Vigília marca início de processo de beatificação do padre Donizetti

Católicos devotos do padre Donizetti Tavares de Lima, de Tambaú, cidade com cerca de 22 mil habitantes na região de Ribeirão Preto, fazem vigília entre a noite de amanhã e a manhã de segunda, para marcar o início da fase romana do processo de beatificação do pároco, falecido em 1961. A Congregação para a Causa dos Santos abre o processo às 9h30 de segunda (horário de Brasília). Nesta hora uma missa será celebrada em Tambaú, encerrando a vigília. "Esperamos que esse processo termine o mais rápido possível", diz o padre Anderson Godoi de Oliveira, do Santuário Nossa Senhora Aparecida. A vigília começa por volta de 21 horas. A cada hora, um grupo comandará as orações. O santuário de Tambaú tem capacidade para 1.500 pessoas e o pároco crê que o local estará lotado. A coordenadora do processo de beatificação, irmã Celia Cadorin, da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, de São Paulo, sabe que o processo será longo. Ela foi a postuladora dos processos de beatificação e canonização de Madre Paulina e Frei Galvão, os dois santos brasileiros reconhecidos pela Igreja, e ficou 22 anos em Roma cuidando dos casos. "No processo de beatificação e canonização é preciso três coisas: muita oração, sofrimento e trabalho." E emenda: "Tem de trabalhar dia e noite pela causa, pois o Vaticano é exigente."Os postuladores do padre Donizetti no Vaticano são os italianos Paolo Lombardo e Riccardo Petroni. A fase diocesana, a brasileira, foi encerrada em maio, quando os restos mortais do padre foram exumados e trasladados para a paróquia local. "É um processo científico e rigoroso, ouvindo cerca de 30 pessoas antes de chegar ao papa", informa irmã Celia. O candidato a beato deve ter um milagre analisado sob quatro aspectos: cura física (instantânea ou muito rápida), se é perfeita (sem sequelas) , se é duradoura e se não pôde ser explicada pela medicina.