenção que as roupas. No desfile da coleção de verão 2018 da grife, que ocorreu no dia 20, o músico americano Raury protestou contra as camisetas que ironizam as manifestações contra a marca com a estampa '#BoycottDolce&Gabbana'. Durante a fila final, ele, que estava desfilando, tirou a peça revelando as frases 'Protesto D&G', 'me dê liberdade' e 'eu não sou seu bode expiatório' escritas em seu peito, enquanto levantava o punho cerrado para o ar. Para a Revista GQ, Raury explicou que não sabia que a Dolce & Gabbana apoiava publicamente os Trump até um dia antes do desfile. "Como um jovem vindo de Stone Mountain, Georgia, o local de nascimento da Ku Klux Klan, eu realmente me senti zombado por esse boicote", explicou ele.
"Quem sabe se retaliações não ocorressem, se Rosa Parks e Martin Luther King não tivessem se posicionado... Quem sabe se eu ao menos existiria. Boicotes importam. São reais. Esta campanha da Dolce diz que não é."
Em seu Instagram, o músico escreveu um relato sobre a experiência. "Nunca me senti tão sozinho, amendrotado e ainda assim vivo... Chorei quando percebi que as pessoas me entendiam e eu não estou gritando no escuro mais...", explicou.
#Boycott Dolce & Gabbana Enquanto diversas marcas se recusaram a vestir a primeira-dama americana, a Dolce & Gabbana frequentemente empresta looks para ela e compartilha suas fotos nas rede ssociais. Por causa desse posicionamento, internautas sugeriram um boicote à grife, que respondeu criando uma camiseta irônica com a hashtag '#BoycottDolce&Gabbana', à venda por 245 dólares.