PUBLICIDADE

A volta dos elásticos de cabelo?

Direto dos anos 80 e 90, o acessório parece estar de novo em voga entre celebridades e marcas de grife. E você, vai aderir?

Por Marisa Meltzer
Atualização:
Da esquerda pra direita: elástico de cabelo na passarela da Chanel; cores brilhantes da Rag & Bone para a cantora Rita Ora e na versão em algodão de Marc Jacobs Foto: Catwalking.com (Chanel); Blayze/Splash News (Ora)

No verão passado, Katalina Sharkey de Solis estava assistindo ao filme de 1988 Atração Mortal junto com sua amiga Ruthie Friedlander quando teve uma epifania de moda. No filme, o elástico de cabelo, tão onipresente nos anos 80 e início dos 90, era um sinal de poder. Sharkey de Solis, que é diretora gerente de uma agência de publicidade, estava pronta para o retorno. Assim, ela e Friedlander, vice-editora de internet do Elle.com, fizeram algumas pesquisas online tarde da noite e compraram alguns. Uma semana depois, elas vestiram seus achados no almoço com o estilista Yigal Azrouël.

PUBLICIDADE

"Nós dissemos, ´Você devia fazer elásticos de cabelo'", recordou Sharkey de Solis. Ele não fez. Mas ali nascia o papel dela como percurosa dos elásticos. Ela criou uma conta, Scrunchies of Instagram, e dedicou-se a relatar o retorno dos elásticos. Ela posta fotos de elásticos ícones, como as gêmeas Mary Kate e Ashley Olsen no filme Três é Demais; a patinadora americana Tonya Harding (que tem seu próprio hashtag #tonyatuesday); a atriz Melissa Joan Hart no seriado Clarrisa Explains It All, a versão Disney de A Bela e a Fera (com comentários matutando se Bela e a Fera usavam elásticos), e a adepta Hillary Clinton, que brincou que um título alternativo para seu livro de memória poderia ter sido “As Crônicas do Elástico de Cabelo”.

Há fotos de garotas do momento como Tali Lennox e Arden Wohl usando elásticos modernosos. A conta tem apenas 2.500 seguidores até agora, mas eles são um bando influente. Um deles é a editora de Lucky, Eva Chen, que disse que havia começado a ver elásticos de cabelo aqui e ali dois anos atrás em Hong Kong e Coreia do Sul. “Pensei, ´Isto jamais acontecerá nos Estados Unidos`, mas aqui estão eles”, disse. “Mas hoje é um elástico diferente. Eles eram basicamente do tamanho de um bambolê nos anos 80. Agora são mais elegantes.”

O visual ficou um pouco típico de modelo em hora de folga, visto em Cara Delevingne e Alice Dellal, e também em jovens atrizes e cantoras como Rita Ora e Selena Gomez, que são jovens o bastante para não ter conhecido a moda original. O humilde elástico de cabelo chegou às passarelas de Rag & Bone, onde prenderam cabeleiras desgrenhadas para a coleção pré-outono de 2014. No desfile de prêt-à-porter de outono de Chanel, o estilista Sam McKnight usou tiras de tweed Chanel como elásticos, e elas foram enroladas em torno de um rabo de cavalo alto em Cara Delevingne na mais recente campanha publicitária da linha.

Há elásticos de luxo, talvez os mais dignos de nota sendo os de US$ 95 da Missoni (não saia correndo do seu laptop; ele está sendo vendido no Net-a-Porter). Uma rápida busca no Etsy revela elásticos feitos à mão em tecido shibori japonês e estampas de inspiração asteca. Versões com preços mais acessíveis são oferecidas na Topshop, Nasty Gal, Urban Oufitters e American Aparel. A volta do elástico de cabelo tem a ver com “abraçar os elementos notálgicos de minha juventude”, disse Tara Swennen, uma estilista que trabalhou com Kristen Stewart e Connie Britton. Ela o compara à volta da Birkenstock, a sandália de verão escolhida pelo povo que frequenta NoLita, Montauk e Williamsburg.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.