Universidades estaduais farão ato em frente à Assembleia

Grevistas da USP, Unesp e Unicamp procuram manter mobilização

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Por Simone Iwasso
Atualização:

Próximo do fim do semestre e com as unidades da universidade cada vez mais vazias por causa das férias, o Fórum das Seis, entidade que reúne representações de professores, funcionários e alunos da USP, Unesp e Unicamp, convocou para amanhã à tarde um ato em frente à Assembleia Legislativa. O objetivo do protesto é garantir a continuidade das manifestações, dando visibilidade para a greve, decretada no dia 5 de maio pelos funcionários da Universidade de São Paulo (USP), os primeiros a paralisar as atividades. No ato serão reiteradas as três principais reivindicações - mais recursos para a educação pública, mais democracia, com eleições diretas para reitor (somado ao "fora Suely") e fim dos cursos a distância discutidos pelo governo do Estado por meio da Univesp. No mesmo dia, estudantes descontentes com as sucessivas greves e contrários às manifestações atuais planejam um novo flash mob (mobilização combinada pela internet e geralmente breve), às 12h30, em frente à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA). Eles pedem a volta dos bandejões e do ônibus circular - duas das maiores reclamações de alunos em época de paralisação de funcionários. Na sexta, o mesmo grupo, que estava se manifestando mais pela internet, foi responsável por dois protestos antigreve que acabaram em confronto, socos e xingamentos com alunos e funcionários grevistas. Um deles ocorreu na frente da sede do Sintusp, o sindicato dos funcionários. Hoje haverá uma nova reunião entre o Sintusp e a reitora Suely Vilela para tentar um entendimento sobre a pauta específica e, assim, tentar encerrar a greve. Ontem, a reitoria apresentou algumas propostas: reajuste do auxílio-alimentação para R$ 400 (o sindicato pede R$ 600), afirmou que o governo enviará à Assembleia um projeto para regularizar a situação de mil funcionários com contratações questionadas pelo Tribunal de Contas do Estado e afirmou que discutirá o projeto de carreira dos servidores (já apresentado ao Conselho Universitário, mas rejeitado pelo sindicato). "A pauta teve alguns avanços.Foi importante discutir o projeto de carreira, mas ela não completou toda a pauta", disse o diretor do Sintusp, Magno Carvalho.

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